Brazil in Venice / Brasil in Venezia Graças à promoção de BrasilConnects – herdeira da "Associação Brasil+500" e da extraordinária experiência das exposições do ano 2000 – e à curadoria de um manager do contemporâneo como o crítico de arte italiano Germano Celant, o Brasil adquiriu grande visibilidade na 49° Biennale Internazionale di Venezia (junho-outubro 2001) ocupando, além do lindo pavilhão brasileiro dos Giardini (com instalações penetráveis de Ernesto Neto e manipulações de imagens fotográficas de Vik Muniz), outros espaços de grande prestigio cultural na cidade: a Fundação Peggy Guggenheim (com obras de Miguel Rio Branco e Tunga); o Museo di Palazzo Fortuny (com trajes, jóias, fotos e cartazes de Carmen Miranda e as fantasias da escola de samba Imperatriz Leopoldinense, além de outras obras de Neto e Muniz); a igreja de S. Giacomo dall’Orio no sossegado, encantador campo do mesmo nome (com imagens de santos negros barrocos povoando as capelas e a sacristia). Mostrou "riqueza e diversidade", de acordo com as intenções dos promotores. Até demais. Mas a primeira, curiosa sensação do espectador è que esteja faltando algo e/ou que algo esteja errado: a começar pelo título, pensado em inglês e traduzido num idioma que não é nem o português nem o italiano. (Leia entrevista com Ernesto Neto em arquitetura.crítica nº 3)
notas
[publicação: junho 2001]
Giovanna Rosso Del Brenna, Milão Itália