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Conheça os projetos premiados no Concurso Nacional de Arquitetura Biblioteca Pública de Santa Catarina

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PORTAL VITRUVIUS. Concurso Nacional de Arquitetura Biblioteca Pública de Santa Catarina. Projetos, São Paulo, ano 10, n. 116.02, Vitruvius, ago. 2010 <https://vitruvius.com.br/revistas/read/projetos/10.116/3679>.


Conceito da proposta

A liberdade, a prosperidade e o progresso da sociedade e dos indivíduos são valores humanos fundamentais. Só serão atingidos quando os cidadãos estiverem na posse das informações que lhes permitam exercer os seus direitos democráticos e ter um papel activo na sociedade
(Manifesto sobre Biblioteca Pública da Unesco)

A proposta de requalificação da Biblioteca Pública de Santa Catarina (BPSC) é um ato de reafirmação do acesso amplo e democrático à informação, de tal modo a fomentar a cidadania, a conscientização pela preservação livresca e, sobretudo, o constante desenvolvimento intelectual e cultural da sociedade florianopolitana.

Trata-se, assim, de reconhecer, decididamente, a importância da biblioteca pública como um “centro de informação” na cidade, não só destinado à prática da leitura – indissociável a esse tipo de equipamento –, mas também à promoção do convívio coletivo engajado às diversas formas de comunicação e expressão, tais como exposições de arte, audições musicais, projeções audiovisuais, cursos, debates e seminários.

A tradução desse conceito acaba por revelar uma proposta arquitetônica de biblioteca pública mais conectada ao discurso urbano, seja, então, pela inserção de uma acessibilidade universal integrada, pela otimização do fluxo de usuários através da redistribuição das funções pelos pavimentos, ou mesmo pela recomposição das fachadas do edifício em benefício à paisagem urbana.

Relação urbana

A condição urbana do edifício – de esquina – é propícia à consolidação do conceito, pois indica convergência; inspira os encontros e a troca de informações; promove, assim, a sociabilidade. Ademais, é um marco na paisagem urbana, que mais do que servir como referência à orientação, pode ser convidativo aos seus próprios espaços e acontecimentos.

Por conta disso, o acesso ao edifício é recondicionado em favorecimento dessa condição urbana. A esquina é evidenciada não apenas como encontro de ruas, mas como acesso a um edifício público que se propõe ser da mesma forma socializante. Da esquina, então, iniciam-se duas rampas que seguem paralelas à Fachada voltada à Rua Tenente Silveira: uma em ascendência ao térreo, o pavimento receptivo e distribuidor de fluxos de usuários; e outra descendo ao subsolo, o pavimento, que dentre outras funções, passa a ser destinado, com maior destaque, às atividades culturais.

Aspecto externo

As fachadas do edifício, também em adequação a idéia de uma biblioteca dinâmica, vivida e convidativa, foram submetidas a uma nova ordem estético-compositiva.

A porta principal de acesso, localizada no eixo de simetria da fachada principal, foi deslocada para o vão (entre pilares) adjacente, mais afastado da esquina. Criou-se, assim, um novo eixo, divisor de dois “pesos visuais”, que estabelece uma espécie de equilíbrio dinâmico do volume prismático do edifício – notadamente, em oposição às tensões visuais provocadas pelas sensações de estaticidade e austereza impostas pela simetria.

De modo a evidenciar esse equilíbrio dinâmico, optou-se por uma clara distinção na percepção dos “pesos visuais”. Assim, criou-se um, menor e hermético, destinado ao armazenamento e conservação do acervo (a “caixa de livro”); e outro, maior e diáfano, revelador de cores, materiais, móveis e vivências no interior da biblioteca. 

É de se reconhecer também que o deslocamento da porta de entrada tenha conferido uma verdadeira sensação de fluência ao edifício, na medida em que concordou com o desenvolvimento das rampas inseridas como acesso ao térreo e ao subsolo. Essa fluência é destacada por uma marquise metálica pendente às vigas do térreo, que cobre as rampas por inteiro.

Eficiência energética

Respeitando a ordem compositiva estabelecida para as fachadas, dois sistemas de vedação-revestimento foram criados sobre o esqueleto estrutural da construção original, de modo, então, a garantir as condições de conforto e uma conseqüente e significativa redução no consumo de energia.

Na “caixa de livro”, o sistema utilizado foi o de fachada ventilada, que vem a ser uma câmara de ar em movimento, formada por uma perfilaria metálica revestida com placas cerâmicas e fixada em parede de vedação termicamente isolada.  O intuito foi oferecer maior inércia térmica a esse trecho da fachada, de tal modo a diminuir a variação de temperatura interna prejudicial à conservação do acervo livresco e, conseqüentemente, o consumo energético, já que os termostatos do sistema de ar-condicionado serão menos acionados para compensações de temperatura.

No volume destinado às vivências, o sistema é constituído por dois planos. O plano externo é um conjunto estruturado de painéis de brise-soleil. O plano interno, de vedação, é formado por painéis – com possibilidades de abertura – de vidro duplo com lâmina de proteção contra raios ultravioleta (UV). Assim, devido a permeabilidade oferecida para luz solar (sem radiação direta) e ventilação natural, acaba sendo um sistema redutor no consumo energético dos equipamentos de iluminação e climatização.

A supressão de partes das lajes para a criação de um átrio com cobertura móvel de vidro duplo encaixilhado – também com lâmina anti-UV – no trecho correspondente ao eixo de acesso, reforça as condições de conforto lumínico e térmico no interior do edifício. Lumínico, porque a luz zenital por este átrio oferece melhor iluminamento (intensidade luminosa uniforme por metro quadrado) em áreas onde a luz incidente das fachadas pouco alcança. E térmico, dada a possibilidade de ventilação natural proporcionada pelo efeito chaminé (entrada de ar frio pelas esquadrias das fachadas e saída de ar quente pela abertura da cobertura suspensa).

Distribuição do programa

Subsolo

A rampa se desenvolvendo sem restrição de acesso define parte do subsolo como extensão do espaço publico. O Espaço Cultural e a cafeteria que lhe serve poderão, assim, ser livres aos transeuntes.

O auditório, cerrado em paredes de vidro duplo e equipado com dispositivos de absorção acústica no forro (baffles), subtende integração ao Espaço Cultural em caso de eventos maiores. Persianas entre vidros, se necessário, ofereceriam a esse ambiente uma maior privacidade.

Por trás do auditório, os sanitários foram recondicionados para acessibilidade universal. A copa foi criada ao uso diário dos funcionários e eventualmente aos eventos. E a área de serviço, por sua vez, dimensionada para armazenamento de carrinhos e materiais de limpeza.

As Coleções Obras Raras e Santa Catarina foram acondicionadas em estantes deslizantes no salão do antigo auditório. Garantiu-se, dessa forma, uma localização com ligação direta ao acesso secundário do edifício, facilitando a imediata remoção do acervo em caso de sinistros.

Ligados à circulação e próximo ao acesso secundário: vestiários para funcionários e almoxarifado para depósito temporário. Um fosso, criado com a retirada de parte da laje limítrofe ao terreno vizinho, traz salubridade a esses ambientes e permite trocas de calor mais eficientes com a sala de transformador (reposicionada).

Para garantir maior acessibilidade e otimizar fluxos de serviços, outro elevador é incorporado à circulação vertical do edifício.

Pavimento térreo

De modo a facilitar o fluxo de entrada e saída, o hall de acesso foi criado amplo e interligado com um guarda-volumes – sem controle de acesso – e com um núcleo de atendimento integrado com sala de segurança/CFTV.

A sala de leitura das obras raras, o LACRE e a oficina de pequenos reparos foram localizados logo acima dos arquivos deslizantes, otimizando, assim, o deslocamento dos funcionários para manuseio do acervo e atendimento ao público.

No lado oposto do pavimento, facilitados à integração por não serem limitados por paredes ou divisórias, distribuem-se ás áreas de periódicos diários, multimídia e leitura em Braille.

Os sanitários deste pavimento foram recriados, melhorando tanto a acessibilidade, com a inclusão de box para pessoas com necessidades especiais, quanto o desempenho das instalações hidrossanitárias, já que foram colocados em prumo com os sanitários dos pavimentos superiores reformados.    

1º pavimento           

Nesse pavimento, encontram-se o serviço de periódicos científicos e todo o programa correspondente ao público infanto-juvenil (brinquedoteca, espaço de arte e educação e leitura individual e em grupo). A “caixa de livro”, a partir desse pavimento, começa a assumir seu papel de resguardar o acervo de livros em condições ambientes adequadas.

2º pavimento

Esse pavimento é o da coleção geral e do serviço de referência, que, por serem indispensáveis às pesquisas escolares, instiga maior procura. Por conta disso, o espaço de leitura é amplo, sem divisões, facilitador da interação e das trocas de informações, ainda que permita pesquisas individuais. A reserva de espaço se faz apenas na reprografia e em uma sala de leitura em grupo de suporte.

3º pavimento

O último pavimento é o da literatura. O da leitura individual e silenciosa, que subsiste contíguo a um núcleo administrativo.

ficha técnica

Co-autores
Arq. Akemi Tahara (responsável técnico)
Arq. Mauricio Coelho Lins
Arq. Andrei Miler Menezes Beramendi

Colaboradores
Arq. Iala Santana Caires (quantitativo e orçamento)
Eng. Paulo Beltrão Junior (quantitativo e orçamento)
Estagiária Clara Maria Matos Soledade (desenvolvimento de projeto e representação gráfica)

Consultores

Acústica
Arq. Debora Miranda Barreto

Estrutura
Eng. Iuri Andrade Hamaji

Eletronica e Telecomunicações
Eng Lucas Ferreira Santiago

Lógica
Técnico Augusto Barros

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Equipe premiada

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116.02 Concurso
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Organização do concurso
Florianópolis SC Brasil

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