Your browser is out-of-date.

In order to have a more interesting navigation, we suggest upgrading your browser, clicking in one of the following links.
All browsers are free and easy to install.

 
  • in vitruvius
    • in magazines
    • in journal
  • \/
  •  

research

magazines

projects ISSN 2595-4245


abstracts

português
Conheça as propostas desenvolvidas por arquitetos professores de arquitetura para examinarem criticamente o problema urbano ocasionado pelo arroio Dilúvio em Porto Alegre, através de projeto arquitetônico

how to quote

PORTAL VITRUVIUS. Arroio Dilúvio. Projetos, São Paulo, ano 11, n. 123.03, Vitruvius, mar. 2011 <https://vitruvius.com.br/revistas/read/projetos/11.123/3803>.


O senso comum dos porto-alegrenses considera Porto Alegre uma cidade com cultura diferenciada, com boa qualidade de vida, com uma história a preservar.  A tendência da sociedade é proteger o existente e se rebelar contra grandes mudanças que possam descaracterizar a imagem consolidada, como o polêmico projeto do Estaleiro Só, analisa a arquiteta Maria Isabel Milanez, professora da Uniritter.

Por outro lado, se constata que há falta de um planejamento integrado ou ações concertadas na construção da cidade. Exemplos disso são os projetos viários que tratam apenas da construção da via com ênfase nos fluxos, pouco envolvem o espaço público como um todo. Via de regra, os programas complementares como as calçadas, a arborização urbana, as ciclovias e o mobiliário urbano não fazem parte da maioria dos projetos originais. Também são exemplos negativos do crescimento e transformação da cidade as novas edificações que não se relacionam com o entorno adjacente. Assim como as redes de energia e saneamento que não se redimensionam para acompanhar o crescimento ou a densificação dos bairros_ critica ela.

Esse descompasso nos projetos e nas obras que envolvem os espaços públicos ocasiona não só deseconomia de investimentos, mas também uma sobreposição de obras em equipamentos e estruturas recém construídas, o que provoca desordem e instabilidade no espaço público da cidade em constante abre e fecha.

Tudo isso leva Maria Isabel a concluir que o projeto do Dilúvio tem de privilegiar o espaço público da cidade, oferecendo a esta uma imagem alternativa ao que hoje está acontecendo com a obra de recuperação dos taludes nas bordas do canal. Seria economicamente viável, de fácil execução e culturalmente aceita pela população porto-alegrense.

A arquiteta acredita que a imagem da Av. Ipiranga consolidou-se no imaginário da cidade e que, portanto a urbanização do arroio Dilúvio deve potencializar a mesma, através da inclusão de novos programas voltados para o pedestre, aumentando a dinâmica urbana, reforçando a linearidade e criando "hotpoints" _ pontos de convívio da cidade com a avenida. Como também demonstrar didaticamente ao poder municipal que os projetos integrados de urbanismo são fundamentais e passíveis de execução. _ Obras bonitas e funcionais não são necessariamente caras. E nem sempre a prefeitura não dispõe de recursos _ argumento que imobiliza a construção da cidade.

A proposta da arquiteta incorpora o espírito da cidade reforça seu caráter, multifuncionaliza a avenida, articula os diferentes programas que envolvem a mobilidade urbana e pretende demonstrar uma transformação possível e imediata das bordas do Arroio Dilúvio em um Parque Linear.

Arroio Dilúvio, Tempo passado, tempos futuros (diagramas), Maria Isabel Marocco Milanez.


As soluções adotadas pela arquiteta e sua equipe, os acadêmicos de Arquitetura Lucas Vali e Paula Motta, pretendem estimular a apropriação pela população das bordas do Arroio Dilúvio, em contraponto à dinâmica atual dos fluxos veiculares através:

1.
Programa de Reabilitação das bordas: A idéia é a inclusão de atrativos programáticos de lazer ativo além da tradicional calçada, como faixas segregadas para caminhadas com equipamentos aeróbicos e ciclovia assim como para o lazer passivo com refúgios e estares de permanência e descanso.

Arroio Dilúvio, Ampliação das bordas, novos programas para o pedreste, Maria Isabel Marocco Milanez.

2.
Mudança de Imagem e Caráter: A proposta prevê a construção de Plataformas ao longo do Arroio a partir do leito das calçadas avançando sobre o limite inferior do talude do arroio. Comporiam cheios e vazios, num jogo lúdico de movimentos irregulares, ora criando recantos com mobiliário urbano, ora reforçando o circuito de pedestres e ciclovias. Constituindo-se num novo calçadão de aproximadamente oito metros de largura articulados a pontos de convívio e articulação com a cidade.

Arroio Dilúvio,– Mudança de Caráter: articulação entre fluxo viário e pedestre, Maria Isabel Marocco Milanez.

Arroio Dilúvio, Cortes esquemáticos da transformação das bordas do Arroio, Maria Isabel Marocco Milanez.

3.
Construção do projeto em módulos e etapas: As plataformas seriam construídas em módulos ao longo das margens do arroio reforçando a imagem da avenida como "linha/canal", consolidando sua linearidade através da construção dos novos espaços abertos do Parque Linear proposto. (estendendo-se da Avenida Borges de Medeiros até Avenida Augusto de Carvalho).

Arroio Dilúvio, Módulos lineares e Praças estratégicas, Maria Isabel Marocco Milanez.

4.
Praças estratégicas: explorar as pontes, propondo a criação de praças entre as mesmas, que avançam sobre o leito do arroio, em pontos estratégicos escolhidos segundo o seu grau de importância, qualidade e inserção no tecido da cidade. Como exemplo destes pontos de referência (hotpoints) se evidencia a conexão entre as avenidas Edvaldo Pereira Paiva e Borges de Medeiros, ponto de contato entre o Arroio e o Guaíba.

Arroio Dilúvio, Praça estratégica de conexão do Arroio com o lago Guaiba, Maria Isabel Marocco Milanez.


5.
Materiais e acabamentos: O concreto pré-moldado seria usado para a construção das bases das plataformas e calçadas, que são estruturadas e assentadas sobre o passeio e estendidas até a dimensão dos taludes existentes. Os pisos sobre a estrutura de base são de pedra basalto serrado, mantendo o padrão exigido para as calçadas de Porto Alegre. O mobiliário urbano e elementos de sinalização deverão ser de concreto e aço. A vegetação terá como preponderância uma arborização urbana que reforce a linha e as bordas do arroio e da avenida. Os tipos devem corresponder a espécies nativas como o ipê-roxo, o jacarandá, reforçando as espécies que compõem a vegetação da cidade.

Arroio Dilúvio, materialidade e dinâmica social, Maria Isabel Marocco Milanez.


A iluminação pública deve levar em conta a linearidade, os recantos e os pontos de referencia, através diferentes formas de direcionamento da luz (vertical e horizontal). As redes existentes e aparentes deverão ser subterrâneas. 

Arroio Dilúvio, Iluminação pública reforçando o caráter do novo Parque Linear, Maria Isabel Marocco Milanez.

credenciais

Autoria
Arquiteta Maria Isabel Marocco Milanez

Participação
Lucas Vali - Acadêmico de arquitetura e urbanismo
Paula Motta - Acadêmico de arquitetura e urbanismo

source
Autora do projeto
Porto Alegre RS Brasil

comments

123.03 Idéias
abstracts
how to quote

languages

original: português

source

share

123

123.01 Restauro

Villa Empain

123.02 Concurso

Revitalização da Praça da Liberdade em Ipameri

123.04 crítica

Loja Forma, Paulo Mendes da Rocha, São Paulo, 1987

Edson Mahfuz

newspaper


© 2000–2024 Vitruvius
All rights reserved

The sources are always responsible for the accuracy of the information provided