A praça Roosevelt, recém inaugurada em 2012, já se encontra repleta de placas que anunciam uma série de proibições devido às falhas do projeto arquitetônico. O projeto “vencedor” – ou melhor, “eleito”; ou melhor, “realizado”... – com certeza cumpriu uma importante premissa exigida: a entrada das viaturas de polícia. Junto com as rodas das viaturas da GCM vieram as rodas das bicicletas, skates, patins e afins.
Após o sucesso da inauguração, a praça vivenciou, depois de longos anos de esvaziamento, uma lotação, dia e noite, quase 24h. Os skatistas, que ali ocuparam o espaço – com razão, pois a praça foi desenhada para eles (enquanto projeto) – foram expulsos a pedido dos moradores – que também com razão não estavam suportando o barulho. Estes, sem skates, usam apenas as escadarias.
Na ausência de um bom projeto, improvisamos. As placas sinalizadoras coroam o fracasso projetual da praça. Niemeyer já havia mostrado como se faz uma grande pista de skate com a marquise do Ibirapuera. Pena que ninguém se lembrou disso ao concretar a laje e suspender os jardins...
sobre a autora
Maria Cláudia Levy é estudante da FAU Mackenzie, fez intercâmbio na Ecole Nationale Supérieure d'Architecture de Paris La Villette (2011) e foi estagiária do Ateliê Christian de Portzamparc (2012). Foi estagiária do portal Vitruvius e desenvolveu pesquisa de Iniciação Científica sobre o arquiteto Angelo Bucci (bolsa PIBIC Mackenzie).