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Conheça os projetos premiados no Concurso Nacional de Arquitetura Biblioteca Pública de Santa Catarina

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PORTAL VITRUVIUS. Concurso Nacional de Arquitetura Biblioteca Pública de Santa Catarina. Projetos, São Paulo, ano 10, n. 116.02, Vitruvius, ago. 2010 <https://vitruvius.com.br/revistas/read/projetos/10.116/3679>.


Partido Arquitetônico

“Criar um edifício singular e eficiente para representar a difusão do conhecimento e da cultura no âmbito da cidade”

Os princípios que nortearam as decisões arquitetônicas dividem-se em dois grupos: o primeiro vinculado à organização interna da Biblioteca e o segundo contendo as soluções construtivas adotadas na reforma do edifício existente.

Com relação à organização interna da biblioteca:

  • Facilitar o acesso de todos os usuários, dispondo os livros e coleções em locais estratégicos.
  • Acolher os usuários em espaços de trabalho com condições adequadas de conforto, economia, eficácia e segurança.
  • Promover, através de meios técnicos, a informação, a investigação, a educação e o lazer.
  • Utilizar a estrutura interna de pilares existentes como pauta modular na organização do Layout.
  • Posicionar os locais de leitura nas áreas de maior conforto e integração visual com a cidade.
  • Promover clareza funcional na distribuição do programa nas plantas dos pavimentos.
  • Atender ao programa do concurso, prevendo sempre espaços adequados aos usuários.

No âmbito das soluções construtivas do edifício:

  • Modificação do núcleo de circulação vertical visando sua racionalização, com a finalidade de atender às unidades sanitárias mínimas e ampliar espaço para circulação nos pavimentos.
  • Substituição dos caixilhos e vidros da edificação para, desta forma, garantir perfeita vedação, iluminação, conforto acústico e controle solar.
  • Correção da geometria dos pilares com a medida de 60x60 cm, criando espaço suficiente para passagem de dutos e consequente melhor organização de estantes e divisórias.
  • Criação de um pavimento ático na cobertura dedicado à Administração da Biblioteca.
  • Substituição do elevador existente por um novo, com capacidade para 10 pessoas e nova parada na Cobertura da Administração.
  • Criação de um pavimento técnico abaixo do subsolo, situado na projeção do núcleo de circulação, para localização de cisterna, bombas e áreas técnicas para atender demandas dos projetos complementares de engenharia.
  • Criação de vazio nas lajes da cobertura e Terceiro Pavimento, permitindo assim a entrada de luz natural na região central da Biblioteca e possibilitando maior conforto visual e economia de energia. Este vazio integra visualmente os andares da Biblioteca, criando um ambiente diáfano na parte central do conjunto.
  • Modificação do acesso principal de modo a promover melhor acesso ao edifício e integração com a cidade.

Sistema Construtivo

A escolha do sistema construtivo teve como objetivo racionalizar a obra, diminuindo perdas e aumentando a rapidez na execução dos serviços. Neste sentido, optou-se por materiais industrializados como: estrutura metálica, paredes em drywall, forros modulares e fechamentos e revestimentos metálicos na fachada.

Subsolo

No subsolo, foram criados desníveis para atender à inclinação do auditório e espaço adequado para a Coleção Santa Catarina que fica situada abaixo do novo acesso à Biblioteca. Os novos pilares que suportam as lajes que fecham os vazios no piso do térreo são metálicos e as lajes do tipo maciça. Foi criado um segundo subsolo abaixo do novo núcleo de circulação como previsão para instalações técnicas do edifício, com acesso pela continuação da escada existente. Os novos contra-pisos do subsolo deverão ser executados em concreto armado, segundo projeto estrutural.

Pavimento Térreo

Os vazios existentes foram fechados para atender à demanda do programa através de pilares e vigas metálicas e laje maciça. A geometria do Pavimento Térreo foi corrigida para abrigar parte do programa Infanto-Juvenil e Café, com a criação de novas estruturas metálicas com laje tipo Steel Deck, afastadas da estrutura original do edifício. As ampliações existentes foram demolidas, pois descaracterizavam a estrutura original do edifício, que merece ser destacada.

As lajes impermeabilizadas do térreo foram convertidas em terraços ajardinados e as paredes do embasamento que delimitam o subsolo com a Rua Álvaro de Carvalho foram revestidas de pedra cimentícia com inserts metálicos, criando uma fachada ventilada.

O novo acesso foi projetado com laje maciça apoiada sobre estrutura metálica. Em pontos estratégicos, foram posicionados elementos para iluminação zenital, com fechamento em vidro laminado, para iluminação das áreas de trabalho situadas no subsolo.

1º, 2º e 3º Pavimentos

O núcleo de circulação vertical foi reorganizado e ampliado por meio de uma torre metálica para abrigar as demandas de sanitários e atender o pavimento ático com uma nova parada de elevador. As fachadas foram redesenhadas com novo sistema de perfil em alumínio e pele de vidro entre vãos, com sistema do tipo encaixilhado. Os vidros estão previstos com espessura de 8 mm, laminados, e com características de controle solar. Foi criada uma circulação metálica exterior para possibilitar a limpeza e manutenção entre o caixilho e o painel de alumínio perfurado, que faz o controle solar das fachadas.

Na base dos caixilhos, foi criado um rodapé de 15 cm para localizar as tomadas de energia e, desta forma, dar suporte aos usuários localizados nas proximidades das aberturas.

Os pilares têm a sua geometria corrigida por uma cápsula de painel laminado, criando um quadrado de 60x60 cm, servindo de pauta modular para organizar as estantes e a passagem de dutos. Constitui um importante elemento construtivo na organização do layout.

As lajes da cobertura e piso do 3º pavimento são removidas no setor central do edifício, para permitir a entrada de luz natural, melhorando o conforto destas áreas, que possuem excessiva profundidade em planta.

Planta de Cobertura

A Planta de cobertura foi ocupada em 45% para abrigar os usos administrativos com total comodidade. O critério construtivo utilizado constitui-se de uma estrutura de vigas e pilares metálicos que foram vinculados aos eixos dos pilares existentes através de separadores, mantendo a nova laje afastada da existente. Entre as duas lajes é posicionada uma câmara para passagem de dutos e ar condicionado, que pode ser insuflado por grelhas no piso da administração.

As novas vigas metálicas de piso, com 50 cm, de altura ficam afastadas 10 cm do plano da cobertura, permitindo assim que as possíveis deformações não afetem a laje existente. A laje utilizada é do tipo Steel Deck com 12 cm de altura e impermeabilizada na cobertura.

Esta solução se viabiliza através de análise técnica detalhada da estrutura existente, para a elaboração de um projeto estrutural de reforço dos pilares. O reforço pode ser incorporado na nova geometria proposta para os pilares do edifício.

Programa de Necessidades

  • No subsolo foram localizados os usos compatíveis, sendo alguns mantidos e outros novos com a ampliação necessária para atender a demanda do programa. A Coleção Santa Catarina e Obras Raras ocupam a maior parte do programa, juntamente com o novo auditório, com piso em desnível e capacidade para 102 usuários. Os arquivos deslizantes foram unificados com separação através de corredor técnico para racionalizar o espaço e, assim, criar uma única sala com controle de temperatura. As áreas de apoio como vestiário, copa, serviço, almoxarifado e laboratório foram reformuladas para atender às demandas do programa.
  • No Pavimento Térreo predomina a Coleção Infanto-Juvenil, relacionada visualmente com os jardins propostos. Junto ao acesso principal reformulado, fica localizado o setor de Periódicos Diários e o Café na posição mais indicada para o uso integrando com a circulação de pedestres da Rua Tenente Silveira e Álvaro de Carvalho.
  • No acesso à biblioteca, foi proposto um espaço unitário para organizar de forma mais eficiente o balcão de atendimento, guarda volumes e vigia, sem perder a unidade do conjunto.
  • A Coleção Geral foi posicionada no Primeiro Pavimento, com acesso facilitado e próximo da entrada. O acervo foi localizado de forma estratégica para liberar as áreas de entrada da luz natural destinadas aos espaços de leitura e pesquisa.
  • O espaço padrão deixado entre estantes em todo projeto é de 90 cm, e, entre mesas de leitura enfrentadas por cadeiras, 1,50 m de distância. As circulações mínimas deixadas foram de 1,20m permitindo livre deslocamento entre móveis.
  • A altura das estantes foi limitada a 2,10 cm para atender ao uso com critérios de ergonomia.
  • No Segundo Pavimento foram localizados os setores de Literatura e Braille.
  • Seguindo os critérios gerais de organização utilizados em todo projeto, a organização do atendimento situa-se na área central, e os setores de leitura junto às janelas com infra-estrutura de tomadas nos rodapés das mesmas.
  • Desde a porta do elevador, uma marcação de piso leva o usuário do setor de Braille até o atendimento.
  • Este setor recebe luz natural da iluminação zenital posicionada na cobertura.
  • No mesmo pavimento, também se localiza a reprografia e o Serviço de tecnologia.
  • O Terceiro Pavimento dedica-se ao setor de Periódicos e Multimídia, com luz natural proveniente do zenital na cobertura, e um vazio que integra este espaço visualmente com outros andares da Biblioteca.
  • A cobertura reserva-se para as atividades administrativas com generosa sala de reuniões para 12 pessoas e, além disso, aberta para os visuais da cidade de Florianópolis. O novo elevador atende este pavimento, que também abriga o Serviço de Processamento Técnico.

Modulação

  • O edifício possui uma modulação de fachada de 1,20 m que foi respeitada e seguida em todo novo desenho e paginação das placas de alumínio perfurada, bem como caixilhos e vidros.
  • O piso proposto para o edifício é do tipo vinílico contínuo, eliminando os problemas de juntas e paginação criando um ambiente limpo, de fácil manutenção e limpeza.
  • Os forros modulares acústicos foram posicionados entre vigas, afastados 10 cm da borda das mesmas, para manter o pé direito interno em 2,60 m e não possuir corte das placas.
  • A modulação do forro utilizado é de 62,5x62,5 cm.
  • Todos os materiais utilizados em fachada, como brises que revestem o fundo do núcleo de circulação e painéis metálicos que fazem o fechamento do mesmo, foram propostos com modulação de 1,20 m.

Instalações

  • O núcleo de circulação centraliza todas as descidas hidráulicas e pluviais, que serão motivo de novo projeto para atender as demandas atuais.
  • Foi criado um pavimento técnico como Segundo Subsolo embaixo no novo núcleo de circulação para cisterna, casa de bombas e transformador.
  • Esta decisão de projeto cria um espaço adequado para absorver os espaços técnicos e liberar as áreas nobres do Térreo e Subsolo da Biblioteca, resultando na livre organização do programa.
  • Na cobertura, foi criado um segundo nível de casa de máquinas e caixa d’água na projeção do elevador e banheiro adaptado. Para não elevar excessivamente o nível do reservatório superior, a proposta sugere a pressurização do sistema.
  • As instalações elétricas e de cabeamento serão conduzidas por novos dutos para atender às modificações e novas demandas de carga do edifício, aproveitando os dutos criados nos pilares e rodapés das esquadrias para posicionamento de tomadas e infra-estrutura a ser definida em projeto específico.
  • O sistema de ar condicionado proposto contempla Splits k7 Hi wall, pois permite controles individuais de temperatura, possuem o melhor custo benefício, apresentam menor interferência arquitetônica e a divisão da capacidade em equipamentos menores. Em caso de pane de um equipamento, não prejudica o funcionamento de toda a edificação.
  • Nas salas do subsolo dos arquivos deslizantes que precisam de controle de temperatura e umidade, foram propostos Splits para dutos com controle individual de temperatura, permitindo também a divisão da capacidade em equipamentos menores. Em caso de pane de um equipamento o acervo não fica sem funcionamento e controle climático.
  • Ambos os sistemas não necessitam casa de máquinas, além de garantir flexibilidade e agilidade na instalação.

ficha técnica

Autor
Arq. Marcos A. Jobim

Co-autores
Arq. Silvana Carlevaro Fedele

Colaboradores
Estagiária Mariana Hass
Estagiária Talita Anelize Broering
Estagiária Vitor de Luca Zanatta

Consultores

Estrutura e Projeto Preventivo
Engenharia Grande Sul

Climatização
Eng. Saulo de Noronha

source
Equipe premiada
Florianópolis SC Brasil

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116.02 Concurso
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original: português

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Organização do concurso
Florianópolis SC Brasil

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