Maringá é cidade planejada, implantada em poucas décadas do século XX,e recipiente de uma arquitetura pluralista. boração. As peculiaridades urbanísticas da cidade, a excepcional qualidade de seus espaços urbanos e a privilegiada localização e dimensões do lote urbano destinado a acolher o edifício do CREA conduzem nossas reflexões.
O volume laminar do edifício destinado as atividades administrativas, resolvido em dois níveis, ao longo da divisa noroeste, posição interessante do ponto de vista de insolação atua como indutor da visão em relação ao edifício do Teatro Barracão para aqueles que se deslocam ao longo da avenida Bento Munhoz da Rocha, e como pano de fundo para o conjunto do Centro de Eventos.
Essa solução para o Setor Administrativo dificulta a acomodação das exigências programáticas pois, não otimiza a circulação horizontal, porém consideramos que o volume do conjunto, as condições de insolação e as relações de integração e independência são expressivas, adequadas e necessárias.
A independência entre os dois setores não deverá necessariamente significar ausência de relações, já que constituem unidade do ponto de vista da arquitetura. A rampa cumpre o papel de vínculo otimizado do ponto de vista funcional e de recursos a empregar em sua execução, pois que a médio prazo, beneficiará os gestores do edifício na economia de energia e manutenção, em relação a meios mecânicos de circulação vertical.
Constituído basicamente pelos blocos do Auditório e Sala de Exposições, o Centro de Eventos tem como recurso expressivo respectivamente os prismas retos de base trapezoidal e a marquise, anexos ao volume dominante do auditório. O lote em forma de trapézio propicia o estabelecimento de eixos de ordenamento espacial não paralelos às divisas laterais, e o uso do alinhamento predial evidencia por contraste a geometria desse espaço.
Nossa proposta procurou apropriar se dessas possibilidades. Estes elementos elaborados a partir dessa condição são propostos como referência e identidade no contexto do espaço citadino Por outro lado o caráter introspectivo do bloco da Sala de Exposição é ancorado na verticalidade do pé direito duplo do pátio e no controle da luminosidade obtido pelo emprego do vidro translúcido na cobertura.