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interview ISSN 2175-6708

abstracts

português
Entrevista realizada com os arquitetos Héctor Vigliecca e Neli Shimizu, em 23 jul. 2018 em seu escritório em São Paulo, e complementada por Vigliecca em Recife, na Universidade Federal de Pernambuco em 04 out. 2018.

english
Interview with architects Héctor Vigliecca and Neli Shimizu, on July 23th 2018 in his office in São Paulo, and complemented by Vigliecca in Recife, at the Universidade Federal de Pernambuco on Oct 04 2018.

español
Entrevista a los arquitectos Héctor Vigliecca y Neli Shimizu, el 23 jul. 2018 en su oficina en São Paulo, y complementada por Vigliecca en Recife, en la Universidade Federal de Pernambuco el 4 de oct. 2018.

how to quote

MOREIRA, Fernando Diniz; ALMEIDA, Giselle Cristina Cantalice de. Infiltrando urbanidade: a produção de habitação social de Vigliecca & Associados. Entrevista com Héctor Vigliecca e Neli Shimizu. Entrevista, São Paulo, ano 20, n. 079.01, Vitruvius, jul. 2019 <https://vitruvius.com.br/revistas/read/entrevista/20.079/7400>.


Parque Novo Santo Amaro V, São Paulo, Vigliecca & Associados, 2009-2012
Foto Leonardo Finotti [Escritório Vigliecca & Associados]


Fernando Diniz Moreira / Giselle Cristina Cantalice de Almeida: Nos anos 1960 e 1970, o ambiente brasileiro não estava tão atento às estas críticas internacionais à arquitetura e ao urbanismo modernos, como o Team X, Archigram, Jane Jacobs, Robert Venturi etc. Você notou isto quando chegou no Brasil?

Héctor Vigliecca: Quando eu cheguei no Brasil em 1972, falava sobre o que acontecia na Europa principalmente e percebi que as a maioria das pessoas desconheciam estas ideias e autores e muito menos colocavam em prática na arquitetura. Quando cheguei aqui, eu fiquei até assustado, me lembro que eu falava dos irmãos Krier e aqui ninguém sabia quem eles eram. Mas isso mudou radicalmente hoje em dia. Primeiro, porque o sistema de informação disponibilizou muito mais literatura sobre o tema, por meio de livros, e, evidentemente, a internet. Lá nós vivíamos muito antenados com o que acontecia na Europa e em Buenos Aires.

Parque Novo Santo Amaro V, São Paulo, Vigliecca & Associados, 2009-2012
Foto Leonardo Finotti [Escritório Vigliecca & Associados]

FDM/GCCA: Quando chegaste ao Brasil em 1975, já tinhas uma obra relevante em termos de habitação social como o Bulevar Artigas. Como foi sua impressão em relação ao contexto brasileiro de reprodução maciça do Banco Nacional de Habitação – BNH?

HV: Bom, quando eu cheguei no Brasil eu fiquei muito interessado em fazer habitação principalmente habitação para baixa renda e tudo isso. Nós tínhamos uma boa experiência, eu trabalhei no Centro Cooperativista Uruguaio que foi referência naquele momento. Mas eu não conseguia acessar a esse mercado. Isto mudou na época da gestão da Erundina, cujo secretário de habitação era o Nabil Bonduki, que tinha conhecimento do que nós havíamos feito no Uruguai. A prefeitura abriu algumas licitações e promoveu alguns concursos que nós ganhamos e então começamos a dar os primeiros passos aqui no Brasil em relação a habitação de interesse social.

Parque Novo Santo Amaro V, São Paulo, Vigliecca & Associados, 2009-2012
Foto Leonardo Finotti [Escritório Vigliecca & Associados]

FDM/GCCA: Na época em que chegaste ao Brasil, o BNH empreendeu um dos maiores programas de habitação no país, mas ao se priorizar a quantidade, perdeu-se muito da qualidade.

HV: Sim, os exemplos que nós vimos na época eram péssimos, mas isto continua hoje. Quando chegamos ao Minha Casa Minha Vida vemos que é um desastre ainda maior. Foram construídas quase 3 milhões de casas e os arquitetos foram banidos do processo. Ainda bem que estamos de acordo com isso.

Parque Novo Santo Amaro V, São Paulo, Vigliecca & Associados, 2009-2012
Foto Leonardo Finotti [Escritório Vigliecca & Associados]

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