No meio da confusão do largo da Batata, há anos em obras, surgiu uma idéia muito boa, porém com risco de autodestruição.
Como se sabe, o “Pinheiros” – que dá o nome ao bairro e é onipresente na região – refere-se à presença maciça de araucárias no sítio original, que com o tempo foram extintas e esquecidas, a ponto de todas as marcas alusivas aos pinheiros – inclusive, por um período, até a da Administração Regional de Pinheiros – usarem as coníferas como modelo.
Agora, com o redesenho do espaço público no largo da Batata, ocorreu a louvável tentativa de plantio destas espécies nativas. Contudo, sem o devido cuidado, as mudas têm sofrido muito, pois devem vir pequenas (há dificuldade de transplante) e estão localizadas em locais de fácil acesso e depredação.
A excelente iniciativa deveria vir acompanhada de robustos protetores para as árvores e de uma comunicação ao público sobre a histórica iniciativa.
sobre o autor
Michel Gorski é arquiteto e co-editor da revista Arquiteturismo do portal Vitruvius.