Entrevista
Numa manhã cinzenta sob a chuva de novembro, deixamos o “Cartola” (1) tão preparados como nunca para mais uma iniciativa NU (2). Pelo caminho dão-se umas voltas ao texto, vêm-se outras imagens, dormem-se mais umas horas. Em dia de procissão e depois de uma deambulação infinita segundo os textos das placas das ruas mais umas e outras coisas de Lisboa, toma-se uma paragem para o almoço, vê-se mais uma exposição, ajeita-se a gravata para a cena. Uma praça de um bairro modernista dominada por umas bombas de gasolina – um prédio como tantos outros. A porta já estava aberta.
Lá dentro, o burburinho do “Tropical” (3), um passeio pela nossa história recente, horas soltas, uma vez mais absortos nas palavras de quem a escreveu e uma densidade que nos devolveria a Coimbra esgotados, foi fazendo desenrolar a conversa antes, durante e depois do gravador a funcionar. Com o elevador já a descer o arquitecto despede-se: "desejo-vos boa sorte, vão começar a profissão em condições bem mais difíceis do que eu…"
notas
1
Café junto à Praça da República, Coimbra, Portugal
2
Esta entrevista foi publicada originalmente em NU nº 27, tema “Habitar”, revista de arquitetura dos estudantes da Escola de Arquitetura de Coimbra, e reeditada especialmente para o Portal Vitruvius.
3
Café junto à Praça da República, Coimbra, Portugal.