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PORTAL VITRUVIUS. Prêmio IAB/BA - Salvador e suas Frentes Marítimas. Projetos, São Paulo, ano 06, n. 072.01, Vitruvius, dez. 2006 <https://vitruvius.com.br/revistas/read/projetos/06.072/2736>.


Ata da Avaliação do Prêmio IAB/BA – Salvador e Suas Frentes Marítimas

A presente ata registra as atividades de julgamento e avaliação do concurso para Trabalhos Finais de Graduação de Escolas de Arquitetura denominadoPrêmio IAB/BA – Salvador e Suas Frentes Marítimas. Estando presentes os arquitetos Bruno Bastos, Coordenador Geral do Prêmio; Carl von Hauenschild, Chico Mazzoni e Susana Olmos, membros da Comissão Julgadora, foram iniciados os trabalhos pela definição dos critérios a serem adotados para julgamento, sendo estes: 1. Relevância da proposta junto ao tema: “Salvador e suas Frentes Marítimas”; 2. Grau de inovação e capacidade de proposição; 3. Viabilidade e exeqüibilidade; 4. Conteúdo teórico e sua relação com o projeto, e 5. Qualidade de apresentação. Declarou o Coordenador Geral do Prêmio, arquiteto Bruno Bastos, que todos os trabalhos se enquadraram com o tema e cumpriram as normas de apresentação expressas em Edital, não havendo portanto eliminações. Os títulos dos trabalhos apresentados foram: Trabalho 01: Oceanário Salvador - um mergulho cultural na vida marinha; Trabalho 02: Habitação na Orla de Salvador; Trabalho 03: Centro de Cultura Popular do Recôncavo Baiano. Trabalho 04: Requalificação do Terminal Marítimo de São Joaquim. Trabalho 05: Parque/Balneário Encosta do Cristo.

Analisado o Trabalho 01: Oceanário Salvador - um mergulho cultural na vida marinha, a Comissão Julgadora considerou que a proposta mostra muita qualidade gráfica e uma pesquisa de embasamento teórico profunda, própria da complexidade do tema abordado, que o candidato mostrou um elogiável volume de trabalho e apresentou um conteúdo teórico consistente, que se traduziu num projeto com condições de viabilidade, apesar da grandiosidade. No entanto, foram observados problemas de implantação, onde se destaca que a escala do projeto surge como principal inimigo de uma proposta muito interessante, sendo que a volumetria proposta não guarda relação harmoniosa com o entorno.  Foi observado também que a qualidade plástica do volume proposto se perde frente à escala humana, sendo perceptível apenas em vistas aéreas. Já o diálogo citado pelo candidato entre o Oceanário e o Clube Português admite questionamentos quanto ao estilo arquitetônico, escala, ou implantação. E a integração com o mar, tão característica em oceanários, pouco se verifica, dando a impressão que o local escolhido não foi preponderante para a implantação do mesmo. Ainda foi questionado se a área do Clube Português é um local apropriado para um equipamento deste porte, pelos problemas de circulação decorrentes. Observou-se que o projeto não se integra aos equipamentos existentes no lugar, praça Nossa Senhora da Luz e colônia de pescadores. Analisado o Trabalho 02: Habitação na Orla de Salvador, a Comissão Julgadora considerou que a proposta tem como grande mérito trazer à discussão o uso habitacional em Frentes Marítimas, contrariando o padrão usual de proposições de uso terciário. Um membro da Comissão fez questão de ressaltar que um empreendimento em áreas com alto potencial sócio-econômico (como este trecho de frente marítima), que não gera nem renda nem emprego para a cidade, configura um desperdício de potenciais urbanos e uma negação da função social do solo urbano, especialmente numa capital campeã de desemprego. A fundamentação teórica para uma arquitetura habitacional foi considerada pertinente pela Comissão, bem como a idéia proposta, em linhas gerais. Apesar de apresentar questões duvidosas quanto à viabilidade da intervenção proposta, o projeto resolve bem questões tecnológicas e de exeqüibilidade, adotando de forma muito pertinente o conceito de modulação e de variedade nos tipos de unidades residenciais. Apresentando ainda um conceito muito interessante, o projeto deixa a desejar pelo fato de que, mesmo sendo implantado num nível inferior ao da pista e com uma variedade volumétrica muito interessante, os blocos acabam por criar barreiras de visibilidade e ventilação. Eles continuaram mantendo a idéia dos “paredões” que barram os ventos e a paisagem, perdendo uma grande oportunidade de se posicionar como alternativa formal à polêmica da liberação do gabarito, objeto da pauta atual de debates na cidade. Procedendo de igual maneira, foi analisado o Trabalho 03: Centro de Cultura Popular do Recôncavo Baiano. A avaliação da Comissão Julgadora considerou: Quanto ao aporte à temática do concurso, a proposta inova ao posicionar Salvador como ponto de integração do Recôncavo Baiano, e abrir as portas da cidade para esses locais. Isso se mostra na elogiada solução do ancoradouro que funciona como um portal de entrada e saída de visitantes. O projeto também apresenta boa qualidade gráfica e bom nível de desenvolvimento, mostrando o volume de pesquisa e trabalho do candidato. No entanto a implantação desconsidera inteiramente as preexistências do lugar. Há pouca inovação quanto ao partido adotado, o que de certa forma compromete a sua viabilidade. O conteúdo teórico também não se traduz na arquitetura da edificação, que, ao optar pela linguagem globalizada dos grandes empreendimentos, acaba por não valorizar a cultura do Recôncavo, como pretendia o projeto. Finalmente, faltou na proposta abordar questões de acessibilidade. Aberto o Trabalho 04: Requalificação do Terminal Marítimo de São Joaquim, prosseguiram os trabalhos de avaliação da Comissão Julgadora, que considerou os seguintes aspectos: A proposta é ousada pelo fato de intervir num local de grande importância para a cidade. O conteúdo teórico foi apresentado de forma pertinente, ainda que sem desenvolvimento quanto à análise do contexto (volumétrica, de visuais). O projeto arquitetônico também apresenta qualidades aferidas pela Comissão. Entretanto, a Comissão verificou que a etapa propositiva guardou pouca relação com o conteúdo teórico, ou pelo menos não traduziu suas proposições. O candidato não se posicionou de forma convincente quanto à Feira de São Joaquim, fazendo apenas intervenções menores que não resolvem os grandes problemas hoje existentes na feira e no contexto geral da área, de grande complexidade. O projeto não potencializa particularmente a Frente Marítima em questão, limitando-se apenas a resolver a volumetria proposta e adjacências. Ele não trata dos problemas básicos do tema como o da necessária área de acumulação de veículos na espera do Ferry Boat nem da demanda de ampliação do sistema, com sérios problemas de funcionamento nos dias de hoje. Seguidamente foi analisado o Trabalho 05:Parque/Balneário Encosta do Cristo. Considerou a avaliação da Comissão Julgadora que: A proposta apresenta amplitude e relação com o tema proposto, potencializando, de modo interessante, setor importante das Frentes Marítimas da cidade; a intervenção proposta mostra a preocupação de enfrentar efetivamente a problemática do tratamento devido aos espaços públicos da cidade, e ousa em propor tal discussão para áreas de borda, atitude que foi ressaltada pela Comissão. A inserção no contexto, a proporcionalidade e a escala também são questões bem resolvidas que demonstram uma maturidade arquitetônica analítica e propositiva. Apesar de deixar algumas dúvidas, principalmente quanto à viabilidade financeira da implantação, considerou a Comissão que a proposta em análise traz para o cenário atual do debate sobre as Frentes Marítimas de Salvador aporte substancial que o credencia para a premiação.

Dando prosseguimento às suas atividades, e uma vez concluída a análise dos trabalhos apresentados, a Comissão Julgadora do Concurso IAB/BA – Salvador e suas Frentes Marítimas, no uso das suas atribuições, decidiu conceder o primeiro prêmio ao autor do TRABALHO 05: Parque/Balneário Encosta do Cristo.

Decidiu também considerar vagos os segundo e terceiro lugar, atribuindo Menção Honrosa aos autores do Trabalho 01: Oceanário Salvador - um mergulho cultural na vida marinha, e do Trabalho 02: Habitação na Orla de Salvador. Nada mais havendo a tratar, foi encerrada a sessão e eu, Bruno Araújo Bastos, na qualidade de presidente da Comissão Organizadora lavrei a presente ata que será lida e assinada pelos presentes em Salvador, aos 18 dias do mês de agosto de 2006.

Salvador, 29 de Julho de 2006
Faculdade de Arquitetura da Universidade Federal da Bahia

Bruno Bastos - Coordenador Geral do Prêmio
Carl von Hauenschild - Comissão Julgadora
Chico Mazzoni – Comissão Julgadora
Susana Olmos – Comissão Julgadora

source
IAB-BA
Salvador BA Brasil

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