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architexts ISSN 1809-6298


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Apresentando documentos inéditos, a pesquisadora do Arquivo Histórico Municipal nos conta a história do surgimento da idéia do parque até sua materialização com projeto de Niemeyer


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ANDRADE, Manuella Marianna. O parque do Ibirapuera: 1890 a 1954. Arquitextos, São Paulo, ano 05, n. 051.01, Vitruvius, set. 2004 <https://vitruvius.com.br/revistas/read/arquitextos/05.051/553>.

O Parque do Ibirapuera é um marco na história de São Paulo. Esse trabalho, realizado no Arquivo Histórico Municipal – DAH/DPH, homenageia os 50 anos do Parque do Ibirapuera ao contemplar a história completa de sua formação, seu significado e importância para São Paulo.

A formação do parque

No final do século XIX, em 1890, as terras do Ibirapuera, consideradas devoluta, passaram para a Municipalidade. Entretanto, só foram reconhecidas como patrimônio municipal no ano de 1916 com o Decreto Estadual n° 2.669. Os terrenos que faziam parte do antigo rossio da cidade, conhecidos também como Várzea de Santo Amaro, passaram a compor o perímetro municipal.

Em 1918, o então prefeito Washington Luis divide em lotes parte desse terreno, no intuito de desenvolver os arredores, acompanhando uma tendência que já havia se instaurado com a Companhia City ao lançar o Jardim América. O loteamento aprovado pela Lei n° 2.122 de 1918, cujos terrenos foram vendidos em hasta pública, hoje compreende o Bairro Jardim Lusitânia.

Com a mudança de governo, foi na gestão de José Pires do Rio na Prefeitura de São Paulo que se pensa pela primeira vez na construção de um grande parque público “útil à higiene da população urbana” e:

“situado na planície que começa no sopé da colina da avenida Paulista, e fica entre o fim da rua Brigadeiro Luiz Antônio, a Estrada de Santo Amaro, o córrego Uberaba, a cuja margem esquerda fica Indianópolis, limitados pela Vila Clementino e Vila Mariana, esses terrenos da Invernada dos Bombeiros e da Chácara Ibirapuera se prestam, admiravelmente, a construção de um imenso jardim ou parque, com área igual a do Hyde Park de Londres, igual a metade do Bois de Boulogne, de Paris” (1).

Pires do Rio foi o responsável pelas ações de incorporação de terras ao poder público, a fim de ampliar a área destinada ao parque. Uma das principais ações ocorreu em 1927, com a permuta do terreno sito a Avenida Água Branca, atual Avenida Francisco Matarazzo, por parte da Invernada dos Bombeiros de propriedade do Estado. Esta permuta resultou no início do Parque do Ibirapuera, devido à transferência do viveiro de plantas municipais, situado no terreno permutado, para os terrenos do parque.

Enquanto o viveiro de plantas, desde 1928, cuida da drenagem da área do Ibirapuera, iniciando também a cultura de eucalipto para o preparo da terra, surge em 1929 a primeira proposta urbanística para o parque. De autoria de Reinaldo Dierberger, o primeiro projeto para o parque preocupava-se com o embelezamento e com a saúde pública da cidade. De maneira geral, Reinaldo Dierberger buscou a perfeição estética e artística que um parque popular poderia oferecer ao público, propondo extensos gramados e jardins que se articulam por meio de caminhos, criando várias perspectivas, além de campos de esportes, jogos e corridas e edifícios destinados à ginástica, concertos e restaurantes.

Em seguida, Preste Maia, então Secretário de Viação e Obras Públicas, publica em 1930 seu Plano de Avenidas e nele apresenta diretrizes para o futuro parque. Em sua proposta, o parque seria dividido em duas áreas destintas, separadas pelo loteamento de 1918, na qual a área maior, mais central e próxima a bairros de classe alta, teria um tratamento diferenciado “com mais arte e delicadeza”. A seção menor seria destinada a esportes e recreação, principalmente os esportes aquáticos, aproveitando a depressão natural. Os dois espaços seriam unidos por parkways e o loteamento entre ambos seria no estilo Cidade Jardim. Prestes Maia apresenta apenas uma síntese de como disporia das duas áreas do parque e utiliza uma perspectiva de Dierbeger para ilustrar sua publicação.

Com a revolução de 1932 e uma nova mudança de governo municipal, assume a prefeitura de São Paulo Goffredo Teixeira da Silva Teles e com ele surge um novo projeto para o Parque, o primeiro aprovado legalmente pelo Ato n° 378 de 29/07/1932 e que incorpora a Lei n° 3.256 de 21 de janeiro de 1929, que previu a transferência do Hipódromo da Moóca para os terrenos do Ibirapuera. Convidado pelo prefeito para realizar o projeto, Reinaldo Dierberger, o mesmo autor da proposta de 1929, apresenta uma nova concepção, que respeita o traçado viário existente, incorporando o prolongamento previsto da Avenida Brasil, mas desconsidera o loteamento de 1918, utilizando esta área para o parque. O projeto concentra-se na disposição de atividades de esporte, diversão e cultura, dentro do conjunto de logradouros, bosque, passeios, ruas, caminhos, lagos e avenidas, deixando clara a instalação do Hipódromo da Moóca.

Em janeiro de 1933, a Repartição de Águas e Esgoto de São Paulo (RAE) não havia concordado com o projeto aprovado de Dierberger, por esse desconsiderar problemas com águas pluviais e esgoto. Este fato direcionou a criação de um outro projeto para o parque, aprovado pelo Ato n° 459 de 11 de maio de 1933, intitulado como Revisão do Projeto do Parque do Ibirapuera. Durante os quatro primeiros meses de 1933, a 7º Seção Técnica da Divisão de Obras Públicas ficou responsável pela revisão da proposta para o Parque, considerando o parecer da RAE. O memorial descritivo do projeto, assinado pelo engenheiro Marcial Fleury de Oliveira, afirma que o motivo principal do projeto é o conjunto piscina / cassino / praça circular / jardim de rosas em um único nível, provocando um efeito perspectivo.

Outra questão identificada na análise do projeto foi a ausência das atividades do viveiro, o que se confirma no final de 1934 com uma correspondência do então Diretor do Viveiro, Manequinho Lopes, ao então prefeito Fábio Prado, demonstrando sua indignação por, após cinco anos de transferência dos viveiros para os terrenos do Ibirapuera, terem que desocupá-los por estarem compreendidos no plano do parque. Manequinho Lopes afirma que o prefeito deveria ceder a área que o viveiro ocupa à Diretoria de Jardins, a fim de estabelecer viveiros definitivos que atendam ao embelezamento da cidade de São Paulo, a arborização das estradas de rodagem e o reflorestamento de terrenos. Curiosamente se desvenda mais um projeto para o Parque do Ibirapuera.

A organização deste novo projeto deriva da incorporação dos terrenos destinados ao Hipódromo da Moóca, em 1929, ao Parque do Ibirapuera. Esse projeto direciona uma nova implantação das edificações que o compõem e acrescenta uma alça à praça circular. A proposta é idealizada pelo engenheiro Werner Hacker, em 1935. Mesmo com o pedido de Manequinho Lopes, os técnicos da Divisão de Obras continuavam a achar que o viveiro deveria mudar de localidade. Independente das discussões, o mérito pela conquista do espaço deve-se à insistência de Manequinho Lopes. Em longo parecer, o mesmo relata que os terrenos pertencentes à Prefeitura são os que oferecem as condições mais apropriadas para o Viveiro, não só pela topografia como pela proximidade com o Parque, por necessitar de plantas variadas.

No decorrer do processo, os terrenos são cedidos à Divisão de Jardins por não estarem incluídos no antigo projeto aprovado para o parque em 1932. Desde então, o viveiro municipal já instalado na área do parque, continua nela até o presente.

Os projetos aprovados até então nunca foram por completos finalizados. Comprova-se por processos internos municipais e por fotos áreas da época que apenas parte do sistema viário principal proposto foi executado. As edificações, os passeios e os jardins não passaram de intenção de projeto. Os supostos lagos que aparecem em algumas imagens na verdade são poços de poucas profundidades que irrigavam o viveiro. Do último projeto, em 1935, somente dez anos depois se vê novamente alguma preocupação com a execução do mesmo. E ainda assim, de maneira muito singela no Plano de Melhoramentos para cidade, de Prestes Maia, que apenas representa o parque como uma grande praça circular que tem ao centro um marco, como ponto focal de várias vias.

Somente em 1948 surge mais uma nova proposta para o Parque do Ibirapuera, realizado por membros internos da Prefeitura, datada de 14 de janeiro do mesmo ano. O desenho foi encontrado apenas com uma lista dos edifícios a serem construídos, suas áreas e valores de construção. Ao comparar-se este projeto com o último reconhecido de 1935, vê-se que de similar existem apenas a praça circular com sua alça inferior, o traçado do prolongamento da Avenida Brasil e a localização do Viveiro Manequinho Lopes. Não se pode definir o estilo arquitetônico dos edifícios propostos, porém pode-se afirmar que são edifícios de grande vulto ao ler-se a implantação. O projeto de 1948 reafirma a praça circular e implanta, como determinado pelo governo, no seu centro o Monumento de 9 de Julho como escrito em planta.

Esse projeto, de 1948, foi analisado e criticado pelo engenheiro arquiteto Christiano Stockler das Neves, em 1951, que apresentou um parecer e, em seguida, sua proposta para o Parque do Ibirapuera, já no espírito das comemorações do IV Centenário da cidade de São Paulo (2). No parecer redigido por Stockler das Neves, o Parque do Ibirapuera deveria ser uma criação artística. Considerando também o caráter plano da superfície do Ibirapuera, Stockler justifica em longo texto as caracteristicas e, por conseguinte, sua opinião sobre os jardins ingleses, franceses e italianos, os quais seriam incorporados em sua proposta para o parque. Além, destes pontos o parecer ainda relata a importância da monumentalidade dos edifícios e dos grandes boulevares em perspectivas a serem incorporados no parque, deixando claro, também, sua opinião sobre a remoção do viveiro para outra região.

Apesar dos esforços de Christiano Stockler das Neves, Cicillo Matarazzo, presidente da Comissão do IV Centenário, com o apoio político que recebeu do Prefeito e do Governador, conduziu à composição da Equipe de Planejamento, que idealizou um estudo completamente contrário ao apresentado por Stockler das Neves, inaugurando uma nova forma de se pensar o urbanismo e a arquitetura proposta para o parque.

Em 20 de setembro de 1951, Cicillo Matarazzo convida formalmente os arquitetos Rino Levi, Oswald Bratke, Eduardo Kneese de Melo, Ícaro de Castro Mello, Roberto Cerqueira Cezar, Carlos Brasil Lodi, Carlos Alberto Gomes Cardim Filho e Alfredo Giglio, sendo os dois últimos, respectivamente, Diretor do Departamento de Urbanismo e Diretor do Departamento de Arquitetura da Prefeitura Municipal para comporem a equipe de planejamento responsável por todas as comemorações.

Um dos primeiros documentos redigidos pela Equipe de Planejamento consta dos aspectos gerais das atividades a serem desenvolvidas pelos mesmos, definindo que os trabalhos urbanísticos e arquitetônicos seriam orientados no sentido de criar em São Paulo um conjunto de espaços recreativos, culturais, artísticos, paisagísticos e esportivos. A intenção de estudos, realizados em três etapas: Plano de conjunto; Projeto das unidades e Execução das obras, apenas a primeira se realizou. Plano de Conjunto reconheceu e analisou os planos urbanísticos existentes ou em estudos, realizados pelos poderes públicos, permitindo modificações, o que resultou na elaboração de um anteprojeto com traçado viário, circulação, estacionamento e comunicações; a definição das áreas para parque, jardins e demais atividades; e a localização dos edifícios. O Plano de Conjunto tinha uma abrangência metropolitana, que anunciava:

“A Equipe de Planejamento considera de absoluta e inadiável necessidade controlar-se o crescimento de São Paulo com um Plano Diretor, estudado de acordo com os mais modernos princípios urbanísticos, ao qual deveriam obedecer os estudos referentes aos festejos do IV Centenário.
A Equipe procura orientar seus estudos, considerando sempre a íntima dependência desses festejos à cidade, sugerindo soluções que algumas vezes, dizem respeito a toda metrópole, ultrapassando os limites de uma simples feira de amostra e cuja a execução imediata se impõe” (3).

A Equipe de Planejamento conduziu a proposta de ocupação do Parque do Ibirapuera subsidiado pelo entendimento da cidade como um todo e pela interconexão desta realidade. O Parque do Ibirapuera concentraria as atividades de Diversões populares, culturais e exposições, que atrairiam o público geral de forma concentrada. A equipe previu as obras permanentes como “parque de diversões, passeios de ciclismo e hipismo, lagos, play-ground, jardim zoológico e botânico, com algumas construções esparsas para restaurantes, teatro, circo e outras adequadas ao destino do parque” (4). As construções de caráter definitivos, que seriam poucas, teriam apenas o papel de foco de atração. As atividades de cultura universitária compreenderiam congressos científicos, cursos, conferências e manifestações estudantis, o que interessaria apenas a uma pequena elite e se localizariam na Cidade Universitária. As atividades de esporte foram programadas segundo as modalidades e o público que atrairia, pensando as atividades esportivas populares em locais de fácil acesso e as demais nos arrebaldes de São Paulo. A equipe buscou utilizar ao máximo possível equipamentos já existentes como Estádio do Pacaembu, Clube Hípica de Santo Amaro, Sociedade Hípica Paulista e até mesmo as represas de Guarapiranga e Bellings para algumas atividades náuticas. Apenas o Ginásio e o velódromo estavam sendo previstos como construções novas e desde já se identificou a necessidade de atuação do Estado para a viabilizaçãode tais eventos exportivos.

Os esforços da Equipe de Planejamento duraram pouco e em janeiro de 1951 seus membros pediram afastamento. A inviabilidade de continuação da Equipe de Planejamento, por questões financeiras, direcionou Cicillo Matarazo a convidar o arquiteto Oscar Niemeyer para a idealização do projeto. A contratação de Niemeyer daria, principalmente, continuidade ao estilo moderno que guiava o pensamento de Cicillo com relação ao projeto do parque, mesmo que se distinguisse da proposta anterior.

Antes de apresentar as propostas de Oscar Niemeyer e sua equipe, é preciso relatar o projeto levantado no Fundo IV Centenário do Arquivo Histórico Municipal de São Paulo assinado na prancha por Sercelli. Um anteprojeto que utilizou a praça circular como principal elemento urbano para a composição do parque, tendo ao centro o Obelisco e ao redor diversas edificações destinadas às comemorações do IV Centenário. A proposta delimita muito bem uma circulação interna em forma de cruz, tendo em duas extremidades dois grandes edifício e nas outras duas pontas fontes circundadas por um conjunto de edifícios de estilo art-déco.

A equipe do arquiteto Oscar Niemeyer era composta por Zenon Lotufo, Eduardo Kneese de Mello e Hélio Cavalcanti, com colaboração de Gauss Estelita e Carlos Lemos. O primeiro estudo da Equipe de Niemeyer para a área, de maio de 1952, teve sua introdução escrita por Joaquim Cardoso que buscou de forma resumida, mas conceitual, introduzir a arquitetura moderna como resultado da “natural capacidade em adaptar elementos construtivos de descobertas recentes”. O seu discurso apresenta a obra proposta como representante do desenvolvimento técnico e industrial do Estado, relatando:

“Os edifícios deste conjunto arquitetônico evocam nas suas linhas e superfícies, sugere nos seus volumes todo o complexo das atividades técnicas modernas, representando simultaneamente a unidade e a multiplicidade do trabalho humano; evocam os resultados objetivos deste trabalho, instalam a consciência de uma época de operosas realizações e consolidam, na matéria inerte, toda uma ordem de idéias puras e exatas” (5).

Desta maneira, a primeira proposta é composta por um conjunto arquitetônico de grandes edifícios unidos por uma grande marquise, circundados pelo lago e áreas de diversão e uma área destinada aos pavilhões estrangeiros, tendo este mesmo conjunto uma entrada com plataforma elevada, o que permitiria a visualização do todo. Seguido desta plataforma estaria uma grande esplanada que faria a ligação a dois grandes edifícios, estudados de forma conjunta, que atenderiam ao Auditório e Planetário como o elemento arquitetônico mais importante da exposição.

A grande inviabilidade desta proposta foi o destino da marquise após o término das comemorações. A proposta previa a demolição da maior parte dos edifícios, já de caráter provisório, deixando apenas o conjunto Auditório / Planetário, os Pavilhões da Indústria e da Agricultura e o Restaurante. A marquise seria por completa demolida e haveria a construção de um aquário no local do Pavilhão das Nações Estrangeiras. Na sua apresentação à Autarquia, este projeto foi rigorosamente criticado pela inviabilidade construtiva e alto custo.

Desta maneira, o projeto foi revisto e, em 1953, foi aprovado com uma marquise de traços mais esbeltos, com um edifício em cada extremidade. Os pavilhões sofreram alterações na localização e na volumetria. A elaboração do projeto executivo e posterior construção estavam encaminhadas. Entretanto, dois espaços propostos, a entrada monumental e o restaurante, foram cortados por razões econômicas. Fato que se repetiu, também determinado pela Autarquia – a não construção do Auditório. Restaram então o Pavilhão da Agricultura, atual Detran; o Pavilhão das Indústrias, atual Prédio da Fundação Bienal; o Pavilhão das Nações, atual Pavilhão Manuel da Nóbrega; o Pavilhão dos Estados, atual Prédio da Prodam; e o Pavilhão de Exposição, hoje conhecido como Oca. O Parque foi oficialmente inaugurado, em 21 de agosto de 1954, e concebido como um projeto de espaço de arte e cultura, de recreação e esportes.

notas

1
Relatório de 1927 apresentado pelo Dr. J. Pires do Rio – Prefeito do Município de São Paulo. Acervo: Divisão do Arquivo Histórico Municipal “Washington Luís” – DPH/SMC.

2
Para as comemorações do IV Centenário foi instituída, através da Portaria n° 20 de 14 de dezembro de 1948, a Comissão de Festejos Comemorativos do IV Centenário da Fundação da Cidade responsável por elaborar o plano geral das comemorações, dar parecer sobre todos os planos, projetos e propostas referentes às comemorações e propor providências administrativas e legislativas. Entre os anos de 1949 e 1951, várias portarias alteraram e melhor definiram o caráter e o papel desta Comissão, que em 20 de julho de 1951 foi instituída pelo governador Lucas Nogueira Garcez e pelo prefeito Armando de Arruda Pereira como “Comissão do IV Centenário de Fundação da Cidade de São Paulo” composta por representantes da Prefeitura, do Estado e da iniciativa privada. Foi nessa comemoração que a vontade de construir o Parque se concretiza com muito esforço e determinação política.

3
Processo 215/51. Fundo IV Centenário. Acervo Divisão do Arquivo Histórico Municipal “Washington Luís” – DPH/SMC.

4
Processo 215/51. Fundo IV Centenário. Acervo Divisão do Arquivo Histórico Municipal “Washington Luís” – DPH/SMC.

5
Ante Projeto da Exposição do IV Centenário de São Paulo. 1952. Acervo: Divisão do Arquivo Histórico Municipal “Washington Luís” – DPH/SMC. Original na FAU/USP.

bibliografia

COMISSÃO DO IV CENTENÁRIO. Ata da reunião de instalação da Comissão encarregada de promover os festejos comemorativos do IV Centenário da Fundação da Cidade de São Paulo (1951). São Paulo, 20 jul., 1951.

DIERBERGER, Reynaldo. O Parque Municipal do Ibirapuera, em São Paulo. Revista Architectura e Construções. ,jun., v.1, n. 11, 1930, p. 34.

LUÍS, Washington. Relatório da Diretoria do Patrimônio, Estatística e Archivo. São Paulo, 1916.

MAIA, Prestes. Plano de Avenidas para a Cidade de São Paulo. São Paulo: PMSP, 1930.

_______ . Os Melhoramentos de São Paulo. São Paulo: PMSP, 1945.

NIEMEYER, Oscar. et al. Ante-Projeto da Exposição do IV Centenário de São Paulo. São Paulo, 1952.

PIRES DO RIO, J. Relatório de Prefeitos. São Paulo, 1926.

TORRES, Maria C.T.M. Ibirapuera. São Paulo: Col. História dos bairros de São Paulo, v. 11, PMSP, SMC, DPH, Divisão do Arquivo Histórico, 1977.

sobre o autor

Manuella Marianna Carvalho Rodrigues de Andrade, arquiteta, mestre em Arquitetura e Urbanismo pela Universidade Presbiteriana Mackenzie, especialista em Conservação Integrada Urbana e Territorial pelo CECI. Atualmente, Chefe da Seção de Estudos e Pesquisas do Arquivo Histórico Municipal "Washington Luís" em São Paulo.

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