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PORTAL VITRUVIUS. Prêmio IAB/BA - Salvador e suas Frentes Marítimas. Projetos, São Paulo, ano 06, n. 072.01, Vitruvius, dez. 2006 <https://vitruvius.com.br/revistas/read/projetos/06.072/2736>.


Parque/Balneário Encosta do CristoA proposta de “antropização” da borda marítima entre o Morro do Cristo e a Praia de Ondina, procura responder a uma necessidade de ocupação e tratamento de uma das encostas litorâneas de Salvador. Trata-se de uma intervenção componente de um conjunto de intervenções que procuraria explorar as encostas da cidade conferindo a estes novos espaços usos públicos, ainda que com empreendimentos privados inseridos.

O projeto, apesar de se mostrar, à primeira vista, como uma intervenção que nega o meio natural, na verdade se inspira no mesmo, procurando agregar beleza ao meio existente e ressaltar algumas de suas qualidades paisagísticas ocultadas pelo isolamento em que se encontra a área da cidade dinâmica. Entretanto não nega sua essência, que seria a ousadia em marcar o território do homem sobre o sítio urbano – meio antrópico por excelência – ainda que sobre o meio natural, neste caso, passível de ocupação.

Por outro lado, procura dar a mais civilizada e cidadã ocupação – o uso público - a uma área extremamente nobre, sob vários aspectos – paisagísticos, locatícios, econômicos e sociais – porém, inconcebivelmente esquecida e inexplorada.

Com o objetivo de criar uma nova forma de ocupação das encostas litorâneas da cidade, e, mais ainda, uma inovadora concepção de espaços públicos em Salvador, o trabalho propõe, não somente a criação do Parque Balneário Encosta do Cristo, mas o planejamento de parques nas encostas litorâneas pertencentes à cidade (enumeradas a seguir) de forma a constituir uma espécie de Circuito de Lazer. Este circuito poderia servir não só para os cidadãos soteropolitanos, como também a visitantes, que não percebem da maneira que devem perceber, justamente pela falta de um melhor aproveitamento, a grande beleza natural existente. Tratam-se de áreas extremamente privilegiadas, principalmente no caráter locacional, e algumas delas estrategicamente localizadas em áreas cuja oferta de tais espaços é extremamente deficitária em relação à demanda exigida com base na população residente. Portanto seria notadamente, mais que um grande e precioso equipamento de lazer e recreação, na verdade em instrumento de tais atividades além de mais uma atração ao turismo da cidade.

A área é constituída por, basicamente, quatro trechos facilmente perceptíveis (identificados na Planta de Situação). Trechos estes que se constituem como diferentes “unidades” de características, portanto diversas, carecendo de diferentes tratamentos no projeto:

Trecho 01

Corresponde o Morro do Cristo e o trecho inicial da encosta, a oeste do Morro. O Morro, elemento geográfico marcante, já é bem utilizado como Mirante e Espaço Contemplativo. Possui extenso gramado que serve ao fim dito e um denso coqueiral que se constitui com outro forte elemento paisagístico. A base do Morro é composta por um maciço rochoso de grandes extensões - alguns trechos chegam a ter 40 metros entre a base do Morro e o mar -, e foi este maciço o principal campo das intervenções que procuraram se incorporar à paisagem natural, enriquecendo-a visualmente. O Promenade proposto foi concebido a partir de placas entrecortadas por concavidades de acordo a importantes interrupções do maciço.

Trecho 02

Corresponde ao trecho de praia que se desenvolve na base da encosta de forma quase retilínea, entre os Morros do Cristo e da Aeronáutica. Os elementos mais e menos marcantes foram os objetos de intervenção neste trecho. São eles: o conjunto de recifes e bacias naturais e o trecho da encosta retilíneo entre o Morro de Cristo e o Clube Espanhol, respectivamente. Ao primeiro foi proposto um grande Complexo de Piscinas que mesclam elementos naturais e artificiais, grande responsável pela a atribuição do conceito Balneário ao Parque. Ao segundo, um prédio composto por volumes “engastados” à encosta, contendo estabelecimentos comerciais direcionados ao entretenimento e lazer. O partido utilizado tenta se apropriar da inclinação da encosta de maneira que não se torna obstáculo visual às paisagens pré-existentes, a partir da Avenida Oceânica.

Os espelhos d’água dispostos como cobertura dos prédios, além de estabelecerem um diálogo como o mar, de certa forma, “sugere” uma escada de acesso ao Balneário com seus degraus espelhados (forma escalonada do prédio).

Trecho 03

Corresponde a Encosta do Morro da Aeronáutica e o trecho que se segue até a enseada do Hotel Salvador Praia. Um grande e largo maciço rochoso se desenvolve entre a base do Morro e do talude artificial, que finaliza a área residencial existente a norte e o mar. Na parte correspondente à base do Morro, uma vasta superfície plana com trechos de areia, pouco elevada ao nível do mar, serviu como base para a implantação de duas piscinas públicas. A seguir, as formações rochosas são semelhantes ao do Trecho 01, aproveitadas na concepção do projeto que requalifica dois pequenos trechos de praia com areia e implanta um Belvedere - transição entre os níveis da área residencial e do maciço - ao longo do antigo talude artificial. É também neste trecho que a via para carros se encerra, desembocando numa outra existente, suficientemente capaz de ligá-la à via arterial Av. Oceânica.

Trecho 04

Corresponde ao Morro do Hotel Othon e a Praia de Ondina. De acesso quase exclusivo aos pedestres (excetuando-se a via de serviço do Centro Náutico) possui o litoral extremamente entrecortado, que juntamente com o volume e forma do Morro torna-o muito interessante. As reentrâncias e saliências são devidamente exploradas enquanto geradoras de visuais. Outros locais explorados para o uso dos banhistas são uma área alagada na maré alta e protegida por uma linha de pedras e duas pequenas enseadas de areia. Sobre uma das saliências de formação rochosa se implantou um pequeno Centro Náutico de apoio a duas práticas esportivas condizentes com a área: prancha à vela e jet-sky. O Promenade é finalizado na Praia de Ondina, ligando-a ao Parque Balneário.

“Utilização e Exploração do elemento: Ponta”

A ponta é explorada no projeto como “indicadora de visuais”. Explicando melhor, ela condiciona o observador ao seu vértice, proporcionando uma determinada visão, previamente qualificada como interessante, que ao retornar à posição anterior se depara com outro ponto da paisagem a ser revelado. Nem todas as pontas do projeto foram elaboradas para este fim.

“Utilização e Exploração do elemento : Proa de Navio”

A partir da “Utilização e Exploração do elemento: Ponta”, se estabeleceu a idéia de melhor explorá-la, agora também como geradora de visuais, pois o choque da onda poderia ser mais bem explorado visualmente. Proporciona, também, maior segurança ao observador por dificultar os respingos de água. Entretanto, sua importância maior está na revelação que um elemento de projeto, como este, procura passar da essência da intervenção: marcar o território do homem sobre o meio natural em sítio urbano.

ficha técnica

Título do Trabalho Final de Graduação
Parque / Balneário Encosta do Cristo

Nome do Autor
Alexandre Prisco Paraíso Barreto

Orientador
Alberto Rafael Cordiviola

Ano do Projeto
2000

Localização
Bairros Barra/Ondina – Salvador/BA

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Equipe premiada
Salvador BA Brasil

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072.01 Prêmio
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original: português

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IAB-BA
Salvador BA Brasil

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