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português
Revelar fatos e interromper a difusão de dados irreais sobre o Parque das Hortênsias - Valor Cultural Cidade de São Paulo em Arquitetura Moderna por João Artacho Jurado, outorgado pela Secretaria Municipal de Cultura por intermédio do DPH e do Conpresp.
english
Aims to focus on real facts and to interrupt diffusion of inaccurate data on Parque das Hortênsias - City of São Paulo Cultural Value in Modern Architecture, by Artacho Jurado, granted by Secretaria Municipal de Cultura through Conpresp and DPH.
español
Revelar hechos e interrumpir la difusión de datos irreales sobre el Parque das Hortensias - Valor Cultural Ciudad de São Paulo en Arquitectura Moderna, por Artacho Jurado, otorgado por la Secretaria Municipal de Cultura a través de Conpresp y DPH.
PINTO, Léa Corrêa. Parque das Hortênsias em verdade. Minha Cidade, São Paulo, ano 19, n. 228.01, Vitruvius, jul. 2019 <https://vitruvius.com.br/revistas/read/minhacidade/19.228/7415>.
Precisa e concisa a apresentação pelo autor Panais B. da imagem em 3 dimensões do Parque das Hortênsias, junto ao website “3D| Warehouse”:
“Parque das Hortênsias, na avenida Angélica, é mais uma marca de Artacho Jurado em Higienópolis. Organizado em dois blocos, o condomínio se destaca na paisagem do bairro por sua escala monumental e pelo belo jardim criado entre os edifícios. O Parque das Hortênsias foi incorporado na década de 1950, período em que a região central passava por uma verticalização intensa. Artacho Jurado, autor do projeto e incorporador, era um mestre em marketing imobiliário. Sabia criar o produto certo para uma cidade que não parava de crescer e demandava unidades residenciais para a classe média. O condomínio dá colorido à avenida Angélica. O jardim é exuberante. Caminhar entre os blocos é uma grande experiência, ainda mais estando numa região repleta de prédios. O conjunto abriga apartamentos espaçosos e ricos em detalhes. A inclinação de alguns elementos da fachada e dos próprios caixilhos cria uma ilusão interessante: o edifício parece envergar sobre os pedestres” (1).
O Edifício Parque das Hortênsias por João Artacho Jurado, obteve em 1951, das autoridades do município de S. Paulo, seu alvará de construção com a grafia correta (2) – sim, Hortênsias com a letra “S” – e desta forma a Monções Construtora e Imobiliária S/A anunciou o imóvel em 1952, nos jornais de grande circulação da época (3), com este título “Um soberbo conjunto arquitetônico”.
Em 2016, foi outorgado ao Edifício Parque das Hortênsias, com esta mesma grafia, o Selo Valor Cultural da Cidade de São Paulo em Arquitetura Moderna por João Artacho Jurado pela Secretaria Municipal de Cultura, por intermédio do DPH – Departamento Patrimônio Histórico e pelo Conpresp – Conselho Municipal de Preservação do Patrimônio Histórico, Cultural e Ambiental da Cidade de São Paulo.
Hortênsias, segundo Aurélio Buarque de Holanda é palavra originária “do fr. hortensia <antr. Hortense (Lepaute), dama a quem o naturalista Commerson (1727-1773) dedicou esta planta” (4). João Artacho Jurado, reverenciou as cores da florada das hortênsias em seu projeto do Edifício Parque das Hortênsias, cuja cromática, oferecida pelo revestimento em pastilhas e azulejos, é destaque na Avenida Angélica, bairro de Higienópolis na cidade de São Paulo.
O verbete “Hortência(s)”, embora inexistente na língua portuguesa, foi utilizado por oficiais de cartório, principalmente antes dos recursos digitais. Os erros de grafia pelo serviço notarial são facilmente retificáveis (5), embora resultem em incorreções no cotidiano, ainda persistentes, acima também do contexto popular.
O nome Edifício Parque das Hortênsias gravado no letreiro frente à Avenida Angélica, na capital de São Paulo, com a grafia correta, pode ser constatado por qualquer transeunte!
Há documentação deste letreiro, com esta grafia na icônica foto dos anos 1970 (6), em registros pelo arquiteto professor e mestre José Roberto D’Elboux, curador do projeto Tipos Paulistanos (7), a partir de 2008 , além de incontáveis outras fotos nas redes sociais, tomadas por interessados nas obras de Artacho.
Importante ressaltar que o andar térreo do Edifício Parque das Hortênsias apresenta um magnífico sistema de pilotis, composto por mais de 50 colunas, que entremeiam suas alamedas, suas áreas de convivência internas ou externas e seus jardins. Contudo é totalmente fictícia, a existência de lojas ou comércio no térreo ou em qualquer outro andar deste edifício, no passado ou nos dias de hoje!
Além disto, em verdade, o Edifício Parque das Hortênsias foi projetado, lançado e construído com 2 (dois) Blocos interligados por uma marquise sinuosa. O Bloco A de seção quadrada, frente à Av. Angélica e o Bloco B, de seção retangular nos fundos do terreno. O Parque das Hortênsias tem a seu serviço um conjunto de 10 (dez) elevadores, sendo 4 (quatro) para o Bloco A e 6 (seis) elevadores para o Bloco B. Informações contrárias são inexatas e também demonstrativas da importância da constatação in-loco das fontes bibliográficas, para a acuidade do texto.
O Edifício Parque das Hortênsias tem 18 andares, sinalizados em seus elevadores, além de um subsolo no Bloco A, e dois subsolos no bloco B, também servidos por elevadores. Somam-se ainda terraços em cada um dos blocos, acessados por escadaria. Terraços que até hoje enfeitam os céus de S. Paulo, famosos pela volumetria, cromática e traços arrojados de Artacho. São recordados pelos antigos moradores, por seus pisos de caquinho nos caminhos ao longo de seus jardins floridos. As citações contrárias também são irreais.
As visitas técnicas, acadêmicas e da mídia, bem como a pesquisa acadêmica (pós-graduação ou graduação) em especial no âmbito da Arquitetura, História e Biblioteconomia podem ser autorizadas, mediante solicitação prévia justificada, com antecipação preferencialmente de trinta dias e sempre em concordância com as normas do Condomínio Parque das Hortênsias. No caso de pesquisa acadêmica, a anuência do professor e a sinopse do projeto são desejáveis.
Essencial dar foco, à Comissão Permanente dos Compromissários Compradores do Condomínio “Parque das Hortensias” constituída em 1958, após a queda da Monções Construtora e Imobiliária S/A. A continuidade da construção do Edifício Parque das Hortênsias até a obtenção do Habite-se junto a PMSP – Prefeitura Municipal de São Paulo, mais de uma década após o lançamento do edifício, é mérito exclusivo do ideal, afinco e competência desta comissão, formada por mais de 150 condôminos.
Finalizando, segundo Ruy Debs Franco arquiteto, professor e autor de Artacho Jurado – arquitetura proibida, “o Edifício Parque das Hortênsias, pertencente ao segundo momento da produção arquitetônica de João Artacho Jurado, vai se somar aos seus rivais de igual beleza e complexidade programática, dentro do bairro de Higienópolis na capital paulista” (8). São eles; o Bretagne, o Cinderela e na cidade de Santos o Parque Verde Mar na orla da praia do boqueirão (9).
Parque das Hortênsias em verdade / resumo
notas
NE – O Selo Valor Cultural da Cidade de São Paulo ao Edifício Parque das Hortênsias foi outorgado pela Secretaria Municipal de Cultura, por intermédio do DPH e do Conpresp” a divulgação está autorizada em consonância com a resolução Nº 35 / Conpresp / 2015: § 2º.
1
Parque das Hortênsias, 3D Warehouse. Disponível em: <https://bit.ly/2LkaudC>. Acesso em: 19 jan. 2019.
2
FREITAS, Lauro Luz de, CARDOSO, Jaime Macedo, ALMEIDA, Omar Afonso de. Parque das Hortênsias: relatório das atividades da Comissão Permanente dos Compromissários Compradores, Parque das Hortênsias, São Paulo, 1959.
3
PINTO, Léa Corrêa. Edifício Parque das Hortênsias: pedido tombamento ao Conpresp - 2015. Issuu, São Paulo, 2015. Disponível em: <https://issuu.com/itereiiguassu/docs/hortensiascompresptombamento>. Acesso em: 19 jan. 2019
4
Holanda, Aurélio Buarque de. Dicionário Aurélio on-line. Disponível em: <https://dicionariodoaurelio.com/.com>. Acesso em: 19 jan. 2019
5
BRANDELLI, Leonardo. Ressuscitando as bobagens tabelioas. Irib, São Paulo, 2012. Disponível em: <http://www.irib.org.br/obras/ressuscitando-as-bobagens-tabelioas>. Acesso em: 19 jan. 2019.
6
PINTO, Léa Corrêa. A Grande Família do Parque das Hortênsias, Parque das Hortênsias: Natal. SP, 2016.
7
PINTO, Léa Corrêa. Edifício Parque das Hortênsias: pedido tombamento ao Conpresp – 2015. Issuu, São Paulo, 2015. Disponível em: <https://issuu.com/itereiiguassu/docs/hortensiascompresptombamento>. Acesso em: 19 jan. 2019.
8
FRANCO, Ruy Eduardo Debs. Artacho Jurado: arquitetura proibida. São Paulo, Senac São Paulo, 2008.
9
PINTO, Léa Corrêa. Edifício Parque das Hortênsias: pedido tombamento ao Conpresp - 2015. Issuu, São Paulo, 2015. Disponível em: <https://issuu.com/itereiiguassu/docs/hortensiascompresptombamento>. Acesso em: 19 jan. 2019
10
Tabelião Nobre, São Paulo, 1967.
11
PINTO, Léa Corrêa. Artacho Jurado: em São Paulo. Wixsite, São Paulo, 2017. Disponível em: <https://hortensiasdigital.wixsite.com/jornadadopatrimonio/anais>. Acesso em: 19 jan. 2019
12
Jornada do Patrimônio: uma cidade muitas mãos. DPH, 2018. Disponível em: <https://bit.ly/2Y5vPO3> . Acesso em: 19 jan. 2019.
sobre a autora
Léa Corrêa Pinto. Pesquisadora Independente, Artista Plástica, Ecologista, Pedagoga: UPM/1970. Documentação Origem Indígena, Sala Especial Bienal SP/1978; Os Ovonautas, Pioneira/1978; Serra Cafezal, Acervo Isa/2000; The Mountain Comes to Rio+20, Slideshare/2012; Pedido Tombamento Parque das Hortênsias, Issuu/2015; Curadoria – Artacho Jurado no Parque das Hortênsias, Jornada Patrimônio/2017.