São obras constituídas a partir de peças descartadas, gravadas num suporte por um material líquido. Em sua maioria monocromáticas, são composições oriundas de múltiplos objetos aglomerados. A artista volta seu olhar ao que é residual, considerado insignificante, não categorizado. O objeto, desprovido de sua função original, ganha novo contorno, nova função. Essas composições por acumulação, nascem de um trabalho pictural onde cada objeto se torna pincel, formando obstáculos ao percurso do liquido-pintura.Por entre-choque, deslocamento ou reunião, esses elementos ora se organizam confrontando-se em sua forma, peso e contorno, ora se protegem do caos criado por essas acumulações pela delimitação de abrigos e espaços de não pintura.
nota
NE
Texto de apresentação de exposição de xilogravuras e fotografias da autora. Galeria Gravura Brasileira, São Paulo, de 6 de junho a 13 de julho de 2012
sobre a autora
Tatiana Bond, carioca, trabalhou durante dois anos com o artista francês Zaven Paré , um dos pioneiros na arte cibernética. Em 2007 morou em Paris por 4 anos, compartilhando seu atelier com o artista plástico Yoann Saura. De volta ao Brasil mantém, desde 2011, um atelier no centro de São Paulo.