As pessoas quando viajam se ligam em coisas variadas – museus, gastronomia, arquitetura, compras, gente e paisagem, portanto, ter mania de placas de sinalização não me parece ser algo de sobrenatural.
Eu adoro placas!
Agora, quando você pede para parar o carro no meio de um eloquente nada, exatamente onde tem uma placa que só você viu e ainda achou interessante, é que começa o problema – as pessoas que viajam em sua companhia, reclamam.
As placas que mais me atraem estão relacionadas com as travessias de escolares e zonas de pedestres, pois têm aspectos pictóricos bem peculiares, obviamente dentro das regras do Código Internacional de Trânsito.
Para quem tem uma mania destas, fazer o exame para a renovação da CNH, a popular carta de motorista, chega a ser uma curtição. Depois de alguns dias às voltas com a apostila de preparação para o tal exame, na véspera da prova, tive um sonho sobre como agir em casos de acidentes nas estradas, sinalizando a pista, atendendo às vítimas etc.
No dia seguinte passei no exame com facilidade, mas o sonho e a vivência de um mundo em “plaquês” ficaram tão impregnados em minha mente, que resolvi fazer algo que nunca tinha me passado pela cabeça – escrever um livro infantil que tratasse do mundo das placas, sem palavras, é claro.
Daí nasceu A menina da placa (1), em parceria com o escritor, artista plástico e ilustrador Fernando Vilela, todo na linguagem sintética, precisa e objetiva deste idioma universal, que nos permite “transitar” por todos os lugares do mundo.
nota
1
GORSKI, Michel; VILELA, Fernando. A menina da placa. São Paulo, Lafonte Júnior, 2012.
sobre o autor
Michel Gorski é arquiteto e co-editor da revista Arquiteturismo do portal Vitruvius. Estreou na ficção infantojuvenil com o romance Por um triz, em parceria com a escritora Silvia Zatz.