A proposta visa através da arquitetura, intensificar as relações com o próprio homem, assim a criação de um modelo de "urbe", seria uma ponte entre os desenvolvimento da sociedade com menos impacto e seu próprio meio, ou seja a cidade, assegurando os anseios do Sistema Fecomércio, Sesc e Senac.
A cidade foi projetada para gerar o mínimo de impacto, tomando como ponto inicial a utilização de quadras para a integração com a cidade mesmo que em uma área mais periférica. A concepção das quadras elevadas em taludes, tem como objetivo servir de dique frente ao terreno alagadiço e ao mesmo tempo abrigar estacionamento protegidos de intemperes com a menor movimentação de terra possível. A terra movimentada proporcionou a criação de um córrego central, usufruindo de tanques de diferentes alturas, tamanhos e plantas para oxigenação do rio, melhorando sua qualidade. Resultando em quadras assimétricos devido a disposição dos tanques, simulando as curvas de um rio, priorizando o ser humano através das conexões por pontes e edifícios-ponte distribuindo o programa junto ao eixo de convivência, aproximando o homem a natureza. As quadras se camuflam frente a sua grande parte de cobertura verde, otimizando o uso e reuso das águas pluviais.
Cidade ponte
Contexto urbano: localizado em um terreno isolado, em uma área ainda não consolidada e dentro da cidade, vê-se a necessidade de criar um projeto que possua vida própria e possa definir traçado urbano, traçado este aqui organizado em uma via (eixo de circulação e convivência) e suas quadras elevadas.
Uso do solo: deve ser controlado por estar em um terreno com características alagadiças, assim as quadras são protegidas por taludes de contenção de águas pluviais e os edifícios são elevados, apoiados sobre as quadras ou liberando o solo, deixando permeável. As tipologias de usos, são diversas: institucionais, comerciais ou culturais, e estão distribuídas e conectadas entre si pelo eixo de circulação.
Escala: Busca valorizar o homem junto a natureza. A via, eixo de circulação onde tudo se conecta, procurou estar em uma cota intima, de aconchego, posicionada entre os taludes, proporcionado uma paisagem singular. As quadras utilizam de cobertura verde, elas estão em uma cota mais elevada que abrem as visuais para o horizonte, a cidade, a rodovia, enfim, o meio em que está inserido.
Arquitetura: é pensada levando em consideração os aspectos sustentáveis e de eco-eficiência. As quadras são construído com técnicas tradicionais para reduzir custos. Os demais edifícios adotam técnicas construtivas industrializadas, com estruturas metálicas, que podem ser reutilizadas e possuem construção seca, limpa. As estratégias de iluminação ventilação acontecem através de vazios internos, aberturas zenitais e proteção contra a incidência direta do sol, e orientação adequada.
Plano diretor
O plano diretor é resumido aqui pelo fato do complexo exigir o seu crescimento em duas etapas. A via (eixo de circulação e convivência) é o elemento regulador e as quadras elevadas, sendo elementos definidores do processo de crescimento, assim como em qualquer cidade.
Na primeira etapa, três quadras serão construídas conectadas ao eixo, próximas da rodovia, juntamente com o edifício administrativo, aproximando a cidade do complexo, e depois sequencialmente as quadras serão conectadas ao eixo conforme os demais edifícios do programa, sendo possível uma implementação gradual.
ficha técnica
Responsável técnico
Arq. Guilherme Mendes Lima
Pessoa jurídica
I Mendes Engenharia
Coautores
Arq. Michel Pilatti Macedo
Colaboradores
Vitor Jun Takahashi
Consultores
Giselle Dziura
Ivo Mendes Lima