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MENEGUELLO, Cristina. A preservação do patrimônio e o tecido urbano. Parte 2: Manchester, Dublin e São Paulo: reflexões a partir de três estratégias para a recuperação do passado urbano. Arquitextos, São Paulo, ano 01, n. 003.06, Vitruvius, ago. 2000 <https://vitruvius.com.br/revistas/read/arquitextos/01.003/993>.

Diferentes estratégias de recuperação do passado e da materialidade urbana ocorrem em diferentes países, obviamente moldadas por especificidades culturais, geográficas e pelo desenvolvimento histórico da região. Os imperativos da indústria do turismo e do consumo são acusados de causar, nas regiões mais antigas das cidades (as mais carregadas de significados), o processo de gentrificação dos espaços que implica o deslocamento das populações em função daqueles mais aptos a um consumo diferenciado. O progresso acelerado que altera os traços da cidade é sentido em diferentes realidades, e soluções definitivas ou paliativas são apresentadas.

No caso inglês, há um movimento duplo de apreensão do passado. De um lado, o período vitoriano organiza a preservação do patrimônio, na arte, na recuperação dos estilos do passado como o clássico e o gótico. A escavação de ruínas, a evocação de lendas medievais (como, na Inglaterra, a revitalização do personagem Rei Arthur) indicam um prezar não tanto dos valores do passado, mas de sua "atmosfera". Em outro movimento, a partir dos anos 60, é a amaldiçoada cidade industrial vitoriana que passa a ser prezada, pois durante os capítulos iniciais da desindustrialização britânica o passado de afluência e os próprios horrores do espaço da habitação surgem como "glamourizados" (com museus dos esgotos ou da casa operária, por exemplo).

A cidade de Manchester no Reino Unido, mais conhecida como a primeira cidade industrial, funciona como o paradigma da cidade industrial, construído cuidadosamente pela literatura e academia ao longo dos séculos dezenove e vinte. Um olhar para a documentação do período, entretanto, traz novas informações do olhar que se volta para o passado no momento desta rápida transformação.

De um lado, surgem as várias "Histórias de Manchester" escritas durante a segunda metade do século dezenove e primeira metade do século vinte, comparáveis à produção dos memorialistas paulistanos em suas crônicas ao passado em rápida desaparição da cidade. Tais "histórias" oferecem uma interessante imagem não apenas da cidade em si, mas das maneiras pelas quais o passado de Manchester foi reconstruído através do discurso histórico para estabelecer sua antigüidade e importância. Os memorialistas registram os traços do passado sendo destruídos e estabelecem que, simultaneamente, esta era a sina do progresso, imposto desde as suas origens. Assim, a industriosidade dos habitantes de Manchester já estaria dada pela atuação dos conquistadores romanas, e a destruição se justificaria pois "all has been swept away to make way for more modern requirements and improvements" (2).

Do mesmo modo que a industriosidade dos paulistas pode ser recuada até seu passado remoto, ou seja, para a epopéia dos bandeirantes com seu espírito empreendedor (3), as raízes da cidade de Manchester, certamente mais remotas que as de São Paulo, tornam-se um problema para os historiadores positivistas do século dezenove. Mesmo que insistissem que essa raízes fossem "tão antigas quanto as parisienses", Manchester não possuía a continuidade das instituições romanas ou ruínas do passado físicas e observáveis. Conforme E.V. Walter, as pequenas ruínas de um forte romano (a cidade foi um entreposto entre as mais importantes então cidades de Chester e York) têm uma importância subjetiva enquanto fundação da cidade (4). Elas fornecem um sentido de locus continuamente explorado durante as transformações e demolições dos anos 70, e não muito diverso do que alimenta a revitalização do centro paulistano.

Quando o passado mítico recebe uma importância histórica, regenera-se velhos prédios e áreas ao mesmo tempo em que se busca negar o caráter ativo da cidade como centro comercial e financeiro, buscando um passado de modo domesticado. O passado industrial adquire os novos tons de passado desejado nostálgico, exatamente no momento em que a cidade de Manchester entra em um processo de desindustrialização; então seu patrimônio vitoriano adquire a força, pois é o mais evidente de seu traçado urbano (5).

A riqueza visual da construção arquitetural da cidade, com o exemplo do grandioso arquitetural fazem com que os contemporâneos vitorianos afirmem que, desde Veneza, nada semelhante fôra construído. Somente um vitoriano poderia ter feito tal afirmativa (6). A produção arquitetural de então é toda baseada no revival gótico e clássico, sendo que o conhecimento do passado vem como justificativa para que seja reproduzido buscando um estilo que faça jus ao que ocorreu, e pode ser superado apenas tecnologicamente mas nunca em termos artísticos; assim, enquanto as ciências olham para a frente (engenharia, manufatura) as artes lançam para trás seu olhar, assim como a educação e a religião, tendo no passado recriado pela arte e pela literatura seu refúgio, um passado que não estava em contradição com a modernização experenciada pois era já inexistente, assumido por uma elite que via no crescimento das massas uma força assustadora.

Durante os anos 70, a admiração pela vitoriana, (artefatos, prédios e roupas em menção ao quase um século de domínio da Rainha Vitória) torna-se parte do gosto e das políticas urbanas oficiais inglesas. O progresso significava a destruição dos cenários do passado. A cidade desde então vivenciou um uso integrado dos prédios do passado, para além do mero fachadismo. No momento atual, enfrenta novo desafio, após a explosão de uma bomba por ação do IRA (Exército revolucionário da Irlanda) em 1996: novamente o centro da cidade é foco de um planejamento que envolve o poder público e o capital particular, sendo que as decisões, atentamente acompanhadas pela população em debates públicos televisionados, levou a um concurso oficial para determinar como seriam feitos os futuros trabalhos de reparação, e por quem. Desta vez, os imperativos comerciais que argumentavam pela construção de shopping-centers e prédios de escritórios que descaracterizavam antigos edifícios como Hall foram combatidas por sociedades civis e grupos de historiadores locais.

A cidade de Dublin, capital do Eire, traz um novo elemento a esse quadro. Trata-se de um exemplo de eficiente revitalização de uma área até então ameaçada de destruição. Dublin busca na administração de seu espaço público prezar a independência que goza não apenas do domínio inglês, mas ligar-se a movimentos internacionalizados experenciados nas cidades americanas.

O centro desta cidade, região conhecida com "Temple Bar" (um quarteirão de cerca de 900m), era uma área centenária cujas características mais marcantes datam dos séculos dezessete e dezoito, sobrepondo-se a camadas de construção anteriores. No final dos anos 1980, a área fôra destinada à demolição pois sua localização central permitiria que fosse utilizada como um terminal de transporte ferroviário e rodoviário. Esta determinação teve um efeito imprevisto: a queda nos preços dos aluguéis da área assim condenada atraiu a instalação de estúdios de artistas, gravadoras independentes, galpões de ensaios para músicos, pubs, galerias, brechós, livrarias e lojas de discos, etc. Os arquitetos responsáveis pelo planejamento de revitalização da área souberam usar esta vitalidade insuspeita e progressivamente transformaram a região em um quarteirão cultural e habitacional. Atualmente, o fluxo proporcionado pelo comércio, pela freqüência de turistas e pela circulação das pessoas fez com que a região fosse considerada um dos centros mais dinâmicos dentre as cidades européias.

A área de Temple Bar parece ser um exemplo evidente de que não apenas as cidades fornecem o fluxo de mercados e pessoas necessários para sustentar a produção cultural, mas de como a cultura possui capacidade de gerar esta força. Tal cultura não é necessariamente aquela chamada "alta cultura" (vista como um item de qualidade de vida para as elites urbanas), mas igualmente a cultura do consumo de livros, de clubes noturnos, de restaurantes, de música popular. Distante do negativismo contido no processo denominado "gentrificação", com a expulsão das populações locais em benefício de uma elite com capacidade de consumo elevada (7), este conceito prevê uma cultura que não se dá apenas de modo institucionalizado, mas acontece dentro do existir cotidiano.

A produção cultural pôde fortalecer a própria economia da cidade e de certa maneira atuou até mesmo na melhora da imagem da cidade e do orgulho cívico a ela associado. O arquiteto John Montgomery, um dos responsáveis pela implantação da regeneração desta área, indica na aliança entre uma renovação culturalmente dirigida, que alia desenvolvimento econômico e urbanismo, a chave para este bem sucedido experimento urbano (8).

Dentre os pontos por ele estabelecidos para este resultado estavam a manutenção de parte das características da área, para que esta não valorizasse repentinamente; o estabelecimento da diversidade de usos e freqüências na moradia, compras, lazer e cultura, para atrair atividades comerciais e culturais que não precisassem de muito dinheiro para serem consumidas; a união de uma cultura popular jovem com a atração de turistas e visitantes (os centros que buscam expurgar os interesses medianos acabam por se esvaziar devido a seu próprio radicalismo); o uso de um zoneamento vertical (prédios comerciais nos andares térreos e habitados nos andares superiores) proporcionando a circulação de pessoas durante o dia e a noite, evitando o esvaziamento noturno e trazendo um fator de "vigilância natural", dentre outros fatores.

Não é difícil reconhecer neste o ideário preconizado por Jane Jacobs ao final dos anos 50 e que ainda incendeia a imaginação dos planejadores urbanos: a cultura como geradora de atividade econômica e o uso diversificado trazendo segurança e "habitabilidade" para as áreas em questão (9). No caso de Dublin, os críticos do projeto apontam que a região tende a se tornar um "parque turístico", o que pode levar ao aumento do valor dos imóveis e dos aluguéis. Até o momento, entretanto, o uso turístico (que se beneficia da grande quantidade de espaços de circulação bem como de repouso) vem ocorrendo como mais um dos usos dados ao local, tirando proveito exatamente do fato quarteirão cultural ser um modo da cidade expressar sua identidade, caráter e singularidade. Some-se a isso que a região recebeu intervenções físicas com o uso de arquitetura e design modernos. Estes criam uma atmosfera de reconhecimento ao marcarem o território e permitirem o rápido reconhecimento, recusando o fachadismo ou a arquitetura "fingida" de uso de réplicas georgiana-vitorianas do passado, tão comuns em cidades inglesas e americanas.

Já o Brasil conta com cidades enfrentando diferentes conflitos em relação a seus centros; experiências são apontadas como bem sucedidas, como a região central de Curitiba (onde o centro foi "revitalizado" antes de viver um processo de decadência), a mais questionada restauração do Pelourinho em Salvador e até mesmo a restauração dos bairros do assim chamado Recife antigo (pólo do Bom Jesus), onde o comércio e bares que os prédios restaurados (ou reformados) passam a abrigar funcionam também como atração para turistas.

A comparação com as cidades européias é problemática pela própria condição de habilitabilidade dos centros. Aqui, ocorre o esvaziamento dos centros após o anoitecer, assim como nas cidades americanas. A diversidade de usos defendida por Jane Jacobs poderia ser uma solução para garantir o funcionamento destas regiões, mas na metrópole paulistana os problemas vão mais além.

Desde as suas primeiras décadas, a atuação do Condephaat - Conselho de Defesa do Patrimônio Histórico, Arqueológico, Artístico e Turístico do estado de São Paulo, numa ação pioneira simultaneamente alimentada por políticas díspares e ortodoxas de preservação e pela inexistência de uma política oficial cultural contribuiu para a preservação da materialidade do passado paulista (10). Entretanto, a existência de um centro de característica marcante parece ser uma exigência do próprio capitalismo globalizante, em que um caráter de "lugar" atende às demandas do capitalismo financeiro.

A cidade de São Paulo, cujo investimento durante as primeiras décadas deste século estabeleceu as características marcantes do centro, procura "revitalizá-lo", ou seja, torná-lo habitável, seguro etc. Este difícil objetivo é almejado por associações de empresários, comerciantes e indivíduos como Viva o Centro e um órgão da prefeitura como o Pró-Centro, existente desde 1993. O centro de São Paulo, com uma circulação de quase 3 milhões de pessoas por dia, concentra hotéis e atividade financeira, e ainda assim possui prédios desocupados.

Some-se a este contexto a dificuldade simbólica de encontrar uma marca, uma característica para este centro. Por ser uma grande metrópole, São Paulo não pode contar com a estratégia de preservação tantas vezes utilizadas por cidades pequenas ou médias, em que um caráter de bairrismo (mais forte que um de nacionalismo) permitem a preservação de características, especialmente edifícios públicos (prefeitura, catedral, fórum, grupos escolares) que são referência para diversas gerações de habitantes. As estratégias de preservação em São Paulo devem contar com seu caráter expandido, em que o centro funcionaria muito mais como uma localidade de valor simbólico. A revitalização do antigo centro, assim, busca não somente resguardar a própria centralidade do local, facilitar uso e acesso, mas igualmente "tirar a nossa carteira de identidade, criar um cartão postal, eleger algum símbolo que, ao mesmo tempo em que catalise o nosso espírito de paulistanidade, represente a nossa pujança, a nossa epopéia e seja motivo de orgulho para mostrarmos aqueles que, de fora, nos visitam" (11).

Os prédios da área central de São Paulo, igualmente, fazem raciocinar sobre o caráter "elevado" ou "superior" da cultura da qual muitas vezes são símbolo; mesmo que não seja possível afirmar de maneira simplista que os artefatos do passado em sua maioria são símbolos de uma classe dominante que fornece também sua interpretação da história, é inegável que este caráter de "alta cultura" muitas vezes afasta o público fruidor. Conforme observado pela antropóloga Eunice Durham, embora o patrimônio seja coletivo, o acesso de grupos e classe sociais a ele é diferencial. O usufruto da obra implicaria um treinamento específico, uma educação específica aliada ao tempo de lazer para tal fruição (12). Em suma, se o patrimônio é produzido coletivamente, é necessário garantir que haja igualmente uma fruição coletiva dele.

Em meio a todas estas considerações, é importante lembrar que os prédios e imóveis tombados pelo patrimônio têm importância no estabelecimento de marcas do passado e de imagens que se busca a ele associar. O passado porém não pode se manter per se ou como um valor intrínseco, ainda mais se não houver referência de que história está sendo abordada e sim uma mera recuperação de prédios e fachadas. A criação de lugares de memória deve convidar também os grupos minoritários a reivindicar o reconhecimento de seus passados e tradições, sem esquecer que as políticas oficiais culturais podem manipular a memória coletiva que elas afirmam preservar.

Considerações finais

As "relíquias" do passado que chegam até nós, sejam artefatos, sejam edifícios, são um dos modos de conhecimento do passado (paralelo à história e à memória). Mas as relíquias são resíduos de processos , mais permanentes do que a atividade que as produziu, um modo a ser revivido de um passado que não pode ser observado ou experenciado. Países cuja prática de preservação é bem estabelecida (como nos países da Europa e os EUA) vivenciam hoje o "revisitar o passado" quase que habitual, em que a nostalgia dá o caráter constante, em que os prédios antigos conferem credibilidade (e valor econômico) a áreas da cidade. Na re-apresentação do passado, existe não apenas a afirmação de uma continuidade ou identidade entre momentos díspares, mas também esta busca de uma passado tangível. Deste modo, este movimento oscila entre a domesticação do diferente e a reinterpretação para dentro dos próprios valores e a "fruição" do passado como intangível e imutável, numa compreensão paralisada e a-histórica do passado.

O objetivo em brevemente retratar estes três locais (Manchester, Dublin e São Paulo) não é o de sugerir uma adaptabilidade dos esquemas estrangeiros para os esquemas nacionais. Uma região não pode servir de exemplo imediato para outra, e os historiadores e urbanistas estão cientes que procurar adaptar a qualquer custo idéias estrangeiras resultou em parte nos danos que por ora buscam controlar. Não obstante, há um aprendizado nas experiências de uma realidade das cidades em tempos de globalização que não pode ser negado. Além disso, experiências urbanas bem sucedidas não tendem, necessariamente, à paralisação das transformações, como se definitivamente acabadas. Evitar a estagnação é fundamental, pois a contínua adaptação é pré-requisito para que ele se mantenha em "funcionamento".

Exatamente por isso exige-se um tratamento mais racional e informado do passado histórico para que este não seja substituído por outros imperativos do consumo e da museificação turística, e nos vejamos dentro de duas ou três décadas em meio a uma nova onda de demolições em nome de um novo conceito, que substitua o de "histórico" em seu altar. O sucesso da preservação in situ, assim, depende de perceber que o espaço urbano, se apreendido do ponto de vista museográfico, deve ser este passado dinâmico, em que o novo uso não elimina o testemunho do antigo uso.

O patrimônio urbano tende a reduzir a memória à memória da história oficial, não levando em conta a experiência de fruição dos espaços urbanos que têm a ver com a histórica local ou mesmo com a vivência pessoal do habitante da cidade que confere outros significados aos espaços em questão. É necessário atingir este "espaço imaginado" que vem justamente para desobjetificar este espaço turístico pensado com homogeneização do passado - e do presente.

Falar em "revitalizar e "revalorizar" o espaço público eqüivale a acreditar que este espaço é um dado meramente físico. Ao procurar investir em monumentos para celebrar seu valor histórico muitas vezes declarado como indiscutível (quando na verdade está se fazendo referência apenas a um valor estético) se está lidando, muitas vezes, com a versão institucionalizada da história e do acontecimento enquanto módulo em si (13). Assim o perigo da revitalização justificada pela história não está na historia não estar mais presente (e assim se estaria usando um passado morto), mas em atribuir a este passado um caráter de verdade que funciona como justificativa em si. Apenas o exercício do passado reconhecido como construção pode, efetivamente, levar a uma definição complexa de patrimônio e devolver à história e ao trabalho com o passado força motriz que ele não deixou de ter.

O patrimônio tem sido historicizado com uma tradição cultural; como um discurso dos projetos políticos das instituições por ele responsáveis. Poulot advoga que a idéia de patrimônio seja vista também como a construção de um saber, que lida com representações que visam ser legítimas. Assim, o patrimônio para este autor não seria uma "coisa", mas uma relação; apenas porque o passado em si existe não significa que tenhamos a possibilidade de nele nos reconhecermos. O patrimônio urbano é, igualmente, esta relação entre os indícios do passado (seus objetos e artefatos) e a vida social, sendo que a representação de uma cultura assim dada é vital para sua relação com o futuro.

notas

1
A primeira parte deste artigo pode ser lido em: MENEGUELLO, Cristina. "A preservação do patrimônio e o tecido urbano. Parte 1. A reinterpretação do passado histórico". Arquitextos, Texto Especial nº 007. São Paulo, Portal Vitruvius, ago. 2000 <www.vitruvius.com.br/arquitextos/arq000/esp007.asp>.

2
SWINDELLS, T. Manchester Streets and Manchester men. Manchester: J.E. Cornish Ltd., 1906.

3
BREFE, Ana Claudia F. Discurso memorialista em São Paulo. Tese mestrado. Campinas, Unicamp, 1993.

4
WALTER, E V. The sense of ruins. Manchester: University of Manchester, 1976.

5
É no período vitoriano que esta cidade se projeta para o mundo, poderosa e ativa, e simultaneamente a cidade industrial da poluição, das péssimas condições de habitação da população operária, da imigração e do crescimento urbano desordenados, em que o traçado urbano, conforme disse ENGELS (1958), pode apresentar prédios públicos como signos de riqueza (como nos grandes armazéns para produtos atingindo 6 andares) e do comércio rico atrás dos quais se escondem os "cortiços.

6
STEWART, 1956.

7
ZUKIN, S. Loft Living: culture and capital in urban change, London: Radius,1988.

8
MONTGOMERY, John "The Story of Temple Bar: creating Dublin’s cultural quarter"; Planning Practice and Research, vol 10, nº 2, 1995

9
JACOBS, Jane. The Death and Life of Great American Cities, London: Pelican Books, 1959.

10
RODRIGUES, Marly. Alegorias do Passado - a instituição do patrimônio em São Paulo, 1969-1987, tese doutorado, Campinas, Unicamp, 1994.

11
"Programa de requalificação urbana e funcional do centro de São Paulo; Pró-Centro", Diário Oficial do município de São Paulo, 15.07.1993, suplemento.

12
ARANTES, Antonio Augusto (org.). Produzindo o Passado. São Paulo: Brasiliense, 1984.

13
MENEGUELLO, Cristina. "Cidade sofisticada ou cidade impossível? Impasses no diagnóstico dos espaços urbanos pós-modernos". Cadernos de Metodologia e Técnica de Pesquisa, nº 5, Universidade Estadual de Maringá, 1994.

sobre o autor

Cristina Meneguello é doutora em História, e professora do IFCH Unicamp (cursos de história e arquitetura).

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