Fomos conhecer as ruínas de pedras ciclópicas na área rural de Santana do Parnaíba com o vice-prefeito Oswaldo Borelli. Só um estudo arqueológico seria capaz de definir o que seria essa construção de pedra de planta retangular (3,30 X 3,77m, medidas pelo interior).
A área está entre Santana, Barueri e Araçariguama (perto do bairro de Aldeia da Serra). Trata-se de uma construção de pedra com argamassa de barro em meia encosta. A primeira vista parecia um forno de cal, mas com marcas de barrotes no interior e um vão na parte superior que parece uma seteira, descarta a primeira hipótese.
A posição desta estrutura, que parece ser uma torre com paredes levemente em escarpa, permite ampla visão da cidade de Santana e do Rio Tietê e cria mais dúvidas sobre a função desta pequena construção perdida no morro.
Nesta região onde predomina a taipa de pilão só encontramos técnica construtiva semelhante na torre da Capela de Santo Antonio do bandeirante Fernão Paes de Barros, feita igualmente em pedra e barro.
Várias hipóteses passam pela nossa fértil imaginação: torre de vigia de uma Fazenda fortificada? Torre de vigia de um sítio de abrigo para índios apresados?
Aceitamos chutes e palpites.
sobre o autor
Victor Hugo Mori, arquiteto (Mackenzie, 1974) é funcionário do quadro funcional da 9ª SR/IPHAN de São Paulo.