Desde a baixa Idade Média, quando o poeta Francesco Petrarca escalou o Monte Ventoux e deu a base intelectual para uma atividade humana que seria muito tempo depois conhecida como turismo, o passeio sem finalidade prática está associada à possibilidade de locomoção. Fazer turismo é poder andar, em todos os sentido possíveis: ter tempo, recursos, vontade e, fundamentalmente, capacidade física.
Recluso nos últimos três meses dentro de um quarto, cuja única paisagem possível era um ventilador com lâmpada pendurada no teto, um dos editores de Arquiteturismo pôde dar o devido valor para aquilo que é o supra-sumo desta revista: poder olhar o mundo – e todas as suas cores naturais e artificiais – com os próprios olhos.
Aos leitores, desejamos um ano 2010 cheio de belas viagens para todas as paisagens possíveis. E que nos enviem suas experiências, para que aqueles que estão por algum motivo fadados ao confinamento possam compartilhar, ao menos em espírito, os prazeres de viajar.