Introdução: morfologia urbana e história do urbanismo
Um dos subtemas da morfologia urbana envolve a investigação do significado cultural da forma urbana ea exploração daquilo que formas específicas revelam sobre as pessoas que as criaram. Nesse sentido, o núcleo conceitual da morfologia urbana que busca identificar a estrutura, a diversidade e a gênese da forma urbana pode servir como ferramenta para outras disciplinas e campos do conhecimento. (1)
Com esta perspectiva, este trabalho analisouo layout das cidades novas planejadas do Paraná. Foram consideradas mais de setenta cidades novas planejadas nas regiões norte central, centro ocidental e noroeste do estadoentre os anos 1930 e 1960. Estas novas formas urbanas foram criadas por vinte e seis companhias de terras ou sociedades imobiliárias como parte da especulação fundiária na zona pioneira de colonização agrícola. Contudo, o layout destas cidades sugere algo mais que meros parcelamentos especulativos traçados mecanicamente a partir da aplicação arbitrária e indistinta do traçado reticulado. Mais de oitenta por cento destas novas formas urbanas têm uma relação harmoniosa com o sítio para o qual foram projetadas; isso significa que a grelha regular foi apenas aplicada onde o relevo era plano ou suavemente ondulado e,em casos contrários, ela foi fragmentada e adaptada. A maioria destas novas formas urbanas apresenta um formato diversificado, regular, possivelmente definido a priori, e um traçado particularizado por uma distintiva composição dos elementos morfológicos. (2)
Surgem então duas questõesentrelaçadas: qual a noção de urbanismo aí implícita e como se explica a presença recorrente de soluções formais verdadeiramente artísticas onde a grelha regular e indistinta, em termos econômicos, por si só bastaria.
Ao analisar taisconformações urbanas, este trabalho notou características formais que permitem associar estes layoutsa uma prática específica de urbanismo, a saber, um ‘urbanismo acadêmico’ então vigente nas escolas de engenharia e pouco sensível ao ideário racionalista que já se discutia no país. Com efeito, da totalidade destes projetos urbanos, quase a metade foi assinada por um grupo de vinte profissionais cuja formação predominante é a de engenheiro civil, embora entre eles possa se encontrar algum engenheiro agrimensor ou agrônomo. Dentre os engenheiros civis, há quatro egressos da Politécnica de São Paulo (dois deles graduados em 1917 e 1919), um da Faculdade Mackenzie (graduado em 1946) e cinco da Universidade do Paraná; este grupo majoritário se graduou entre os anos 1947 e 1958.
A fim de caracterizar apropriadamente tal vínculo ideológico, este trabalho investigou as noções de urbanismo transmitida na formação escolar contemporânea. Seguindo esta pista, este trabalho tratou de analisar e compararo formato das cidades, o padrão do tecido urbano (que, embora quase sempre regular e ortogonal, por vezes apresenta ênfases e distinções), a sua relação com o suporte físico natural, a hierarquização e a articulação das vias, o tamanho e o formato das quadras e sua organização interna, a presença e a configuração dos espaços livres públicos, a disposição das edificações públicas e o conjunto conformado por elas, pelas vias e praças adjacentes. (3) Aí ficaram especialmente evidentes os efeitos estéticos decorrentes da composição artística deliberada destes elementos urbanos, calcada em simetria, hierarquia, centralidade e geometria, de modo a criar vistas, formalidade e sentido de conjunto.
Este trabalho recorre, portanto, à morfologia urbana e à história do urbanismo, de modo a analisar os componentes morfológicos dos traçados urbanos em questão, compreender a sua gênese e refazer o movimento destas ideias urbanísticas até sua aplicação na zona pioneira de colonização do norte do Paraná. Nesse sentido, este trabalho explora a interação do estudo morfológico com a história das cidades e do urbanismo na região.
O traçado das cidades novas planejadas e o urbanismo acadêmico
Na metade do século XX, algumas dezenas de cidades novas já haviam sido fundadas no estado do Paraná: era o espetáculo da modernidade no interior do país. O progresso e a civilização se materializavam em formas urbanas planejadas, ainda que elas não estivessem sintonizadas com as ideias contemporâneas de urbanismo. Pois quando boa parte das cidades novas norte paranaenses estava sendo planejada, a arquitetura modernista no Brasil já havia se consolidado como um movimento vigoroso e resoluto, conscientemente rompendo com os estilos do passado, com os modelos históricos e a tradição. O urbanismo então discutido nas capitais culturais do país já denunciava a eminente supremacia da ‘cidade funcional’.
No entanto, antes da supremacia do pensamento racionalista, o Grand Urbanisme europeu ainda era referência para novos planos urbanísticos. O Novo Mundo então olhava para a Europa em busca de exemplos para a modernização das suas cidades combalidas e o que certamente atraía o olhar externo era a tradição europeia de ordenamento urbano em ‘grande estilo’, aquela que enfatizava longas vias retas culminando em vistas espetaculares, praças formais, parques ricamente elaborados, a ordem geométrica e a habilidade de relacionar todos estes elementos em uma unidade coerente. (4) O Grande Urbanismo, do qual a Paris de Haussmann era um dos produtos mais reluzentes, acabou motivando o trabalho de profissionais dos dois lados do Atlântico: seja o movimento norte-americano City Beautiful – que tem seu ponto alto no Plano de Chicago, de Burnham e Bennett (5); seja a mobilização inglesa em torno do Civic Design ou das Cidades Jardins. (6) A composição de grandes traçados e a disposição de conjuntos monumentais refletiam a preocupação com aspectos funcionais sem abandonar, porém, as intenções de embelezamento do século XIX e as composições de natureza Beaux-Arts. (7)
Nesse período, as expressões ‘arte urbana’, ‘arte cívica’ e ‘arte pública’ eram utilizadas tanto na Europa como nos Estados Unidos para designar certa atuação na cidade e um campo do conhecimento que unia a composição estética à otimização funcional. A Civic Art tinha por objetivo a apresentação estética de todos os dispositivos funcionais que configuram a cidade (8); ela era a estética do town planning (9) que, por sua vez, não era senão um esforço para se fazer pela cidade o que um arquiteto faz por uma casa (10). Foi nesse sentido que o Civic Design foi entendido como a arte da arquitetura aplicada à construção da cidade (11), ou a continuação da arquitetura em uma dimensão maior (12). O Civic Design era, portanto, uma extensão da esfera de influência do arquiteto, tal como aparece na obra de Hegemann e Peets (13), um manual de arte urbana. Com efeito, se alcançava a beleza urbana com padrões de desenho e de planejamento que valorizavam a arte, a arquitetura e seus princípios, e aplicavam o olhar do arquiteto em vários contextos espaciais. (14) Em publicações efetivamente didáticas estes autores apelavam à beleza, mas, sobretudo, insistiam na necessidade de estudo das relações entre um edifício e seu entorno, de proteção das vistas urbanas e no desejo de agrupar edificações em conjuntos harmônicos, com hierarquia e unidade monumental. (15)
Grande parte dos projetos para as cidades latino-americanas nas décadas de 1920 e 1930 também se aproximava das tradições Beaux-Arts – que, na definição de Pinheiro, configuram um urbanismo acadêmico. Pois a preocupação com a forma urbana e a construção da cidade como obra de arte sempre esteve presente no imaginário de arquitetos, urbanistas, cientistas sociais, médicos, higienistas e administradores em geral e os projetos das primeiras décadas do século XX não fogem desta preocupação, apesar do embate entre a visão academicista e os novos paradigmas modernistas. (16)
Nesse sentido, as influentes propostas urbanísticas apesentadas no Brasil nos anos 1930 – os planos de Donat-Alfred Agache para a remodelação e embelezamento da cidade do Rio de Janeiro (esua proposta de 1943 para Curitiba), de Prestes Maia para São Paulo e de Attilio Corrêa de Lima para Goiânia - também apresentavam um tratamento formal do conjunto de edificações e espaço público referenciado em modelos pomposos, de natureza clássica. (17)
Com efeito, a estética dos projetos de melhoramentos urbanos e reforma das cidades brasileiras do começo do século XX não ocultava a inspiração francesa. (18) É certo que a maioria dos novos bairros residenciais era então traçados segundo o modelo inglês da Cidade Jardim. (19) Mas apesar de influências múltiplas, a formação da cultura técnica brasileira teve referência essencial no urbanismo francês. E o pensamento acadêmico continuou exercendo forte influência através da presença de arquitetos e urbanistas estrangeiros, mesmo tardiamente.
O caso do urbanismo das cidades novas planejadas no norte do Paraná não é diferente. Os projetistas responsáveis pelos layouts destas cidades foram basicamente treinados como engenheiros civis, agrônomos ou agrimensores e,entre os engenheiros civis, a maioria foi graduadapela Universidade do Paraná, em Curitiba.Neste período, a paisagem curitibana era predominantemente marcada por construções Art Déco. As duas Grandes Exposições de Curitiba, acontecidas em 1942 e em 1943, foram a oportunidade para a realização de vários pavilhões naquele estilo, que então atingiu um dos seus pontos altos na cidade. Este estilo serviu, naquele momento, às aspirações locais de afirmação urbana perante os próprios cidadãos e o resto do país. As “linhas modernas e severas” da arquitetura alinhada com princípios perretianos que associavam herança acadêmica, rígida composição clássica, geometria simplificada e tecnologia, acabaram indicadas para quase tudo que se construía. (20) De modo geral, isso também se pode notar na produção contemporânea dos cursos de engenharia civil. (21)
Curitiba contava então apenas com o curso de engenharia para formação de profissionais projetistas e planejadores e os engenheiros-arquitetos seguiam aprendendo arquitetura por meio de esquemas acadêmicos de composição. Havia alguma manifestação da arquitetura funcional na cidade – como a publicação local de um texto de Oscar Niemeyer em 1946 ou a execução de alguns projetos de Vilanova Artigas entre 1945 e 1953 – mas quem quisesse saber da ‘nova arquitetura’ “teria que se arriscar para além do que a imprensa publicava e o curso de engenharia oferecia”. (22)
Quanto ao urbanismo, parece que o academicismo de Agache era a referência localpor excelência. A referência francesa do urbanismo moderno havia sido apontada por Anhaia Mello na biografia de Agache publicada na Revista Politécnica. (23)Quinze anos depois deste artigo – em 1943, portanto, o arquiteto francês passara quatro meses em Curitiba a fim de desenvolver um plano que culminou com o projeto Beaux-Arts do centro cívico – originalmente um arranjo formal de edificações neoclássicas que emolduraria a praça no final de uma perspectiva grandiosa, arrematada pelo palácio do governo. Assim, vista, formalidade e conjunto eram a regra.
É significativo o fato de que Agache contara com um assessor durante sua estada em Curitiba. Lolô Cornelsen, que viria a ser um arquiteto de renome internacional, era calouro do curso de engenharia da Universidade do Paraná e estagiário na Prefeitura Municipal e acompanhou Agache durante seus trabalhos na cidade; Cornelsen era aluno da mesma turma do futuro engenheiro Alexandre Beltrão, que projetaria um par de cidades no norte do estado (incluindo Tamboara); Cornelsen chegou a ser contratado como professor para a sua própria turmana disciplina artística ‘Construção dos edifícios: arquitetura’, dado seu ‘notório saber discente’. (24)
Esta passagem de Agache por Curitiba não deixa de confirmar que o urbanismo se consolidou com o intercâmbio internacional. (25) Como se sabe, por um lado o colonialismo já havia contribuído para a globalização de certas noções de planejamento urbano e regional; por outro, o fascínio despertado por ambientes metropolitanos em sociedades periféricas também desencadeou iniciativas locais para a reprodução (frequentemente inovadora) de modelos urbanísticos estrangeiros. (26) Com efeito, o urbanismo viajou – tal como as pessoas e as ideias – e, como as commodities, foi compulsoriamente ‘exportado’ e voluntariamente ‘importado’. (27) Nesse sentido, as viagens de profissionais ao exterior, a sua participação em eventos internacionais da área, o contato com periódicos especializados, os estudos realizados em outros países, a formalização de cursos de urbanismo, a criação de associações profissionais e, no caso curitibano em particular, a atuação local de um consultor externoresponderam pela circulação de ideias estrangeiras. (28)
Contudo, as lições tomadas com a presença de profissional estrangeiro ou através de um currículo acadêmico incluindo modelos do Grande Urbanismo, noções de Civic Design e outras práticas urbanísticas estrangeiras fornecem, em parte, as evidências da sua aplicação em subsequentes projetos urbanos. Mas uma tênue conexão histórica ainda pode ganhar provas mais contundentes produzidas pela morfologia urbana na medida em que o urbanismo, ao envolver um processo de design, não está isento da ‘influência artística’ e, portanto, os projetistas estão sujeitos, em maior ou menor grau, à influência de outros projetistas. (29) Com isso, o estudomorfológico pode trazer à luz contrastes e semelhanças e, neste caso, revelar afinidades formais que podem ratificar afinidades ideológicas, ainda que distantes, improváveis.
Com uma abordagem cognitiva, o estudo de lotes, quadras, vias, espaços livres e sua disposição promovido por este trabalho – ou seja, a análise dos elementos morfológicos e do tecido que compõem –mostra que o urbanismo das cidades novas norte-paranaenses era intensamente arquitetônico. Estética urbana e funcionalidade não parecem estar dissociadas nestas formas urbanas projetadas por engenheiros. Assim, questões de engenharia urbana, tráfego e saneamento que completam a noção corrente de cidade eficiente estão contempladas, mas atendema umaordem plástica.
Por certo tratam-se de novos assentamentos urbanos em zonas de especulação fundiária, ou seja, cidades destinadas totalmente à venda, e, via de regra, a retícula é a forma mais expedita, prática, econômicade se traçar uma nova cidade. (30) Masa grelha uniforme e regularé notadaapenas onde o relevo, de plano a suavemente ondulado, favoreceu este tipo de configuração urbana. (31) No mais, ela foi adaptada, gerando tecidos urbanos menos regulares, em geral conformados por fragmentos de grelha ortogonal justapostos. Em casos onde o relevo é ondulado a conformação urbana chegou a ganhar um traçado orgânico; ou, em repostas ao ideário Garden City, associaram-se traçados regulares e irregulares: ruas retas, curvas e sinuosas. De toda sorte, a grelha arbitrária, de traçado mecânico e indistinto, é pouco comum; em grande parte, os traçados destas cidades novas se mostram ‘especializado’ (32) por arranjos particulares de ruas, praças e edificações públicas.
Situadas nos interflúvios, sobre as rotas das estradas abertas nas linhas de cumeadas, estas cidades asseguravam boa drenagem, com o abastecimento de água garantido por nascentes próximas. Vias urbanas hierarquizadas normalmente ganharam larguras distintas, determinaram a orientação dos lotes e das quadras, e distribuíram o tráfego. A acomodação do traçado no sítio fica especialmente evidente quando se observa a posição destacada do centro da cidade, em muitos casos também o centro geométrico da forma urbana. Com efeito, os espaços livres estruturaram a paisagem urbana, guiando o parcelamento de quadras e lotes. (33)
O resultado desta análise morfológica mostra que o formato destas cidades novas é predominantemente regular, com uma disposição simétrica dos elementos urbanos, reafirmando sua carga estética. Assim aparecemruas e avenidas convergentes, culminando em uma praça de formato peculiar, por vezes arrematada por uma edificação, notadamente a da igreja; eventualmente se configura a estrutura deum potente centro cívico; ou aparecem praças regulares e idênticas, dispostas simetricamente. De toda sorte, há grandiosidade nestes pequenos projetos urbanos, emboratenham acabado quase sempre ocupados por construções simplórias, sem a mesma veleidade estética informada no plano da cidade, o que certamente contribuiu para a atual imagem urbana, bastante monótona e quase sempre indistinta.
Ainda assim, fica evidente nestes traçados o tratamento cênico dado ao projeto urbano com o agrupamento de edificações, com a criação de pontos focais, a disposição formal das vias e o efeito da arborização urbana em certos casos.Pois a criação destas formas urbanas – cidades, no sentido mais técnico do termo – não deixou de ser um exercício de composição artística.
Conclusões
Neste trabalho seguiu-se mais detidamente a trilha da formação dos engenheiros ligados à escola de engenharia civil de Curitiba; o currículo daqueles que se graduaram pela Politécnica de São Paulo e pelo Mackenzie não mostra, no entanto, percursomuito diferente. De qualquersorte, lições de composição academicista fizeram parte da instrução destes profissionais.
A análise do traçado das cidades novas planejadas por estes engenheiros no Paraná confirma o alinhamento tardio com uma noção academicista de urbanismo. Elaborados por projetistas com formação tecnológica, estes layouts apresentam forte apelo artístico com a recorrência a certos motivos formais que remetem aos manuais e às práticas do urbanismo academicista, bastante distante daquele que se afirmaria no país na década seguinte, de caráter racionalista; tratam de tráfego, fluxos, higiene e rentabilidade, mas parecem enfatizar questões ambientais, espaciais e artísticas. Aí pode-se notar a qualidade plástica deste urbanismo: composições de conjunto pautadas pela simetria ou pela centralidade, pela criação de vistas, pontos focais e ‘centros cívicos’, e por um evidente formalismo de natureza clássica. Nesse sentido, lições do Grande Urbanismo europeu como aquelas processadas por movimentos como City Beautiful e Civic Design também fazem parte da história das cidades e do urbanismo na região.
Com efeito, esta análise morfológica produziu peças de evidência histórica na medida em que permitiu completar a conexãoda história do urbanismo e a narrativa da sua difusão (através da instrução profissional) com a produção das cidades novas planejadas no Paraná.Assim a gênese destas formas urbanas se torna mais clara.
Projetar cidades novas, neste caso,envolveu referências formais produzidas por movimentos historicistas do começo do século XX. Adaptadas a uma situação muito particular – cidades na zona pioneira totalmente destinadas à venda–, estas referências podem ser notadas em certas composições que particularizam – e embelezam – o tecido urbano, de modo que a grelha esquemática – neutra, sem hierarquia, homogênea, repetitiva – mostra-se quase sempre impregnada de conteúdo específico.As formas urbanas analisadas neste estudo revelam a predominância de formatos regulares pré-definidos, frequentemente adaptados ao relevo. Com issoo traçado regular uniforme é pouco notado,sobretudo quando tratou-se de especializá-lo com arranjos formais dos elementos urbanos plasticamente potentes.
notas
1
KROPF, Karl. “Urbanism, politics and language: the role of urban morphology”. In: Urban Morphology, v. 15, n. 2, 2011,p. 157-161.
2
FERREIRA, Silvia; DESTEFANI, Wilian e REGO, Renato Leão. “Territory and urban form in northern Paraná State townscapes”, 18th International Seminar on Urban Form – ISUF, Anais. Montreal, Concordia University, 2011. Disponível em www.isuf2011.com. Acesso em 24.11.2011.
3
Cf. KOSTOF, Spiro. The city shaped. Urban patterns and meanings through history. Nova York, Bulfinch Press, 2009, p. 98.
4
REGO, Renato Leão. “Ideias viajantes: o centro cívico e a cidade como obra de arte – do citybeautiful ao coração de Maringá”, XI Seminário de História da Cidade e do Urbanismo, Anais. Vitória, UFES, 2010.
5
STELTER, Gilbert A. “Rethinking the significance of the city beautiful movement”. In: FREESTONE, Robert (ed.). Urban Planning in a changing world: the twentieth century experience. Londres, E & FN Spon, 2000, p. 98-117. WILSON, William H. The city beautiful movement. Baltimore, The Johns Hopkins University Press, 1994.BURNHAM, Daniel H. e BENNETT, Edward H. Plan of Chicago. Nova York, Princeton Architectural Press, 1993.
6
Nesse caso houve uma influência indireta: Europa, América do Norte e Europa novamente, já que Raymond Unwin refez o traçado do coração de Letchworth depois de conhecer o formalismo clássico que Burnham havia proposto para Chicago. MILLER, Mervyn. Raymond Unwin. Garden cities and town planning.Leicester, Leicester University Press, 1992.Vale lembrar ainda o formalismo da área central de Welwyn e, portanto, chamada de ‘Garden City Beautiful’. Cf. HALL, Peter. Cidades do amanhã. São Paulo, Perspectiva, 2002, p. 124.
7
LEME, Maria Cristina da Silva. A formação do urbanismo como disciplina e profissão: São Paulo na primeira metade do século XX. In: RIBEIRO, Luiz César de Queiroz e PECHMAN, Robert (orgs.). Cidade, povo e nação. Gênese do urbanismo moderno. Rio de Janeiro, Civilização Brasileira, 1996, p. 245-258.
8
SWAELMEN, Louis van der. Préliminaires d’art civique. Leyde, Societé d’Editions A. W. Sijthoff, 1915.
9
MAWSON, Thomas H. Civic art: studies in town planning, parks, boulevards and open spaces. Londres,B. T. Bastford, 1911.
10
NETTLEFOLD, John Sutton. Practical housing. Letchworth, Garden City Press, 1908, p. 56.
11
ADAMS, Thomas. Recent advances in town planning. Londres, J & A Churchill, 1932, p. 2.
12
HOLFORD, William G. Civic design: an enquiry into the design and nature of town planning. Londres, H. K. Lewis, 1949, p. 12.
13
HEGEMANN, Werner e PEETS, Elbert. Na american Vitruvius. Na architect’s hand book of civic art. Nova York, The Architectural Book Publishing Co., 1922.
14
MORLEY, Ian. British provincial civic design and the building of late-Victorian and Edwardian cities, 1880-1914. Lewiston, The Edwin Meller Press, 2008, p. 11, 56 e 61.
15
CALLABI, Donatella. “Handbooks of Civic Art from Sitte to Hegemann”. In: BOHL, Charles C. e LEJEUNE, Jean-François. Sitte, Hegemann and the metropolis. Modern civic art and international exchanges. Nova York, Routledge, 2009, p. 161-173.
16
PINHEIRO, Eloísa Petti. As ideias estrangeiras criando cidades desejáveis na América do Sul: do academicismo ao modernismo. Actas del XI Coloquio Internacional de Geocrítica. Buenos Aires, UBA, 2010. www.filo.uba.ar/contenidos/investigacion/institutos/geo/geocritica2010/666.htm. Acesso em 26.10.2011.
17
Prestes Maia revisou o plano de Agache para Curitiba em 1951, referendando as ideias do urbanista francês.GNOATO, Luis Salvador Petrucci. Introdução do ideário modernista na arquitetura de Curitiba (1930-1965). Dissertação de mestrado. São Paulo, FAUUSP, 1997.
18
TOLEDO, Benedito Lima de. Prestes Maia e as origens do urbanismo em São Paulo. São Paulo, Empresa das Artes, 1996. PINHEIRO, Eloísa Petti. A ‘Haussmannização’ e sua difusão como modelo urbano no Brasil. V Seminário de História da Cidade e do Urbanismo, Anais. Campinas, PUC, 1998.
19
LEME, Maria Cristina da Silva. (org.). Urbanismo no Brasil 1895-1965. Salvador, UFBA, 2005. PASSOS, Maria Lúcia Perroni e EMÍDIO, Teresa. Desenhando São Paulo. Mapas e literatura, 1877-1954. São Paulo, Senac, 2009.
20
DUDEQUE, Iran Taborda. Espirais de madeira. Uma história da arquitetura de Curitiba. São Paulo, Nobel, 2001, p. 123.
21
Cf. FICHER, Silvia. Os arquitetos da Poli: ensino e profissão em São Paulo. São Paulo, EDUSP, 2005.
22
DUDEQUE, I. T. Op. Cit., p. 135.
23
MELLO, Luiz Ignácio Anhaia. “Um grande urbanista francês - Donat-Alfred Agache”. In: Revista Politécnica, n. 85-86, 1928, p. 70-78.
24
LINS, Paulo Cesar Zanoncini. Caminhos da arquitetura: trajetória profissional de Ayrton ‘Lolo’ Cornelsen. Memória da arquitetura moderna paranaense. Curitiba, Paulo Cesar Zanoncini Lins, 2004.
25
SUTCLIFFE, Anthony. Towards the planned city. Germany, Britain, the United States and France, 1780-1914. Oxford, Basil Blackwell, 1981.
26
ALMANDOZ, Arturo. (ed.). Planning Latin America’s capital cities 1850-1950. Londres, Nova York, Routledge, 2010.
27
NASR, John. e VOLAIT, Mercedes. (eds.). Urbanism: Importedor Exported? Chichester, John Wiley, 2003. WARD, Stephen V. ‘Re-examining the international diffusion of planning’, in FREESTONE, Robert (ed.). Urban planning in a changing world. Londres, E &FN Spon, 2000, p. 40-60. REGO, Renato Leão. A tropical enterprise: British planning ideas in a private settlement in Brazil, Planning Perspectives, v. 26, n. 2, 2011, p.261-282. REGO, Renato Leão. As cidades plantadas: os britânicos e a construção da paisagem do norte do Paraná. Londrina, Humanidades, 2009.
28
LEME, Maria Cristina da Silva. Formação do urbanismo em São Paulo como campo de conhecimento e área de atuação profissional. Tese de livre docência. São Paulo, FAUUSP, 2000.
29
SUTCLIFFE, A. Op. Cit.
30
REGO, Renato Leão e MENEGUETTI, Karin Schwabe. “British urban form in twentieth-century Brazil”. In: Urban morphology, v.12, 2008, p. 25-34.
31
FERREIRA, S.; DESTEFANI, W. e REGO, R. L.,Op. Cit.
32
LYNCH, Kevin. “The form of cities”. In: Scientific America, v.190,n.4, 1954, p. 54-63.
33
MENEGUETTI, Karin Schwabe et al. “Open spaces as structuring elements of urban form in northern Paraná new towns”, 18th International Seminar on Urban Form, ISUF. Montreal, Concordia University, 2011. Disponível em www.isuf2011.com. Acesso em 24.11.2011.
sobre o autor
Renato Leão Rego é professor titular do Departamento de Arquitetura e Urbanismo da Universidade Estadual de Maringá – UEM. É autor de vários trabalhos sobre as cidades novas norte-paranaenses, entre eles o livro ‘Cidades Plantadas. Os britânicos e a construção da paisagem do norte do Paraná’.