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PORTAL VITRUVIUS. Celebração das Cidades – Congresso UIA Istanbul 2005. Projetos, São Paulo, ano 04, n. 047.01, Vitruvius, dez. 2004 <https://vitruvius.com.br/revistas/read/projetos/04.047/2427>.


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Núcleo eco-arqueológico urbano na Grota do Bexiga, São Paulo Processos urbanos e naturais

Ilhas de Calor e Enchentes são e estão entre os maiores problemas ambientais causados pelo intenso processo de urbanização, característico da cidade de São Paulo e das grandes cidades na atualidade.

A intensa impermeabilização do solo urbano, provoca significativas alterações nas dinâmicas climática e hidrológica, e conseqüentemente, nos processos naturais como:

  • Aumento do escoamento superficial em volume e velocidade, potencializando a indução de enchentes
  • Redução do abastecimento do lençol freático
  • Diminuição da evaporação e da evapotranspiração, proporcionando umidade do ar típica de deserto
  • Aumento da emissão de calor, provocando maiores temperaturas e convergência do ar poluído para a região central
  • Aumento da ocorrência de problemas respiratórios

 

As grandes unidades ambientais da região metropolitana

Destacam-se, na paisagem urbana, três grandes unidades que influenciam a ação da natureza em maior escala: Serra da Cantareira, Várzeas dos Rios Tietê e Pinheiros, Espigão Central.

O espigão central como centralidade urbano-ambiental

  • Estreito patamar elevado que percorre 13 Km da região central da cidade.
  • Interfere na circulação do ar (ventos), na formação de chuvas e no arranjo das ilhas de calor.
  • Principal divisor de águas dos Rios Tietê-Tamanduateí e Pinheiros, grande indutor de enchentes nos vales que se dirigem a estes rios.
  • Abriga um significativo conjunto de anfiteatros de nascentes que favorecem a presença de umidade e sustentação de densa arborização.

 

Geomorfologia do sítio urbano de São Paulo

Espigão Central (800 – 820m)

Plataforma interfluvial Tietê-Pinheiros. Ponto mais alto e resistente à erosão da Bacia Sedimentar de São Paulo

Altas Colinas e Espigões Secundários (750 – 795m)

Rebordos do Espigão, esculpidos pela rede de drenagem e formando significativos anfiteatros de nascentes e vales encaixados fechados

Terraços fluviais de nível intermediário (745 – 750m)

Áreas dotadas de uma tubularidade local marcante

Baixos terraços fluviais dos vales do Pinheiros, Tietê e seus afluentes principais (725 – 730 m)

Áreas dotadas de tubularidade marcante originariamente livres das cheias periódicas existentes antes da retificação do curso dos rios.

Planícies Aluviais do Tietê-Pinheiros e seus afluentes (720 – 722m)

Espaços que eram afetados pelas cheias anuais ou periódicas dos rios

O caráter multiplicador da intervenção no grotão do bexiga: a recuperação das nascentes

  • A Grota do Bexiga como modelo indutor da requalificação ambiental do Espigão Central.
  • A Bacia Hidrográfica como Unidade de Gestão Ambiental.
  • Inserção da comunidade no processo de gestão do território.
  • Melhoria da qualidade ambiental urbana como resultado do efeito multiplicador de pequenas intervenções requalificadoras.

Zoneamento ambiental

A proposta de zoneamento reflete o entendimento de como a natureza se processa sobre a cidade. Baseou-se na leitura dos processos naturais em seu desenvolvimento sobre o tecido urbano, onde estes devem ser incentivados ou controlados.

Buscou-se a identificação dos espaços e das condições primordiais que a “natureza” necessita na cidade para a ocorrência de seus processos de funcionamento como: pluviosidade, escoamento superficial, infiltração-percolação-filtragem-armazenamento da água, evaporação e evapotranspiração, emissividade de calor e circulação do ar.

Área de intervenção direta I – Implantação do “Núcleo Eco Arqueológico Urbano”

Arqueológico no sentido da recuperação histórica da geomorfologia e da água na relação com os assentamentos humanos

Implantação de parque urbano com lagos de contenção e vegetação intensa.

As desapropriações devem ser inseridas no “Programa de Revitalização do Centro”, com oferta de moradias e pontos comerciais e de serviços. Finalidade: Recuperação do canal de drenagem e nascentes, Refúgio Ambiental, Moderador Climático, Retenção e Purificação de águas.

Área de intervenção direta II – Desenvolvimento de um trabalho de gestão da Bacia do Bexiga. Quadras e ruas lindeiras ao núcleo

Finalidade: Contenção do escoamento superficial, retenção de águas e incentivo à arborização de ruas e interior de quadras com baixa declividade.

Área de intervenção indireta – Desenvolvimento de um trabalho de gestão da Bacia do Bexiga. Quadras e ruas lindeiras às áreas de intervenção direta II.

Finalidade: Incentivo à infiltração, à retenção de águas excedentes e à arborização.

Núcleo eco arqueológico urbano / Edifício “termômetro”

O núcleo, localizado no foco de um sensível sistema estrutural ambiental da cidade de São Paulo (Espigão Central – Grotão do Bexiga), na medida em que se implanta, cria um pólo difusor e desencadeador de um processo de educação e requalificação ambiental.

O edifício se desenvolverá dentro do conceito de sustentabilidade e de economia de energia. Marco ambiental urbano, exercerá as funções de monitoramento local, e centro de pesquisas, estudos e informações ambientais integradas da cidade, aberto para a comunidade em geral, através da difusão de dados climáticos, poluição (ar, sonora, água, solo, sub solo), hidrológicos, circulação atmosférica, entre outros.

Através da escalada da torre, os visitantes poderão visualizar os diversos estratos do contexto urbano metropolitano, e terão oportunidade de acessar um adequado processo de educação ambiental interativo, na medida em que são obtidas informações processadas no local.

A interação com a realidade frente às informações técnicas processadas e traduzidas para o entendimento do público, poderão se constituir como um substancial indutor de transformações na postura sócio-ambiental urbana, para as atuais e futuras gerações.

A Passarela, integrada ao edifício, permite que se faça a transposição do vale otimizando a conexão da trama urbana ao nível do pedestre, ao mesmo tempo que se pode contemplar o parque proposto. É através dela que se tem o primeiro contato com o núcleo como um todo. Proporciona a utilização dos seus painéis como suporte para exposições itinerantes, bem como informações de interesse da comunidade.

A exemplo destas intervenções, a cidade poderá abrigar espaços pontuais que, munidos de novos significados para o usuário, através de programas ambientais locais e regionais, complementem os equipamentos públicos urbanos voltados para a formação da identidade e da sustentabilidade das cidades e de sua comunidade.

ficha técnica

Projeto
Núcleo Eco-Arqueológico Urbano

Inscrição
P GB 0450

Autor
Arquiteto Newton Massafumi Yamato (São Paulo SP)

Co-autores
Arquitetos Tânia Regina Parma e José Guilherme Schutzer

Colaboradores
Alexandre Takashi Fujita, Guilherme Werneck, Márcio Eiji Tanaka e Paula Andréa Frasca

source
Equipe premiada
São Paulo SP Brasil

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IAB-DN
Brasília DF Brasil

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