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PORTAL VITRUVIUS. Premiação CSN na Construção Civil. Projetos, São Paulo, ano 04, n. 037.02, Vitruvius, jan. 2004 <https://vitruvius.com.br/revistas/read/projetos/04.037/2267>.


Parque Universitário Sorocabano – Universidade Pública em Sorocaba

A idéia inicial deste trabalho era a concepção de um projeto que tirasse partido do Rio Sorocaba. A Bacia Hidrográfica do Sorocaba passa atualmente por um processo de despoluição, e, no futuro próximo, o Rio Sorocaba deixará de ser um esgoto a céu aberto e voltará a ser rio. Ao mesmo tempo, no trecho mais urbano de sua várzea, existem grandes áreas hoje ocupadas por antigas indústrias, uso que não mais condiz com essa nova realidade porvir.

Partindo do pressuposto de que a várzea do rio, quando este estiver totalmente despoluído, se transformará num grande parque linear cruzando a cidade de norte a sul, a proposta aqui apresentada é a de um campus universitário como parte de um grande parque beira-rio, do qual poderiam fazer parte, além de áreas pertencentes a antigas indústrias, parte das oficinas e do pátio da Estação Ferroviária, que hoje se encontram abandonadas. O campus universitário ocuparia justamente uma parte da área industrial. Pretende-se assim dar um novo uso a uma área dentro da mancha urbana, central, já dotada de infra-estrutura, e que hoje em dia se encontra subtilizada. Uma área que possui potencial para ser convertida em um espaço para a cultura e o lazer.

A área de intervenção é fortemente delimitada, de um lado pelo Rio Sorocaba, e do outro pela linha férrea, que vem de São Paulo e segue em direção ao oeste do Estado. O atual Plano Diretor em elaboração sugere que a malha ferroviária que corta a cidade possa ser convertida em meio de transporte coletivo sobre trilhos. Assim sendo, o parque universitário disporia de uma grande acessibilidade, privilegiando o pedestre e o transporte coletivo, através de pequenas estações de VLT (Veículo Leve sobre Trilhos) estrategicamente localizadas.

O partido adotado segue o alinhamento do Rio Sorocaba, reservando-se uma faixa de aproximadamente de 130 metros de largura para o parque beira-rio, uma área de lazer contemplativo, com um grande espelho d’água, com profundidade variando entre 30 centímetros e 1 metro, dialogando com o rio. Dispostos paralelamente ao rio, os blocos das escolas separam a área de parque da área do centro esportivo.

O conjunto se caracteriza como uma seqüência de módulos (os edifícios das faculdades), que se diferencia no centro, formando o “core” da universidade, com três edifícios diferenciados: o prédio da Reitoria, basicamente um edifício de escritórios, vertical, a Biblioteca Central e a Aula Magna. Os três edifícios principais voltam-se para um grande átrio central, que por sua vez, é a extensão de uma praça monumental, no nível do térreo superior. Essa praça monumental, parte do complexo esportivo, é o espaço das grandes aglomerações, e também das cerimônias esportivas (abertura e premiação de competições esportivas, por exemplo). Na extremidade sul dessa praça um monumento marca o eixo central e também é um dos pilares de apoio de um mirante. O mirante faz a transposição para pedestres da linha férrea e da avenida expressa projetada e é uma conexão para pedestres com o bairro residencial vizinho, cujas casas, em sua maioria térreas, poderão servir como moradias estudantis aos egressos de outras cidades.

O projeto trata a universidade como uma instituição coesa onde o intercâmbio entre os diversos campos do conhecimento seja favorecido, através de uma edificação também coesa.

Evita-se assim a existência de cursos multiplicados numa mesma universidade, bem como a multiplicação desnecessária de equipamentos. Ao mesmo tempo, a Universidade deve estimular a troca de idéias com a comunidade. No térreo inferior, se concentram as atividades de maior caráter “público” com as aulas em forma de seminários com grande capacidade (100 a 150 ouvintes) onde serão ministradas, além das aulas regulares, cursos abertos à população em geral e cursos de aperfeiçoamento e atualização profissional. Lojas especializadas (livros didáticos e materiais específicos) e outros serviços (cantinas, cafés, fotocopiadoras, gráficas, grêmio dos alunos) também se situam nesse mesmo nível, caracterizando um grande corredor de serviços.

O cidadão comum, ao utilizar algum dos serviços especializados ali localizados, ao cursar um dos cursos abertos, ou mesmo num simples passeio, observará as diferentes escolas, os alunos de diferentes disciplinas se apropriando dos espaços de diferentes maneiras.

A circulação interna de veículos se restringe a uma rua única, paralela ao edifício, servindo aos bolsões de estacionamento (aproximadamente 1000 vagas). Uma avenida externa faz a ligação expressa com o sistema viário da cidade, ou seja, a rua interna não será utilizada como “atalho”.

O projeto foi pensado de forma a evitar conflitos entre a circulação de automóveis e pedestres, com prioridade para o segundo, que não necessita cruzar nenhuma rua para se locomover entre as instalações do campus. Junto a essa rua interna, um veículo de transporte interno de passageiros faz o trajeto de uma extremidade a outra do edifício. As paradas são programadas em todos os pontos que possuem conjunto de rampas e passarelas, distantes um pouco mais de cem metros uma das outras. Esses conjuntos de rampas e passarelas são intercalados com caixas de escadas e elevadores. As passarelas fazem a ligação com o conjunto esportivo numa cota mais alta, o térreo superior. Nos bolsões de estacionamento é plantada uma série de árvores frondosas, de diferentes espécies. Assim, as passarelas do térreo superior sobre os estacionamentos permitem uma travessia agradável, na altura da copa das árvores. Uma grande passarela faz a transposição do rio ligando uma das estações até a outra margem do rio, também em bairro residencial (ideal para as moradias dos professores), na mesma cota.

A planta é bastante simples, livre, de modo a obter uma grande flexibilidade dos espaços. As salas de aula podem ter tamanhos variáveis, de acordo com o tipo de curso e didática, e as circulações nos edifícios podem ser abertas para o pátio ou no interior do edifício. A cota 557,60, dos laboratórios e salas especiais tem o maior grau de flexibilidade: seu pé direito mais alto pode ser utilizado para atividades específicas (dança, por exemplo), comportar mezaninos ou para a passagem de instalações específicas para os laboratórios.

Estruturalmente, os módulos das faculdades são basicamente uma série de pórticos de estrutura em aço, cobrindo um vão de 16 metros. Os pórticos distam 8 metros entre si, e sustentam os pavimentos superiores através de tirantes, liberando o térreo para uma utilização mais flexível.

Toda a parte destinada aos edifícios das faculdades foi idealizada de modo a permitir uma construção rápida e otimizada, com o mínimo de desperdício de material, através da padronizacão dos componentes estruturais e de vedação. Os blocos de aulas podem ser montados por etapas, conforme as necessidades da universidade e podem ter sua configuração interna alterada de acordo com o uso.

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Equipe premiada
São Paulo SP Brasil

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037.02 Prêmio
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037

037.01 Concurso

Concurso de requalificação 1º Reservatório de Água Potavél

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