Um edifício auto referenciado, qualificado a partir de seu interior e expandindo seus espaços até apresentar-se às ruas através de fachadas transparentes e elegantes, oferecendo um pavimento térreo permeável e público sem que haja descontrole quanto à segurança, e organizado funcionalmente através de uma setorização eficiente e inequívoca, tanto horizontal quanto verticalmente.O projeto responde com estas características às demandas do programa arquitetônico e às condições do sítio, seu entorno, sua geometria e insolação.O partido arquitetônico se define como uma base sem torre de 12 metros de altura, dispensando assim os recuos frontais e laterais de acordo com a legislação, e desfrutando por conseguinte da largura total do lote na geração de espaços tão amplos e flexíveis quanto possível.No sentido vertical o projeto se organiza dispondo as áreas de uso público no pavimento térreo e em um único subsolo. No térreo estão as áreas de estacionamento e os principais acessos por ambas as vias públicas, a avenida Ipiranga e a rua Prof. Guerreiro Squeff. O ponto de convergência destes acessos é o saguão principal onde estão a recepção, sala de segurança e comunicação. Este espaço é também de convergência visual de todos os espaços do edifício, uma vez que o projeto o define como um vazio central de altura total.O vazio central fornece luz a todo o edifício através de sua cobertura translúcida e ventilada.Toda a altura interna deste vazio é valorizada pela cor avermelhada do painel de arenito, natural do Rio Grande do Sul. No subsolo as demais áreas de uso público: o refeitório, exposições e o auditório divisível acompanhado do vestíbulo e de um jardim interno, estes por sua vez integrados visualmente ao saguão no pavimento térreo.No primeiro e segundo pavimentos estão dispostas as áreas de uso executivo, em espaços amplos, de fácil distribuição e grande maleabilidade.Os serviços gerais, bem como as instalações hidráulicas e mecânicas, estão distribuídos numa faixa de 3 metros ao longo do edifício na divisa leste, com exceção do arquivo, localizado no terceiro e último pavimento.O projeto estrutural prevê duas empenas de concreto armado convencional com 20 cm de espessura ao longo de ambas as divisas leste e oeste, as quais se destinam a ancorar o conjunto de lajes transversais que configuram os pavimentos. As lajes dos pavimentos serão nervuradas e protendidas com 28 cm de espessura dispensando quaisquer apoios suplementares que não sejam as próprias empenas laterais. A cobertura do edifício no nível 12,00 será construída em estruturas metálicas de aço e alumínio.O projeto prevê ainda um variado elenco de materiais para acabamento interno e externo, isolamento térmico e acústico, artefatos de iluminação, além de caixilharias de alumínio e brises para a proteção das fachadas.
ficha técnica
Projeto
Mario Biselli e Artur Katchborian
Equipe
Arquitetos Cristiana Gonçalves Pereira Rodrigues e Daniel Corsi
Estagiários
João Paulo Daolio, Taís Cristina Silva e André Biselli Sauaia
Colaboradores
Nave Arquitetos / Roberto Novelli Fialho, Valéria Cássia dos Santos Fialho e Sílvio Sguizzardi
Imagens Eletrônicas
Visualize Arquitetura Digital
Consultoria
Arq . Maria Isabel Marocco Milanez
Maquete
Leon Richard Benkler
Orçamento
Quantum Engenharia