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my city ISSN 1982-9922

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Leia o artigo assinado pela Associação Preserva São Paulo e pela Samorcc repudiando a destruição do Edifício Dumont-Adams ora em curso

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SÃO PAULO, Associação Preserva; SAMORCC, Sociedade. Nota da Associação Preserva São Paulo e da Samorcc sobre a descaracterização do Edifício Dumont-Adams. Minha Cidade, São Paulo, ano 11, n. 124.04, Vitruvius, nov. 2010 <https://vitruvius.com.br/revistas/read/minhacidade/11.124/3668>.


Edifício Dumont-Adams
Foto Rafael Camargo


 

A Associação Preserva São Paulo e a Samorcc (Sociedade dos Amigos e Moradores do Bairro Cerqueira César) manifestam publicamente sua indignação com o projeto de virtual destruição do Edifício Dumont-Adams, para a implantação do anexo do Masp denominado Masp Vivo. O Dumont-Adams, da primeira geração de prédios de apartamentos da Avenida Paulista, integra com destaque a paisagem da região há décadas, acompanhando com elegância a obra-prima de Lina Bo Bardi, constituindo ambos obras de altíssima qualidade arquitetôncia que, apesar dos estilos distintos, compõem um conjunto harmonioso e singular. O tombamento do imóvel recebeu inclusive parecer técnico favorável do Departamento do Patrimônio Histórico da Prefeitura, elaborado pela arquiteta Lia Mayumi, atual diretora da Divisão de Preservação, segundo o qual o Dumont-Adams “possui a dignidade característica daquele tipo arquitetônico portador de composição equilibrada, revestimentos de boa qualidade (mármore travertino e argamassa de travertino), fachadas bem compostas de filiação clássica, tripartida nos dois sentidos, vertical e horizontal, envasaduras generosa e adequadamente proporcionadas, com caixilharia de qualidade de manufatura robusta, dentre a qual se destaca a da porta principal do edifício no nível do chão”(1). A decisão de não preservá-lo, contrariando o parecer dos próprios técnicos da Prefeitura, evidencia novamente, nos nada menos que três órgãos estatais de preservação do patrimônio histórico atuantes na cidade de São Paulo suas crônicas inoperância, distanciamento da sociedade e alienação, especialmente no de nível municipal.

Um velho arquiteto disse certa vez que como no caso de qualquer obra de arte, a desfiguração de obras de arte arquitetônicas é um ato de vandalismo(2). Repudiamos com veemência a destruição do Dumont-Adams como uma agressão à cidade de São Paulo e um desrespeito ao autor do projeto do edifício. Lembramos que há trinta anos outro marco da Avenida Paulista, o Edifício Savoy, foi convertido de residencial para comercial sem interferência nas suas características arquitetônicas principais, sendo inconcebível que não se faça o mesmo no Dumont Adams. Instamos as entidades de classe de arquitetura a elaborarem um código de ética punindo severamente profissionais que desrespeitam a cidade e a obra dos arquitetos que os antecederam. Por fim, apelamos também à diretoria do Masp e da Vivo, empresa patrocinadora do projeto, para que desistam desse verdadeiro ato de irresponsabilidade e optem por um projeto que preserve e restaure o edifício.

notas

1
Disponível em: http://www.vitruvius.com.br/revistas/read/minhacidade/06.064/1961
2
Trata-se do arquiteto Paul Cret.

sobre os autores

Associação Preserva São Paulo: Associação de defesa do patrimônio histórico, arquitetônico, cultural e paisagístico da cidade de São Paulo. Site: http://www.preservasp.org.br/

Samorcc: Sociedade dos Amigos e Moradores do Bairro Cerqueira César da cidade de São Paulo. Site: http://www.samorcc.org.br/

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