A relação entre o processo de inovação tecnológica e a evolução da produção arquitetônica é significativa quando a questão tecnológica resulta possível de ser incorporada como fato impulsionador do projeto, sobre tudo se está destinada a se converter no discurso ideológico da forma. Assim, a concepção ideológica baseada na valoração da tecnologia como um aspecto importante explicativo da realidade, se constitui em marco de referência para ensaiar uma interpretação da relação existente entre a evolução tecnológica e a produção arquitetônica, entre os encontros e os desencontros da iluminação (a tecnologia neste caso) e a arquitetura. Essa relação, ao longo do tempo, é uma tentativa de estabelecer sua essência mais do que sua aparência, estudada através da categoria crítica emblemática de interpretação a qual, com base na interpretação dos valores que estruturam uma determinada realidade, considera a arquitetura como signo representativo desses valores. O emblema funciona, dessa maneira, como uma categoria crítica que relaciona os objetos arquitetônicos com outros índices que permitem interpretar e atribuir sentido a um determinado momento histórico.
Da produção arquitetônica de cada período, escolheram-se obras paradigmáticas – obras que se afastam das características das anteriores, propondo-se como modelo para a produção seguinte –, ou emblemáticas – as que representam fielmente a imagem de seu tempo.
Evolução ao longo do tempo
Iniciaremos esta análise com o medievo, no qual as características da fase mais avançada na construção a que se chegou em meados de século XIII são consideradas espetaculares, entre outras razões, pela invenção da traçaria para as janelas, uma inovação, em parte técnica em parte estética, que permitiu a construção de janelas realmente grandes e um uso emblemático da iluminação. Esse é um dos momentos em que a arquitetura pode ser considerada como veículo de implicações técnicas, emblemáticas de sua época. A relação entre a arquitetura e a iluminação é integrada, representativa dos valores que estruturam aquela realidade, capaz de produzir signos emblemáticos desses valores.
O uso da luz no espaço reflete o espírito de um período, ficando isso muito claro nos edifícios góticos. A iluminação medieval teve a capacidade de criar um ambiente de solenidade suprema, que fazia parte importante do culto. Não se projetava a iluminação de seus espaços para atender às necessidades humanas, nem sequer no uso doméstico. A casa medieval era fria, mal iluminada e pobremente aquecida para os parâmetros atuais. Mas é importante verificar que em outra dimensão não mensurável, pode ser buscado o conceito de conforto ambiental medieval: na configuração do espaço. Conforto é a atmosfera de que se rodeia o homem e na qual vive. Como no reino de Deus, o conforto medieval é intangível, é o próprio espaço criado do qual a luz faz parte fundamental (figura 1). Um edifício medieval parece acabado embora não possua mobília; nunca está nu, seja ele uma catedral ou um dormitório burguês; a especificidade do espaço imediato à janela, destinado à realização das tarefas visuais mais exigentes, além de se relacionar com o mundo exterior, cria recantos de particular beleza e eficiência dentro dos princípios do projeto gótico (figura 2). Tem-se, aí, outro exemplo de unidade como noção bem característica do período, sendo possível considerar a forma de uso da luz e o tratamento dado ao espaço como emblemáticos, uma vez que relaciona intenções e objetos arquitetônicos com outros índices, que permitem interpretar e atribuir sentido a um determinado momento histórico (1).
Na Renascença se verifica que são poucos conhecidos os aspectos ambientais de algumas de suas obras mais importantes. Analisando a Villa Madama, em Roma, projetada por Rafael e colaboradores, verifica-se o uso de soluções de conforto ambiental interessantes. Restrito pelas limitações energéticas do século XVI com novas noções de conforto, desenvolvidas em parte na época, em parte retomadas dos antigos e muito diferente das medievais, unido a um maior interesse pelas ciências naturais, próprio desse momento, eles propõem soluções técnicas de tipo ”brando”, ou seja, solares passivas e bioclimáticas, para usar a linguagem atual do assunto. A Villa abre seus aposentos principais para o sol, usando amplas janelas com vidros que permitem sua penetração ao longo do dia como luz e como calor controladamente. A luz, nesse caso, é o sol. Ingênuos e alegres, os ambientes são luminosos, com fortes contrastes, como a própria Renascença.
Ao olharmos o século XIX tentando identificar as peculiaridades da época, a primeira coisa que se observa é uma nova paisagem altamente desenvolvida e dinâmica, na qual tem lugar a experiência moderna. Trata-se de uma paisagem de engenho a vapor, fábricas mecanizadas, amplas zonas industriais, prolíferas cidades que crescem rapidamente; jornais, telégrafo, telefone e outros instrumentos de ”mídia” que se comunicam em escala cada vez maior; Estados nacionais cada vez mais fortes, movimentos sociais de massa; um mercado mundial que tudo abrange, capaz de um terrível desperdício e devastação, capaz de tudo exceto de solidez e estabilidade. A arquitetura da engenharia (2) é a manifestação mais significativa no campo construtivo da cultura do século XIX e, não sendo um fenômeno meramente técnico, marca a passagem mais clara entre o passado e o presente da história da arquitetura, sem a qual é impossível pensar o nascimento do Movimento Moderno. Como tal, refletindo de modo mais explícito os significados, e as funções da sociedade de seu tempo, e propondo uma especialidade interna, própria e inédita, a obra dos engenheiros do século XIX é arquitetura para todos os efeitos e pode ser considerada como emblemática da época: as pontes de ferro, as grandes coberturas de ferro e cristal, os grandes edifícios com esqueletos metálicos (figura 3). Considerações de higiene, eficiência, economia e ganho motivaram inovações tecnológicas no controle do ambiente, ajudadas pelo desagrado estético das pessoas educadas pela má ventilação, pela a pobre iluminação proveniente do gás e pelos conseqüentes inconvenientes. A arte e a tecnologia se combinaram para rejeitar o escuro, o abarrotado, o sufocante. A generalização do uso da eletricidade e da iluminação artificial – que é um avanço importante na evolução da tecnologia, muito significativa para os edifícios – foi fundamental para melhorar as condições consideradas apropriadas para a arquitetura e a cidade moderna no século XX (figuras 4 e 5). Com o fornecimento regular de energia elétrica pública em 1882 ”lançou-se a maior revolução ambiental da história humana desde a domesticação do fogo”, segundo Banham (3).
A evolução da relação entre os elementos que suportam e os que são suportados caracteriza o desenvolvimento do Movimento Moderno. A estrutura de esqueleto é absorvida pelo racionalismo no seu programa de espaços dinâmicos, que serve para configurar imagens leves, confiadas à estereometria pura dos volumes, que seria o emblemático da arquitetura racionalista. É notável ”o fenômeno da concentração nos valores visuais e o estranho desinteresse pela qualidade de isolamento térmico e acústico da envolvente edilícia, assim como pela iluminação, apenas justificável pelo impacto causado pelas inovações na climatização e iluminação artificial [...]. O Movimento Moderno, em menos de meio século, conseguiu impor como edifícios umas caixas de vidro semi-transparentes, de materiais leves, quase inabitáveis, que se deterioram como carros estacionados à intempérie” (4). A parede de vidro aparece como parte de um período importante da nova arquitetura, que implicava gastos (quando não desperdício) de energia devido às perdas e ganhos térmicos próprios de sua capacidade térmica, assim como perda de iluminação artificial durante a noite (figura 6). Continha as novas possibilidades que evoluíram nessa época: meios que eram acessíveis aos olhos mas que se mantinham inúteis enquanto não se captavam suas implicações. Por trás dessa cegueira estava a divisão entre o pensamento e o sentimento, uma divisão que impossibilitava usar a tecnologia emblematicamente, talvez por estar sendo usada sem unidade conceitual, como expressão máxima da modernidade, sem incorporar aspectos sociais, humanos ou estéticos, sendo apenas o resultado de soluções engenhosas, próprias de pós-guerra, período até o qual a situação se mantém. O desencontro entre a arquitetura e a iluminação era gritante.
Quase em oposição à tipologia arquitetônica do Movimento Moderno, no final do século XIX e início do XX, F. L. Wright produziu as praire houses, nas que combinava com particular habilidade o uso das formas estruturais e as instalações mecânico-elétrica articuladas com a luz, mostrando não só a coexistência de critérios de projeto opostos energeticamente mas também um exemplo de integração entre as inovações tecnológicas e o projeto arquitetônico. A casa Baker, em Illinois, talvez seja a mais interessante para exemplificar o uso da luz natural no espaço que Wright construiu (figura 7). Uma grande janela está protegida por um beiral largo no extremo sul; a janela continua em altura até a borda do beiral e recua ao longo de ambos os lados da sala de estar, envolvendo seu perímetro externo. Os efeitos conseguidos são, no mínimo, interessantes: o mirante é amplo o suficiente como o usado no medievo: um banco junto à janela para ler, costurar ou apreciar a paisagem que a rodeia. Mas a iluminação do ambiente vem da parte superior envidraçada. O banco da janela tem um radiador de calor em baixo (como na Renascença), que permite a circulação do ar aquecido proveniente da tubulação de água quente, produzindo a calefação do espaço do quarto, de envolvente leve exposta ao rigor climático. A solução combinada de diversos aspectos ambientais através da climatização natural e artificial, iluminação, ventilação, sombra, calor, vistas, privacidade – deixa lições correlatas, como explica Banham (5): ”Primeiro, que o projeto com as instalações mecânicas não é, simplesmente, um assunto de usar critérios claros para instalá-las mas de fazê-las trabalhar associadas à estrutura [...]. A segunda lição correlativa é que essa rica e melhorada eficiência ambiental foi obtida sem recorrer a nenhuma das inovações tecnológicas [...]. Aqui se deu, pela primeira vez, uma arquitetura que não introduzia a tecnologia ambiental como um remédio desesperado, nem como uma determinante de formas da estrutura, mas que foi final e naturalmente absorvida nos métodos normais de trabalho arquitetônico, contribuindo a sua liberdade de desenho”. Ou seja, foi feito um uso emblemático da tecnologia porque se incorporou como fator impulsionador de projeto, destinada a se converter em parte do discurso ideológico da forma. O encontro entre a iluminação e a arquitetura era exemplar.
Já os modernistas europeus tiveram maior dificuldade em trabalhar com a relação arquitetura-tecnologia, entre outras razões, por confundir a tecnologia com um problema cultural, por tratá-la como um problema e não como alternativa, por relacionar as mudanças de estilo com as mudanças tecnológicas. Como afirma Brawne (6), a Bauhaus tinha-se preocupado mais com a produção racional do objeto que com o usuário, pesquisando a maneira mais simples de produzir uma luminária sem se preocupar, por exemplo, com a luz que incidia nos seus olhos.
Entretanto, usos da lâmpada nua são mais freqüentes de serem encontrados na obra de Le Corbusier de década de 1920 que na obra do grupo Bauhaus. As instalações de iluminação visíveis tinham relação com o sistema construtivo por ele usado, além de posturas dogmáticas como ”honestidade absoluta”. As luminárias não podiam ser suspensas ou dissimuladas sobre as paredes nuas ou as lajes finas de concreto; uma vez que o espaço sobre o forro era maciço e menos profundo que uma lâmpada e seus acessórios, era impossível tentar escondê-los, como no caso da sala de estar da Villa Cook, de 1926. Não há dúvida de que Le Corbusier modificou seus critérios de projeto através do tempo (em períodos relativamente curtos). Uma mudança que não só alterou o tratamento dado à luz mas também aos outros componentes do conforto ambiental, significaram um avanço importante em alguns casos. Basta lembrar, para isso, o uso da luz indireta na Ville Savoye, em 1930, ou a significativa passagem da fachada totalmente envidraçada para a criação e uso do quebra-sol, uma das inovações tecnológicas mais importantes, talvez a única inovação técnico-estrutural que tenha acontecido no século XX no campo do controle do ambiente.
O próximo avanço tecnológico na área do conforto ambiental foi a incorporação ao mercado, no final da década de 1940, do tubo fluorescente para iluminação artificial, o qual, junto com outras lâmpadas de descarga de gás, existia potencialmente desde o começo do século XX. Para o projeto arquitetônico, esta inovação representou a possibilidade de propor plantas baixas retangulares com espaços integrados através do forro luminoso, com as instalações prediais e as circulações colocadas no centro da planta retangular (figura 8).
Novamente, as inovações tecnológicas tinham mudado os princípios de projeto arquitetônico, embora as vantagens de seu uso fossem de caráter econômico – funcional mais do que estético – compositivo e suas origens externas à edificação. O ar condicionado e a iluminação artificial foram inovações tecnológicas marcantes na história da arquitetura. Ao permitirem o controle de quase todas as variáveis climáticas, acabaram com grande parte dos compromissos ambientais de projeto. Todos os princípios para a compensação climática por meio da envolvente do edifício tornaram-se antiquados. Embora existisse a possibilidade de uma grande variedade de formas para os edifícios, chegou-se a sua homogeneização quase que total.
É evidente que dentro dessa produção repetitiva e impessoal existiam edifícios encravados na tradição arquitetônica do melhor cunho. Neles, cada uma das instâncias históricas em que o homem reconheceu uma visão do mundo ordenado através de uma ótica particular e não duvidou em representá-la emblematicamente através não somente da arquitetura mas de todas as testemunhas históricas. É algo como dizer: é aqui o emblema possível. O monastério de La Tourette, de Le Corbusier, 1959, é um exemplo disso (figuras 9 e 10).
A primeira metade do século XX termina com uma visão pessimista sobre a tecnologia e sua capacidade de resolver problemas humanos. Segundo Giedion, ”já não nos podemos deixar enganar por soluções de pura engenharia, conquistadas com perda de aspectos humanos [...]. Um período como o nosso, que tem se deixado dominar pela produção, não encontra seu ritmo [...]. Nos achamos perante um grande amontoado de palavras e símbolos mal usados, dentro de um armazém repleto de novas descobertas, inventos e potencialidade, mas somos incapazes de gerir o mundo [...] a relação entre pensamento e sentimento está afetada [...] o resultado é uma personalidade dividida [...]” (7). Vale tanto para a arquitetura como para a iluminação, vale para nossos dias.
A atmosfera dos anos 60 gerou um amplo e vital corpo de pensamento e controvérsias, principalmente sobre o sentido último do ambiente moderno que surgira no segundo pós-guerra e atingira o auge de poder autoconfiança nos EUA da Nova Fronteira, da Grande Sociedade e da nave Apolo na Lua. Já na década de 1970, as conseqüências da revolução dos micro-computadores tinha-se convertido em tema estratégico para os governos de todo o mundo, Na edificação passou-se das torres de vidro que usavam energia intensivamente e estavam iluminadas uniforme e generosamente, aos edifícios ”inteligentes” que controlavam automaticamente seu desempenho global. A crise de petróleo marcaria a revisão dos principais paradigmas vigentes dentro de um clima de recessão econômica e perplexidade perante a incapacidade de incidir sobre a realidade ambiental e a desestruturação política. Nesse panorama coexiste, também, uma acentuada preocupação por recuperar a áurea de objetos passados e a necessidade de fincar os pressupostos arquitetônicos na tradição enquanto a iluminação continuava seu desenvolvimento aceleradamente. Já os caminhos estavam separados, o desencontro realizado. As possibilidades e problemas próprios da iluminação artificial – agora multiplicados nos exteriores onde se usa a iluminação de fachadas, comercial e publicitária, além da pública – nem sempre foram compreendidos e muito menos, explorados pelos projetistas. ”Os arquitetos estavam presos a seus primeiros esboços [...]. Como pode um homem treinado para modelar formas sob a luz exterior e suas sombras projetadas [...] mudar sua arte e modelar suas formas à luz proveniente do interior e sem sombras? [...]. A iluminação elétrica esboçou, assim, aos arquitetos o desafio da tecnologia do ambiente em relação direta com a arquitetura, porque a grande abundância de luz junto com as grandes superfícies envidraçadas inverteram, efetivamente, todos os hábitos visuais sob os quais os edifícios eram vistos. Pela primeira vez era possível conceber edifícios cuja natureza podia ser percebida durante a noite, quando a luz artificial resplandecia para fora através de sua estrutura. E essa possibilidade foi realizada e explorada sem suporte de nenhum esquema teórico adaptado às novas circunstâncias e, nem sequer, de um vocabulário praticável para descrever esses efeitos visuais e suas conseqüências [...]. O uso que os arquitetos fizeram da luz foi tímido e as mudanças das formas unidas em luz para a luz unida em formas foram, ainda, demasiado grandes para a maioria” (8).
Paralelamente, no início dos anos 50, os manuais de iluminação já apresentavam avanços na iluminação de exteriores, de superfícies e objetos. O crescimento tecnológico dos anos 60 e 70 foi notável: melhorou a eficácia das lâmpadas, a maior luminância das fontes exigiu um melhor controle do ofuscamento e, conseqüentemente, do sistema ótico das luminárias. Realizaram-se grandes avanços no campo de visão e da percepção, base dos futuros projetos de iluminação, com importantes repercussões em temas específicos como a cor (figuras 11 e 12).
Ao problema criado pela crise energética a pesquisa respondeu rápido com lâmpadas que tinham maior rendimento energético, enquanto melhorava-se o material elétrico, incluído os projetores, e um maior fluxo luminoso. Outro grande avanço dos anos 70 foi reconhecer o que os arquitetos já sabiam: que a luz solar ajuda a aparência qualitativa do entorno edificado. A década dos 80 conhece um desenvolvimento importante da pesquisa no tema, particularmente das lâmpadas, chegando-se a um compromisso entre o rendimento e a qualidade da cor, aprofundando o estudo das restantes partes do sistema: controle elétrico-eletrônico, ótica das luminárias e, no final dos 80, se pesquisa o sistema completo.
A iluminação estava em pleno desenvolvimento, a arquitetura à procura de seus paradigmas e emblemas.
Reflexão final
Fecha-se a análise dos encontros e desencontros da iluminação e a arquitetura. Foi uma tentativa de entender e dar resposta às reflexões suscitadas por uma realidade marcada pelo debate sobre novos e, geralmente historicistas, caminhos da arquitetura, no centro do qual está implícita a questão da tecnologia, da qual a iluminação artificial (principalmente) forma parte. Uma obsessão não assumida com a tecnologia dos séculos XIX e XX que tem adoradores e detratores.
Verifica-se que a produção de inovações tecnológicas não traz como conseqüência inevitáveis mudanças compositivas e estéticas na arquitetura, exceto quando incorporadas à cultural da qual é o emblema. Incorpora-se significativamente quando tem conteúdo cultural além do industrial, quando responde a solicitações de demanda significativa de maneira a melhorar a satisfação de uso ou diminuir o custo de satisfação dessa demanda.
Constata-se, também que estamos longe daqueles momentos em que a relação tecnologia-arquitetura (iluminação e arquitetura) tem o sentido emblemático de seu tempo. Faz-se necessário e urgente incorporar emblematicamente a tecnologia (a iluminação) à atividade arquitetônica em todos os seus aspectos. Finalmente, se faz necessária uma visão global que supere a cisão entre teoria e prática que permita evitar as omissões e as redundâncias tecnológicas em relação à forma, beleza e cânones para se aproximar de um autêntico entendimento entre a cultura mental e a material, descobrindo o verdadeiro lugar.
notas
1
MASCARÓ, Lucia. Evolução tecnológica e produção arquitetônica. São Paulo: FAU/USP, 1990. Tese de Doutorado.
2
DE FUSCO, Renato. Historia de la arquitectura contemporanea. V. 2. Madrid, Blume, 1981.
3
BANHAM, Reiner. La arquitectura del entorno bien climatizado. Buenos Aires, Infinito, 1975.
4
CORONA MARTINEZ, Alberto.”Notas sobre la dimensión constructiva en el aprendizage de projeto”. In: Anais do III Encontro Nacional sobre Ensino de Projeto Arquitetônico. Porto Alegre, PROPAR – UFRGS CNPq, 1987, p. 88–90.
5
BANHAM, Reiner. op. cit.
6
BRAWNE, Michel. ”Information”, In: Architectural Association Journal, London, March, 1960.
7
GIDEON, Sigrifid. Espacio, tiempo y arquitectura. Madrid, Dossat, 1978.
8
BANHAM, Reiner. op. cit.
sobre o autor
Lucia Mascaró é arquiteta, Universidad Nacinal de Tucumán, Arg.; Mestre em Sociologia UFRGS; Doutor em Arquitetura FAU/USP; pós-doutor em Arquitetura e Meio Ambiente pela Universidad de Sevilha, Espanha. Professor colaborador do PROPAR UFRGS; professor do Programa de Mestrado em Meio Ambiente e Desenvolvimento Regional UNIDERP.