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drops ISSN 2175-6716

abstracts

português
Benjamin Caldas traz uma comparação entre o Museu Guggenheim de Bilbao de Frank Gehry e o projeto do mesmo arquiteto do Museu da Biodiversidade no PR, afirmando que ambos são obras que não consideram as características das cidades onde estão implantadas

english
Benjamin B.Caldas brings a critical comparison between the Guggenheim Museum in Bilbao by Frank Gehry and the project for the Museum of Biodiversity in Panama, saying that both are works that do not consider the characteristics of the cities they're in

español
Benjamín Caldas trae una comparación entre el Museo Guggenheim, Bilbao de Frank Gehry y el Museo de la Biodiversidad en Panamá, afirmando que ambas son obras que no consideran las características de las ciudades donde están implantadas

how to quote

BARNEY CALDAS, Benjamin. De Bilbao ao Panamá. Drops, São Paulo, ano 10, n. 029.05, Vitruvius, out. 2009 <https://vitruvius.com.br/revistas/read/drops/10.029/1813>.


Museu Guggenheim Bilbao
Foto Nelson Kon


Ele que ainda alguns consideram o edifício mais importante do fim do século “em que tudo pode”. Seu forro de caras lâminas de titânio, cada vez mais manchadas e com bolhas, desde o principio abauladas, e de difícil manutenção e reposição, anuncia sua velhice de latas baratas, que foi precisamente como Frank Gerhy começou como escultor de sua arquitetura espetáculo na Califórnia. Só com o entardecer e caminhando meio quilômetro ao outro lado da Ria, coroando os seis pisos nas proximidades da ponte, se pode apreciar sua fotografada beleza: o altíssimo pórtico, refletido na água, dividindo seus retorcidos volumes como em uma grande fachada clássica. Sem embargo, a entrada está do outro lado, em que as divulgadas fotos, tiradas a partir da rua estreita que desemboca ali, ocultam os insossos volumes azuis dos escritórios. E abaixo de seu desmedido letreiro fica o terraço da cafeteria, que se acessa descendo por uma escada incômoda, igual a que rodeia o edifício, e que leva ao “mirante” do outro lado da ponte, hoje pintado, que só ganham sentido de longe.

O alto vestíbulo, uma “desconstrução” do espaço único do Guggenheim de Wright em Nova York, tem uns ângulos interessantes. Mas seus “muros” brancos, junto com o cinza dos grossos apoios horizontais das janelas, que invadem os vazios laterais, e das janelas internas, que ocultam a falta de desenho de escadas e elevadores, desencantam por dentro a acertada coloração exterior de pedra e titânio. A estrutura metálica, própria de uma escultura de gesso, está oculta por divisórias, ou “silhares” que apenas são lâminas finas de pedra, do mesmo tamanho e colocadas como se fossem as metálicas. As sala, ao redor, são melhores na medida em que são comuns e correntes, sem aberturas, amplas, retangulares, brancas e com piso de madeira, ao contrario dos descuidados pisos de cimento do resto do edifício. Mas a sala “abobadada” que alberga a grande escultura de Richard Serra, que pode ser percorrida, a deixa sem respiro e em seu início segue inutilmente suas curvas sugestivas; sem dúvida teria ficado melhor sozinha e a céu aberto.

Mas ao contrario do que pedisse Philip Johnson, o que Gehry quase “ferra” em Bilbao não foi a arte, e sim a arquitetura. Mas no Panamá, inteligentemente, e com os computadores que o permitem desenhar e construir assim, logo recolocou facilmente um clone de seu museu de Bilbao, pondo a voar sobre salas e aquários os característicos tetos vermelhos das bases militares da Zona do Canal, tirando da manga o que será o Museu da Biodiversidade. Esperemos que não o queiram e possam ser limpos, como fez o MIT sobre as deficiências de seu novo Stata Center. Logos os pintou com cores, em acertada consideração ao trópico e resolvendo a animosidade que lá se tem a essa acertada arquitetura. Para concluir, todo um exemplo do que deveríamos fazer com as publicadas obras vindas das “estrelas”, que alguns colocam tal qual, aqui em nossas cidades, ignorando que a forma de seus edifícios deveria voltar a surgir dos nossos climas e preexistências urbanas, e não das revistas que nos chegam, pois até lá poucos vão, mas se olham não vêem.

notas

[tradução pamela bassi]

sobre o autor

Benjamin Barney Caldas é arquiteto e ex-professor de arquitetura da Universidad del Valle e da Universidade San Buenaventura, Cali. Foi selecionado no II Prêmio Mies van der Rohe de Arquitetura Latino-americana.

Benjamin Barney Caldas, Cali Colômbia

Cidade do Panamá
Foto Abilio Guerra

 

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