Partido
Pensar o projeto de readequação do edifício da Biblioteca Pública de Santa Catarina nos leva além das considerações pertinentes aos aspectos materiais da intervenção. Acreditamos que a mesma deva impor-se como uma importante referência na sociedade local. Mais que apenas resultar em um novo edifício, ambicionamos construir um lugar. Um signo urbano forte e legível, um espaço rico, agradável, que atraia as pessoas, para ser usufruído em sua plenitude pela população.
“Uma visão poética, que ultrapassa, na sua dimensão humana, a estrita necessidade. Arquitetura não deseja ser funcional, mas oportuna.”
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Diagramas
Desenho dos autores
A partir destas premissas, surge um aparente antagonismo: como criar um edifício que tenha uma relação “aberta” com o espaço público, a malha urbana, mas que ao mesmo tempo, como biblioteca, tem como característica intrínseca o fato de ser um espaço que deve privilegiar a introspecção?
Revela-se então o seguinte partido: externamente o edifício diferencia-se das outras construções da região, enquanto espaço destinado a atividades diferentes dos escritórios e dos prédios comerciais do centro da cidade, através de uma fachada intrigante para quem olha da rua. Internamente o edifício é trabalhado de modo a gerar uma riqueza espacial, utilizando de recursos como os vazios, que dão unidade visual e integram o edifício verticalmente, e iluminação natural, através de aberturas e zenitais. Cria-se assim uma diversidade de ambientes; ora generosos, com espaços abertos e pé-direito monumental, ora mais aconchegantes, mais restritos; ora mais dinâmicos, ora mais calmos.
Etapas construtivas
Desenho dos autores
ficha técnica
Autores
Bruno Conde
Filipe Doria
Filipe Romeiro
Lucas Bittar
Consultores
ZPM Engenharia (Estrutura)