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interview ISSN 2175-6708

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Em sua passagem pelo Brasil, Paul Oliver dá uma entrevista às arquitetas Ana Cristina Villaça e Rosana Soares Bertocco Parisi, na qual fala sobre arquitetura vernacular e o uso de seus materiais

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PARISI, Rosana S. B.; VILLAÇA, Ana Cristina . Paul Oliver. Entrevista, São Paulo, ano 09, n. 035.03, Vitruvius, jul. 2008 <https://vitruvius.com.br/revistas/read/entrevista/09.035/3285>.


O arquiteto inglês Paul Oliver em casa de adobe de Tiradentes MG, nov. 2006
Foto Rosana Parisi

Rosana Soares Bertocco Parisi e Ana Cristina Villaça: Finalmente, conte-nos sobre sua outra paixão, o “Blues” e sua pesquisa musical. Existe alguma forte correlação entre a pesquisa arquitetônica e a musical?

Paul Oliver: Existem similaridades no sentido de que ambas são idiomas da cultura popular. Estou interessado em explorar a natureza e a significância em ambas, mas elas são muito diferentes e por isso a correlação se faz de forma muito distante. Quando realizo meus estudos e escrevo sobre música afro-americana isto requer uma pesquisa profunda, porque é um campo relativamente restrito e definido. Minha pesquisa é particularmente sobre a história e estudos sobre a música no seu período de formação. Esta tradição cultural avança no passado até o século XIX, então a pesquisa é difícil, mas é o que eu faço. Fui crítico de música uma vez e estava escrevendo sobre música de várias culturas no mundo. Porém, descobri que a música afro-americana, incluindo o blues, compreende questionamentos demais para que eu possa colaborar... Da mesma maneira, a arquitetura vernacular também levanta questionamentos, mas estes eu pesquiso em uma base transcultural. A pesquisa em arquitetura vernacular tem sido conduzida separadamente de várias tradições em numerosas regiões. Mas acreditei que fosse importante comparar e relacionar estas tradições em uma base transcultural, e é isto o que tenho feito. Desta forma, as duas pesquisas estão relacionadas de forma distante, e meus objetivos e métodos de pesquisa em cada uma são muito diferentes.

RSB/ACV: O senhor focou em sua pesquisa em Nova Orleans, ou algum outro lugar? O que o senhor pensa da reconstrução desta cidade após o desastre?

PO: Na história do jazz, Nova Orleans é fundamental, mas apresenta menos significância dentro do contexto do blues, assim, eu não foquei minha pesquisa nesta cidade. Eu desenvolvi projetos de pesquisa sobre os sucessos e as falhas das “casas pós-desastre”. A atuação da administração local em Nova Orleans depois das tempestades foi frustrante para minhas expectativas.

O blues é música afro-americana e foram os afro-americanos que mais sofreram com as conseqüências deste desastre... Deve haver alguma conexão, mas ainda não tive tempo, nem oportunidade para pesquisar suas implicações.

RSB/ACV: O senhor toca algum instrumento?

PO: Eu costumava tocar, mas decidi não continuar. Eu pensei que, se por um acaso, eu me tornasse bom tocando blues e começasse a ser chamado para trabalhos, como muitos músicos não-africanos, eu me sentiria como se estivesse tirando dinheiro daqueles que realmente merecem e precisam dele. Então senti que seria melhor que eu parasse de tocar. Eu tocava harmônica, violão e mandolim (que é parecido com um double-strung violino e tocado como um banjo).

RSB/ACV: Então o senhor toca três instrumentos?

PO: Sim, mas não muito bem…

RSB/ACV: Só por diversão?

PO: Mais para descobrir o que os músicos e cantores estavam fazendo, enquanto eu escrevia sobre eles...

RSB/ACV: Que interessante, Professor Paul Oliver! Muito obrigada por esta entrevista. Esperamos que esta seja a primeira de uma série de visitas ao Brasil. E que o senhor descubra os muitos ‘Brasis’ que existem nesse nosso país de dimensões continentais!

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