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O projeto da Academia da Saúde conta com variações de terreno, podendo ser implatado em terreno plano ou inclinado.

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PORTAL VITRUVIUS. Academia da Saúde. Projetos, São Paulo, ano 12, n. 138-139.07, Vitruvius, jun. 2012 <https://vitruvius.com.br/revistas/read/projetos/12.138-139/4383>.


Histórico

O projeto da Academia da Saúde teve origem no Programa Academia da Cidade, implantado em 2002 pela Secretaria de Saúde do Recife como uma política de promoção à saúde. Tinha o objetivo de potencializar os espaços públicos a partir da requalificação física e a implantação de equipamentos de saúde para promover a prática de atividades físicas e incentivar a adoção de hábitos alimentares saudáveis. As Academias da Cidade visavam melhoria da qualidade de vida da população recifense, garantindo uma relação harmoniosa entre o cidadão e seus espaços públicos de convivência.

Inicialmente foram implantadas academias modestas com equipamentos suficientes para desenvolver as atividades necessárias ao programa. Foi aumentando a taxa de usuários, exigindo a construção de novos Polos de Academias das Cidades em áreas maiores, ganhando visibilidade e adesão de um número significativo de novos usuários, e ao mesmo tempo se fixando no cotidiano da população. Com a implantação de polos acima de dez mil metros quadrados de área, as Academias da Cidade ganharam nova roupagem. Os seus elementos são hoje considerados parte integrante da paisagem, estruturando programas específicos nas áreas ocupadas a partir de então. Um conceito de intervenção baseada na relação harmoniosa entre os usos existentes e os novos equipamentos propostos, refletidos no zoneamento e a articulação das atividades.

No seu funcionamento cotidiano, os PACs congregam profissionais e acadêmicos das áreas de educação física e nutrição. Servem de campo de estágio para acadêmicos das duas áreas. Além disso, desenvolvem trabalhos junto aos seus usuários, com a orientação de atividades físicas, dança, jogos e passeios temáticos, bem como programas personalizados de exercícios. Os PACs possuem hoje uma média de público diária de 400 pessoas por núcleo. Além destas atividades, presta atendimento mensal a mais de 30.000 usuários com serviços de avaliações física e nutricional; prescrição de exercícios e orientação nutricional a hipertensos, diabéticos, obesos e cardiopatas; corrida dos usuários do Programa; organização de práticas corporais e de lazer voltadas aos usuários da rede de saúde.

O PAC conta hoje com 21 polos instalados pelo Recife, contemplando moradores e visitantes de vários bairros da cidade. Enquanto política pública, os PACs já se difundiram por várias cidades do estado de Pernambuco, atingindo desde o mar até o sertão. Ao longo dos últimos anos, o PAC ganhou legitimidade e reconhecimento da população, o que reverberou em outras cidades pernambucanas e brasileiras, levando o governo federal a transformar em política pública federal.

Partido arquitetônico

Conceber o projeto da Academia da Saúde foi um desafio em virtude das características diversas dos locais de implantação, bem como suas dimensões tão distintas e complexas. Acrescenta-se a isto o fato das intervenções se darem em espaços públicos já consolidados pela população e muitas vezes com alguns equipamentos construídos. O partido arquitetônico buscou obter uma harmonia entre as praças a partir de três elementos definidores do conceito de intervenção sócio espacial: identidade, integração e legitimidade.

A identidade se dá pela composição tipológica que se concentra nos componentes das Academias, todos com as mesmas características e materiais construtivos, estabelecendo um padrão através das formas, cores e texturas. A integração é feita através da placa de articulação que faz a interface entre os usos e atividades, servindo como marco e ao mesmo tempo induzindo o usuário a um percurso definido pelas funções de cada Academia. Já a legitimidade é conquistada pela disposição dos equipamentos considerando os elementos pré-existentes, preservando as relações da comunidade com os espaços de convivência consolidados, a partir de um zoneamento de caráter funcional complementar.

A placa de articulação é o elemento estruturador do desenho das Academias, se posicionando de várias maneiras que interagem com os equipamentos, ora em parte, ora na sua totalidade. Outra preocupação é com a durabilidade dos equipamentos, onde é priorizado o uso de materiais sólidos e de fácil manutenção. Elementos maciços buscando eliminar reentrâncias e materiais de pouca resistência às intempéries. A alvenaria é um material predominante sendo revestida de várias maneiras garantindo formas simples, porém duráveis e de fácil manuseio.

Desta forma as intervenções procuram sempre fazer uma simbiose com as áreas de intervenção e o contexto local na tentativa de que passem a sensação de que sempre estiveram presentes nestes locais. Por fim o partido arquitetônico pretende que as Academias virem marcos urbanos, onde a paisagem natural e construída se unam para destacar um equipamento legítimo e referência no imaginário da população.

Em áreas de vários tamanhos terão equipamentos instalados de acordo com a especificidade de cada local. São garantidas as relações cotidianas da comunidade, incorporando maior qualidade aos espaços públicos de convivência existentes. De acordo com as necessidades de cada localidade, são instalados novos componentes como quadras poliesportivas, campos de futebol de areia, playgrounds, jogos, áreas para ginástica, exercícios abdominais e aeróbicos. São também implantadas pista para a prática de corridas e caminhadas e pavilhão de convivência, onde possível. Para dar suporte operacional a todas as atividades em todas as academias é construído um bloco de apoio, composto de sala de atendimento e sala de avaliação física, com dois banheiros destinados aos professores e usuários do Programa.

Perspectiva bloco de apoio. Academia da Saúde. Recife, 2011
divulgação

Identidade e versatilidade

O partido arquitetônico também está ancorado em dois aspectos: a identidade visual que caracteriza o conjunto Academia da Saúde como equipamento comunitário único de referência no contexto nacional e a versatilidade de materiais construtivos que viabilizam a construção plena, independente de clima e relevo, possibilitando a sua execução em todo o território brasileiro. Uma linha que se apresenta vertical e horizontalmente, transformando-se em coberta, parede e piso, e se moldando aos terrenos e às atividades previstas no programa, em situações diversas.

Variações

Foram previstas duas circunstâncias: uma versão em um terreno plano, e outra, em um terreno inclinado. Na primeira opção, foi feita a integração das atividades do programa através da variação de pisos (concreto usinado aparente e pigmentado). Na segunda, propõem-se rampas engastadas na parede em concreto que também funciona como muro de arrimo.

Funcionalidade

Pensando-se na exequibilidade da obra, todo o projeto foi planejado a partir da modulação de 3,5m x 3,5m facilitando também a disposição dos usos. Para atender as várias atividades desenvolvidas no bloco edificado, foi idealizado um bloco em concreto pigmentado no tamanho 50cm x 50cm. Os elementos pré-moldados propostos, além de permitirem uma maior ventilação natural, são objetos versáteis com funções diversas. Em um momento funcionam com janelas basculantes em alumínio natural, ora estão totalmente fechados e noutro momento são vazados. Tudo isso visando a segurança, a proteção das intempéries e a realização de atividades que exigem ventilação e iluminação natural, garantido o conforto térmico.

Acessibilidade

Toda Academia de Saúde é acessível independente do terreno se apresentar plano ou inclinado. Desde as alternativas de chegada, bem como o acesso ao bloco de apoio e as demais atividades ofertadas pelo equipamento. A rampa é o instrumento principal associada aos passeios e circulações generosos de acesso aos ambientes existentes.

Flexibilidade

O projeto prevê a dificuldade inerente as cidades no que se refere a disponibilidade de terrenos vazios. Portanto a implantação se apresenta flexível para se adaptar a formatos específicos em cidades distintas. Os cenários foram modelados, considerando-se os lotes urbanos de 15m x 30m, porém, adaptável a circunstâncias mínimas do lote 10m x 20m. Foram pensadas também, as alternativas de dois acessos possíveis dependendo da frente dos lotes ou na impossibilidade de se dispuserem lado a lado, estabelecendo-se como limite a distância máxima de 15m entre atividades (apoio/academia/ginástica).

Programa e pré-dimensionamento

Academia da Saúde - equipamentos financiados pelo Governo Federal

1. bloco de apoio 95 m²
convivência 45 m²
atendimento 12 m²
w.c.s 8 m²
depósito 12 m²
circulação 18 m²

2. área de equipamentos 200 m²

3. espaço multiuso 200 m²

Estrutura Complementar - equipamentos financiados pelo Município

1. pista de cooper 400 m

2. play ground 25 m²

3. quadra poliesportiva 150 m²

4. rampa para skate 25 m²

materiais

Piso
1. concreto usinado com acabamento desempolado
convivência . atendimento . depósito . circulação . academia . ginástica . w.c.s

2. concreto usinado pigmentado
borda de 1 metro no perímetro do equipamento

Parede
1. alvenaria com reboco e pintura acrílica
convivência . atendimento . depósito . circulação . w.c.s

2. bloco em concreto pigmentado de 50 x 50 cm
convivência . atendimento . depósito . w.c.s

Teto
1. concreto usinado com pintura epóxi
convivência . atendimento . depósito . circulação

2. gesso com pintura látex
w.c.s

ficha técnica

Local
Recife PE

Ano
2011

Autores do projeto
César Barros e Patrícia Monteiro

Colaboração
Éder Lima, Felipe Anselmo e Marcelo Moss

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138.07 equipamentos públicos
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