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PORTAL VITRUVIUS. Concurso Público Nacional de Arquitetura Sede da FAPERGS. Projetos, São Paulo, ano 04, n. 040.01, Vitruvius, abr. 2004 <https://vitruvius.com.br/revistas/read/projetos/04.040/2282>.


O problema

Além do atendimento aos aspectos primordiais e obrigatórios de qualquer situação arquitetônica – programa, lugar e construção – no caso da futura sede do FAPERGS o problema projetual também consistia em conferir um caráter institucional/ monumental a um edifício situado em entorno não consolidado.

Um aspecto fundamental do problema é o fato de que, de modo pouco usual, o terreno possui duas frentes, uma para uma avenida de caráter metropolitano, outra para uma bucólica praça que ocupa todo o quarteirão.

Objetivos

1. Do ponto de vista formal, criar um objeto dotado de identidade formal clara, que possa se impor à heterogeneidade do entorno e afirmar o seu caráter institucional;

2. Criar um ambiente de trabalho que possa transcender a limitação dos edifícios de escritório usuais, projetados unicamente como uma série de interiores conectados;

3. Introduzir espaços abertos como contrapontos dos interiores, “recuperando” o terreno original e conectando visualmente o novo edifício à praça existente;

4. Trabalhar com tecnologias de ponta que, contribuindo para definir o caráter do edifício como sede de uma instituição que representa o avanço tecnológico, propiciem, por um lado, um exemplo de conforto ambiental e economia de energia, e por outro, uma construção rápida, limpa, sem desperdícios.

Estrutura formal e espacial

A concepção se fundamenta em duas decisões conjuntas:

1. Adequar a altura do edifício ao caráter diferente que apresentam as duas frentes do terreno: mais alto no lado da av. Ipiranga, mais baixo no lado da praça;

2. Dividir o programa básico em dois blocos principais interpenetrados: um bloco vertical com cinco pavimentos de altura, que abriga os escritórios e ocupa metade da largura do terreno; e um bloco horizontal, elevado do solo, que abriga o auditório.

Daí decorrem duas decisões:

3. O tratamento do térreo como zona de uso público: uma metade é ocupada por um jardim e a outra pela seqüência vestíbulo/ exposições, sob o auditório;

4. A criação de um terraço jardim na cobertura do auditório, recuperando a quantidade de área verde existente antes da construção.

O bloco vertical foi definido como uma torre de vidro, em oposição ao bloco do auditório. O setor vestíbulo/ exposições também é um espaço envidraçado, o que garante permeabilidade total do pavimento térreo.

A necessidade de proteger o bloco de escritórios do sol poente, combinado a um desejo de dotar o edifício de um espaço de acesso memorável resultou na criação de uma pérgula de vigas metálicas que se apóiam nas duas divisas, sendo a divisa oeste tratada como um cobogó gigante. A combinação desses elementos gera um espaço aberto ocupado por vegetação e animado por uma luz natural controlada que vem do alto e do lado.

Vedações e proteção solar

As fachadas foram resolvidas a partir da intenção de obter visibilidade ao mesmo tempo que se possibilita uma ventilação adequada e um controle eficiente das radiações solares.

A ventilação natural, considerando o efeito chaminé, está proposta pela utilização de partes articuladas pivotantes, horizontal e vertical, nas esquadrias que complementam o sistema com pequenas faixas venezianadas (acima e abaixo nas esquadrias. Somando a condição de renovação do ar e a possibilidade de direcionamento do fluxo, dentro dos ambientes, há um dispositivo para exaustão do ar sob o piso e acima do forro. Tal dispositivo permite a retirada, à noite quando a temperatura externa está mais baixa, daquele ar quente acumulado durante o dia nos ambientes. Sendo o dispositivo controlável, no inverno basta fechá-lo para que o ar interno permaneça aquecido pelo acúmulo da radiação diurna. Com esta estratégia espera-se a redução do uso do ar condicionado mecânico, para os dias em que as temperaturas estiverem fora de uma faixa aceitável para o conforto higrotérmico, muito quente ou muito frio. Dessa forma é também esperado uma redução nos custos energéticos para condicionamento do ar.

Estrutura resistente

Composta por pilares e lajes planas, sem vigas aparentes na parte dos escritórios (bloco vertical).

Os pilares situados nas divisas são de concreto armado (40x40cm). Entre eles há paredes de concreto armado que servem de fechamento e contraventamento. Essas paredes serão construídas pelo sistema de formas deslizantes. Internamente, o espaço entre os pilares é fechado com painéis de concreto pré-moldado, criando shafts para a passagem de tubulações.

Os pilares situados nas fachadas do bloco vertical são metálicos (10x10cm). A pequena distância entre eles permite que formem uma viga contínua da altura do pé direito, que se confundam com os montantes da caixilharia, e que favoreçam alterações da divisão interna. Os pilares internos ao bloco do auditório serão de concreto armado (20x20cm).

As lajes planas terão 20cm de espessura.

Serviços

1. Ar condicionado. Auditório, vestíbulo, exposições: sistema de geração centralizada por água gelada e condicionamento terminal tipo “fan coils” zoneados por setor específico de uso, com sistema de distribuição por dutos de baixa velocidade e dispositivos de difusão, captação e atenuação de ruídos projetado para auditórios; Áreas de trabalho e reunião: aparelhos tipo split com os condensadores colocados na cobertura e evaporadores sob o forro, conectados por dutos que descem por shafts existentes nas divisas. Desse modo pode-se setorizar o condicionamento até o nível de cada sala ter o seu próprio aparelho.

2. Elevadores. Dois elevadores hidráulicos, com capacidade para oito pessoas e velocidade de 120m/min.

3. Reservatórios. água para consumo e para combate à incêndio, no subsolo e na cobertura.

4. Sub-estação e gerador. Localizados no subsolo, com acesso direto ao exterior por grelhas no teto.

5. Proteção contra incêndio. Sprinklers em todos os pavimentos e extintores em nichos na lateral da escada de emergência.

6. Estacionamentos. Estão previstas 35 vagas no subsolo, 15 a mais do que o mínimo obrigatório.

Distribuição do programa

A organização espacial levou em conta a possibilidade de uso independente dos espaços mais públicos como a sala de exposições e o auditório, aos quais se tem acesso desde o saguão no térreo.

2º Subsolo: arquivo morto

1º Subsolo: estacionamento, reservatório inferior, sub-estação.

Térreo: vestíbulo, exposições, refeitório, secretaria administrativo, serviços.

2º pavimento: reuniões, secretaria científico, serviço do auditório.

3º pavimento: direção, assessoria geral, auditório.

4º pavimento: assessoria externa, terraço/jardim, ar condicionado (fan coils do auditório).

5º pavimento: assessoria externa, central de água gelada (chiller).

Cobertura: reservatório superior, condensadores.

ficha técnica

Equipe
Arq. Edson da Cunha Mahfuz (coordenador)
Acad. Arq. Nicolás Palermo (estagiário)
Acad. Arq. Roberto Nehme (estagiário)
Acad. Arq. Albert Koelln (estagiário)
Arq. Elisabeth (Kucha)
Saatkamp (paisagismo)
Eng. Paulo Roberto Marcondes Carvalho (estrutura)

Planilha de Áreas2º Subsolo: arquivo morto: 470 m2

1º Subsolo: estacionamento, reservatório inferior, sub-estação: 873 m2

Térreo: vestíbulo, exposições, refeitório, secretaria administrativo, serviços: 581 m2

2º pavimento: reuniões, secretaria científico, serviço do auditório: 448 m2

3º pavimento:direção, assessoria geral, auditório: 488 m2

4º pavimento: assessoria externa, terraço/jardim, ar condicionado (fan coils do auditório): 262 m2

5º pavimento: assessoria externa, central de água gelada (chiller): 262 m2

Cobertura: reservatório superior, condensadores.

Total: 3384 m2

source
Arquiteto premiado
Porto Alegre RS Brasil

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