Sabe aquele orgulho bobo de brasileiro quando está fora do país e vê algo familiar? Foi o que senti ao visitar o MoMA e me deparar com a instalação A soma dos dias de Carlito Carvalhosa, que já havia visto na Pinacoteca do Estado. O labirinto branco e diáfano e os sons estavam lá, mas a sensação ao percorrê-lo novamente foi como se eu a visitasse pela primeira vez. E ao final a melhor constatação foi que a instalação na Pinacoteca é incrivelmente mais impactante, as paredes de tijolo bruto se contrapondo à leveza do tecido branco, a iluminação zenital num dia de céu extremamente azul e a quietude do vão fazem uma diferença absurda. A única coisa que não mudou foi a satisfação e o orgulho de viver esses dois momentos (1).
nota
NE
Ver também: MESQUITA, Ivo. A soma dos dias. Exposição de Carlito Carvalhosa no MoMA de Nova York. Drops, São Paulo, n. 12.050.02, Vitruvius, nov. 2011 <www.vitruvius.com.br/revistas/read/drops/12.050/4112>.
sobre a autora
Tatiana Marques é paulistana, arquiteta, fotógrafa Instagrâmica, blogueira randômica e novaiorquina de alma.