Por uma leve ironia do destino, no primeiro grande trabalho que é chamado a realizar no Brasil – por conta da revalidação do diploma, pela então Faculdade Nacional de Arquitetura da Universidade do Brasil, no Rio de Janeiro – Hans Broos (1921-2011) efetua um levantamento das construções dos colonizadores açorianos presentes no litoral de Santa Catarina, Estado que escolheu como sua primeira morada na nova pátria.
Para tanto, realiza uma verdadeira incursão pelo estado, tarefa que lhe custou um ano, entre 1956 e 1957. O jovem arquiteto que deixara a Alemanha em reconstrução em fins de 1952 com esperanças de realizar o “novo” – em um tempo em que a divulgação internacional da arquitetura brasileira da escola carioca atinge seu ápice, e muitos outros arquitetos deixam o território europeu – com o espírito ávido de recém-formado, vê-se às voltas no novo país justamente com um trabalho teórico onde a história é protagonista. Naquele estudo, editado em 2002 sob o título Construções antigas em Santa Catarina o arquiteto faz levantamento e análise dos tipos residenciais, materiais e das técnicas construtivas de edificações açorianas pertencentes predominantemente do século XVII ao XIX. Com afinco, esmiúça detalhes construtivos e técnicas populares em muitas fotos e belos croquis.
Tal tarefa não poderia ter caído em mãos mais acertadas. Apesar do impulso ao novo que recebera em sua formação e da ideia da arquitetura moderna como único caminho possível para a prática profissional, sua relação e de sua geração com a história sempre foi muito próxima, mais mesmo do que tendemos a imaginar. Nas primeiras páginas do livro Broos já assinala: “No meu íntimo, cultivo grande respeito pelas expressões formais do passado” (1). Mas também adverte que esta relação possui caráter pragmático, diverso à de um historiador: “como arquiteto, me habituei a entrar em contato com o tempo e a vida por meio de resultados formais, não pela pesquisa de livros e documentos” (2).
De fato, em sua formação mescla-se uma enorme gama de elementos diversos e mesmo divergentes aparentemente, que concorrem para uma modernidade assentada, por um lado, na racionalidade do projeto, na pesquisa tecnológica e na ideia do “novo” acompanhando o espírito dos tempos, e por outro, no respeito à tradição e na conservação de materiais e técnicas do passado que preservam validade no presente. Sua arquitetura, inegavelmente moderna e mesmo ousada em algumas propostas, revela um entendimento muito mais profundo da complexidade humana e do contexto do que se propuseram as vanguardas; contexto este assumido não como um espaço abstrato e infinito, mas como algo definido, com suas características particulares que delimitam seu círculo de ação. Disso tem-se que para Broos a linguagem moderna não surge aliada a uma ideia estrita de alta tecnologia ou a determinadas técnicas e materiais; é antes de tudo, uma maneira de pensar e conceber a arquitetura.
Educado entre um tradicionalismo formal ligado aos anos 1930 (seja no ensino tradicional recebido em Praga, onde inicia seus estudos, entre 1940 e 1942, quando a cidade já estava ocupada pelos nazistas, ou ainda com Friedrich Wilhelm Kraemer em Braunschweig, Alemanha, onde completa sua formação) e o impulso à arquitetura moderna nos anos pós-guerra (tanto com Kraemer quanto, principalmente, Egon Eiermann, reconhecidamente dois grandes arquitetos do pós-guerra alemão), Broos consolidou uma formação teórica e prática complexa e variada, que mescla diversos elementos e posturas até mesmo contrárias. Além destes fatores, junta-se a ideia de proporção e harmonia advinda da arquitetura clássica de seu mestre Kraemer, “um classicista dentro do moderno” (3) e, não por último, o forte apelo à tradição e a procura de um caminho sensato entre a nova arquitetura e as construções históricas em Braunschweig.
Diferentemente do que geralmente se considera, a geração de Broos – formada no imediato pós-guerra – formou-se muito ainda sob os auspícios da tradição nos moldes do Estado nazista, posto que nos anos imediatamente posteriores o que se via era uma continuidade de soluções tradicionais com leves tons reformulados, algo visível na linguagem dos professores, que os exercícios projetuais de seus pupilos espelhavam. A modernidade para ele e sua geração não foi algo natural ou de natureza contínua, mas aprendida e conquistada, antes de tudo, almejada.
A ideia de internacionalidade presente nas vanguardas – pois sua geração ainda vai beber na fonte da primeira geração de modernos – em que arquitetos e engenheiros do mundo inteiro sentiam-se conectados pelas novas possibilidades técnicas que ultrapassavam barreiras nacionais, ainda se faria presente, mas sem a ideologia que marcou seu discurso; muito mais como uma ideia de racionalidade do projeto que agiria em favor da construção de uma nova e democrática sociedade. Seria, portanto, uma ideia de internacionalidade bastante abstrata e geral, tendo em vista que a arquitetura se dará somente no confronto com as particularidades locais do sítio, clima, materiais e técnicas disponíveis, sem que jamais caia, porém, em concessões formais, históricas ou regionalistas. É certo, no entanto, que as tradições repassadas dos anos 1930 e as próprias condições da reconstrução nos anos 1940 e 1950 garantiram a esta geração um olhar muito mais generoso à modernidade, que se impunha como único caminho possível para uma verdadeira reconstrução, amplo senso. Portanto, coube a ela arrefecer o radical antagonismo proposto pelas vanguardas – mais como um gesto de autoafirmação – entre modernidade e tradição, o universal e o local.
E sua obra inicial no Brasil demonstra isso: ainda que a inelutável necessidade de adequação ao ambiente acarrete, na maioria das vezes, certa aproximação local – clima, materiais, técnicas disponíveis – seus projetos refletem esta preocupação de dialogar com o contexto, aproximar-se das proposições da moderna arquitetura brasileira. Também demonstra sua intimidade com o ofício, uma arquitetura resolvida de modo bastante pragmático com materiais simples e técnicas tradicionais, ciente da validade de determinados materiais e técnicas para o presente, como revela sua primeira obra no Brasil, a Igreja de Itoupava Seca (1953-1955) em Blumenau, em que o arquiteto vai buscar nos materiais locais e nas soluções simples a resolução do problema.
Ao contrário do que se pensa, arquitetos como Broos que, por um lado, saíram de um país com material e tecnologia de ponta – devido à situação econômica favorável esboçada já no início dos anos 1950 – e estavam habituados a construir em concreto armado e estrutura metálica, haviam acabado de sair de uma situação iníqua, em que era preciso lidar com condições muito adversas onde os trabalhos simples e artesanais predominavam, como nas obras emergenciais executadas no ano de 1946 pelo arquiteto enquanto estudante (4). Além das experiências do pós-guerra, tinham a seu favor a tradição do conhecimento prático baseado no trabalho artesanal típico da cultura alemã.
De certa forma, toda sua obra futura vai ostentar esta postura: conciliatória entre o novo e o antigo, não transgressora quando confronta-se com a arquitetura histórica – apesar de reivindicar para sua arquitetura sempre o papel que lhe cabe, adequado a seu tempo, sem jamais subjugar-se ou procurar reproduzir as formas do passado, uma atitude que seria sempre falsa e gratuita. Pensamento este que se refletirá também no espaço urbano, como bem o demonstra o conjunto fabril da Companhia Hering-Matriz de Blumenau (1968-1975). Neste projeto, os novos prédios ladeiam os velhos galpões e as antigas casas da família Hering, agindo como estruturadores dos novos espaços, em estreito diálogo com a natureza e a paisagem circundante. Um dos seus aspectos mais interessantes, além da arquitetura propriamente dita, é o fato de o conjunto ser tratado como projeto urbano; e mais surpreendente é a época de sua proposição, colocando-se na dianteira do pensamento urbano no Brasil.
Em sua tese de doutorado, Maria Alice Junqueira Bastos afirma que o projeto do Sesc Pompeia de Lina Bo Bardi representa o marco oposto ao de Brasília, pelo fato “de que seu projeto representou, na arquitetura brasileira de então, a aceitação da cidade, o convívio do moderno com o existente” (5). Neste sentido, Broos antecipa esta postura com seu projeto para o conjunto fabril da Hering Matriz, tanto no que diz respeito ao convívio com o existente quanto com a arquitetura histórica, precisamente. Muito embora na época de sua construção ao complexo da Hering não cabia o entendimento de espaço “urbano” e diferia do contexto denso do projeto de Lina, a Fábrica Hering também encontrou uma situação já formada, em que o arquiteto teve de lidar com os prédios históricos da fábrica e casas em estilo enxaimel na inserção dos novos prédios. Seus espaços são pensados como um conjunto urbano e coletivo: estradas, caminhos e passeios são projetados por entre o conjunto fabril, que se coloca como uma unidade funcional integrada e em perfeita continuidade com a cidade, e que encontra na cobertura na Praça Histórica e seu espelho d’água – idealizado pelo arquiteto para simbolizar o ribeirão que motivara a transferência da empresa para o local – lugar de convivência privilegiado e centro amalgamador do conjunto.
A Hering Matriz se constitui no projeto que concilia velhos aprendizados (alemães) e novos rumos em seu trabalho. Aqui vemos tanto a presença do pensamento urbano pós-guerra que obteve ao lado do mestre Kraemer, como claras referências formais à obra de Eiermann (6), e também a abertura de um caminho em estreita afinidade com o brutalismo paulista.
Este e tantos outros projetos fazem da cidade de Blumenau fértil campo de estudo de seu trabalho. Em seus mais de cinquenta anos de atividade no Brasil, Hans Broos ajudou a moldar a face da Blumenau “moderna” que surgia nos anos 1950, tanto quando lá estava, quanto posteriormente, já estabelecido em São Paulo na década seguinte. No centro da cidade, que naqueles anos contava 50 mil habitantes, de aspecto ainda provinciano, Broos constrói os primeiros edifícios em altura; nos arredores, generosas moradias para a elite local, assim como projetos para indústrias têxteis (também para as cidades vizinhas), tradicionais na região, que ajudariam a compor a bela paisagem fabril que marca até hoje sua paisagem urbana. Também a cidade de São Paulo, a partir dos anos 1960, representaria outro foco de seu trabalho. Mas se em Blumenau sua obra disseminou-se por quase toda a parte, em São Paulo ela permanece com exemplos mais pontuais de uma obra de primeira grandeza, em que revela afinidades existentes e aproximações intencionais com o brutalismo paulista, com destaque para Abadia de Santa Maria, a Casa do Arquiteto, e a Igreja São Bonifácio (7).
Esta última, junto com a Hering Matriz, se revela em um dos pontos altos de sua obra, daqueles felizes momentos de síntese do pensamento e vértice da prática reflexiva. Também aqui o arquiteto demonstra profusa gama de elementos, advindos de fontes diversas: tanto do próprio contexto, ao aliar os programas distintos à forte inclinação do terreno – igreja no cubo suspenso e moradia dos padres e espaços de apoio abaixo do nível do solo, longe das vistas do transeunte – quanto de referências locais – como da solução dada por Lina Bo Bardi ao Masp, em ambas as fachadas. E embora a surpresa causada pela ousadia da proposta da igreja cerrada e elevada sobre pilotis, apartada do mundo externo – tanto quanto pela esbeltez e elegância dos quatro pilotis a suportar toda esta massa – o arquiteto não só não dispensa, como faz uso, mais que em qualquer outro projeto, de um complexo sistema de relações proporcionais que remetem à tradição clássica. A exemplo do mestre Kraemer, Broos parece buscar nas leis “imutáveis” de proporção, ordem e clareza o sentido de beleza que o programa lhe parece reclamar. Mesmo sem fazer uso de elementos simbólicos que anunciem alguma aproximação à tradição da arquitetura religiosa, Broos submete todo o projeto a um rigoroso esquema de relações, como que para lhe conferir uma ordenação maior, ou uma validade atemporal.
Sua postura mais concreta, fundada na própria experiência, nas referências alemãs dos mestres e na aproximação judiciosa a determinadas obras e praticantes locais, assegurou-lhe certa autonomia em relação ao brutalismo paulista. Sua aproximação a esta escola, que se dará primeiro em São Bonifácio e em grande parte das obras subsequentes, não significa, porém, adesão incondicional, pelo fato de repensar sua arquitetura sobre bases firmes e reivindicar liberdade de criação, mesmo quando aceita alguns de seus pressupostos formais e conceituais, principalmente a partir dos anos 1970. Por isso mesmo, como praticante desta escola que foi, suas obras também são importantes na medida em que assinalam o alto grau de heterogeneidade e hibridização que a arquitetura brutalista no caso brasileiro assumiu, que demonstra que teve praticantes diversos, e mais do que concorrer para uma mesma direção ou linguagem unívoca, convida à complexidade e à dispersão. Quando muitos se apoderam de uma determinada linguagem (como ocorreu em meados dos anos 1960 no Brasil) isso concorre para que ela seja particularizada, absorvida de diversas maneiras, ainda mais em se tratando de uma corrente que careceu de teoria e manifestos.
Contudo, a preocupação social, aos moldes da retórica socializante e politicamente ideológica que marcou os debates da arquitetura brasileira nos anos 1950, não foi o que balizou seu pensamento e fazer arquitetônico. Certamente sua experiência pós-guerra o impelia à formulação de projetos, segundo sua visão, de maior influência, com maior peso coletivo, de maior amplitude e interferência social. Muito aos moldes do pensamento de vanguarda da década de 1920, mas já relativizados e menos idealizados, Broos acredita no poder de transformação da arquitetura; não a transformação social e reformista típica daqueles anos, mas uma transformação em escala local, naquele tempo e espaço, entre arquitetura e seu meio, que se completam e agem reciprocamente, perfazendo um novo ambiente, mais humano e adequado aos usos.
Ao tomar esta postura mais concreta e realista Broos afasta-se dos discursos político-ideológicos da esquerda e dos meios acadêmicos que os alimentaram, e isto ajuda a explicar o quase total desconhecimento de suas obras junto ao meio especializado e sua rarefeita presença na historiografia da arquitetura moderna brasileira. Uma intricada gama de fatores pode explicar tal fato: uma personalidade introspectiva e de tradição bastante formal; o isolamento inicial da carreira brasileira numa cidade afastada dos principais centros, e seu igual distanciamento, mesmo jáem São Paulo, dos meios acadêmicos e das organizações de classe, e das grandes polêmicas teóricas que marcaram o contexto profissional nos anos 1950 e 1960.
Apenas muito recentemente tem-se notado certa valorização de sua obra, apoiada em estudos acadêmicos que a abordam como foco principal ou parte do estudo (8), e que privilegiam, dentro da revisão crítica da arquitetura moderna brasileira empreendida a partir dos anos1990, aabordagem de arquitetos relegados a um segundo plano ou completamente ausentes dos discursos legitimadores e totalizantes da modernidade brasileira.
É na longínqua Alemanha, ao contrário, onde o arquiteto é praticamente desconhecido (9) – muito mais que no Brasil –, que sua obra obteve pequeno, mas significativo reconhecimento recentemente. Sua primeira e única obra como profissional autônomo, a Casa Gustav Abel em Gernsbach (1951-1952) – trabalho simultâneo a sua colaboração no escritório de Egon Eiermann e notadamente devedora da estética funcional propagada por ele – foi incorporada como Patrimônio Histórico do estado de Baden-Württemberg em dezembro de 2009. Esta casa torna-se também importante para o estudo de sua obra brasileira, na medida em que serve de princípio formal e espacial para sua produção residencial futura – anos 1950 e início dos 1960 – que ganha ares de produção contínua, “em série”, mas que admite diversas formulações. Naquele mesmo ano finalizava meu estágio de doutorado naquele país, e acompanhei o entusiasmo despertado pela obra e o início do processo para o tombado encetado pelos pesquisadores do SAAI – Südwestdeuschtland Archiv für Architektur und Ingenieurbau (10) de Karlsruhe. Processo efetivado com extrema agilidade, portanto – que Hans Broos, lamentavelmente, não chegou a ter conhecimento –, a despeito da morosidade dos processos desta natureza no Brasil, e a despeito das obras brasileiras do arquiteto dignas deste mesmo destino.
notas
NE
O presente texto – ampliado a partir da tese de doutorado da autora – foi redigido para demarcar a homenagem do XIV Seminário de Arquitetura Latinoamericana – SAL ao arquiteto Hans Broos, falecido em 23 de agosto de 2011. O evento ocorreu no Instituto de Artes – Unicamp, Campinas, de 08 de novembro a 11 de novembro de 2011. O proponente da homenagem foi o Grupo de Apoio a Hans Bross, formado por admiradores da obra do arquiteto, dentre eles Orlando Maretti, Karine Daufenbach, André Xavier, Gustavo Drent, José Tabacow, Bernardo Brasil Bielschowsky e Abilio Guerra. Os seguintes artigos também fazem parte da mesma homenagem:
BIELSCHOWSKY, Bernardo Brasil; SERRAGLIO, João Paulo. Arquiteto Hans Broos, 1921-2011. Homenagem do XIV Seminário de Arquitetura Latinoamericana – SAL. Drops, São Paulo, n. 12.052.05, Vitruvius, jan. 2012 <www.vitruvius.com.br/revistas/read/drops/12.052/4198>.
MARETTI, Orlando. O adeus ao Mestre. Hans Broos, 1921-2011. Drops, São Paulo, n. 12.050.03, Vitruvius, nov. 2011 <www.vitruvius.com.br/revistas/read/drops/12.050/4114>.
1
BROOS, Hans. Construções antigas em Santa Catarina. Florianópolis, Cultura em Movimento/Editora da UFSC, 2002, p. 15.
2
Idem, ibidem.
3
BRANDENBURGER, Dietmer. Architektenporträt: Friedrich Wilhelm Kraemer. Der Architekt, 12, 1987, p. 595.
4
Entre agosto de 1945 até o início das aulas em Braunschweig em fevereiro de 1946, Broos havia acumulado certa experiência prática na pequena cidade de Bad Oldesloe, no norte do país. Entre os trabalhos executados, como colaborador do arquiteto Helmut Schmersahl (mas segundo este, sob total responsabilidade de Broos), estariam: reparação de casas e edifícios danificados, construção de moinho e alojamentos provisórios, entre outros. A partir daí, Broos daria seqüência aos estudos interrompidos pela guerra (documento particular de Hans Broos).
5
BASTOS, Maria Alice Junqueira. Dos anos 50 aos 70: como se completou o projeto moderno na Arquitetura Brasileira. Tese de doutorado. São Paulo, FAU USP, 2004, p. 14.
6
Sobre este e demais aspectos, conferir: DAUFENBACH, Karine. A modernidade em Hans Broos. Tese de doutorado. Orientador Paulo Bruna. São Paulo, FAU USP, 2011; DAUFENBACH, Karine. Reflexões sobre a obra de Hans Broos. Arquitextos, São Paulo, n. 11.123.07, Vitruvius, ago. 2010 <www.vitruvius.com.br/revistas/read/arquitextos/11.123/3530>.
7
Obra laureada com o Prêmio Rino Levi do IAB-SP em 1967.
8
Cf. DAUFENBACH, Karine. Hans Broos: a expressividade da forma. Dissertação de mestrado. Rio de Janeiro, FAU UFRJ, 2006; DAUFENBACH, Karine. A modernidade em Hans Broos (op. cit.); BIELSCHOWSKY, Bernardo Brasil. Patrimônio industrial e memória urbana em Blumenau SC. Dissertação de mestrado. Florianópolis, PGAU UFSC, 2009; ARRUDA, Valdir. Tradição e renovação: arquitetura dos mosteiros beneditinos contemporâneos no Brasil. Dissertação de mestrado. São Paulo, FAU USP, 2007, em que a obra de Hans Broos também é analisada no estudo.
9
Apenas em 2007 a revista Bauwelt fez um significativo apanhado da obra brasileira de Hans Broos, em especial de meados dos anos 1960 e 1970. Cf. WEINSTOCK-MONTAG, Judith. Hans Broos: Ein deutsch-brasilianischer Architekt in São Paulo. Bauwelt, n. 19, maio 2007, p. 24-45. São dos anos 1950, justamente sobre a Casa Abel, as outras duas menções a seu nome: Wohnhaus in Gernsbach bei Baden-Baden. Baukunst und Werkform, n. 1, 1953, p. 31-36; HOFFMANN, Hubert. Neue Deutsche Architektur. Stuttgart, Verlag Gerd Hatje, 1956. O quanto Broos é desconhecido, no entanto, ficou claro ao iniciar minha pesquisa de doutorado na Universidade de Karlsruhe, cidade onde o arquiteto trabalhou com Egon Eiermann. Tanto que no início, a proposição do estudo nem parecia ao menos despertar grande interesse por lá – Broos parecia tão somente mais um Eiermann-Schüler (discípulo de Eiermann) dentre muitos outros ex-alunos e colaboradores que existiram e eventualmente formem um Eiermann-Schule (escola eiermanniana).
10
Arquivo do Sudoeste Alemão para Arquitetura e Engenharia.
sobre a autora
Karine Daufenbach possui graduação em Arquitetura e Urbanismo pela Universidade Federal de Santa Catarina (2003), mestrado em Arquitetura pela Universidade Federal do Rio de Janeiro (2006) e doutorado em Arquitetura e Urbanismo pela Universidade de São Paulo (2011). Atualmente é Professora da Universidade Federal de Santa Catarina. Tem experiência na área de Arquitetura e Urbanismo, com ênfase em Fundamentos de Arquitetura e Urbanismo. Atuando principalmente nos seguintes temas: Hans Broos, Arquitetura Moderna, Brutalismo.