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interview ISSN 2175-6708

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Equipe de alunos do segundo semestre da Faculdade de Arquitetura e Urbanismo Mackenzie entrevista o arquiteto Marcos Cartum, tendo como tema central a Praça das Artes.

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ALMEIDA, Ayslane Pires de; PINHO, Bruno Rodrigues Alves de; LINS, Jannina Lima de Andrade; OLIVEIRA, Tainara Miranda de; RAMOS, Vinicius Eliel Almeida. Praça das Artes, uma passagem urbana na quadra. Entrevista com Marcos Cartum. Entrevista, São Paulo, ano 24, n. 094.03, Vitruvius, jun. 2023 <https://vitruvius.com.br/revistas/read/entrevista/24.094/8821>.


Praça das Artes, acesso Rua Conselheiro Crispiniano, São Paulo. Arquitetos Francisco Fanucci, Marcelo Ferraz e Marcos Cartum Foto Equipe FAU Mackenzie
Foto Nelson Kon

Alunos FAU Mackenzie: Quais foram os principais desafios enfrentados durante o processo de criação do projeto da Praça das Artes?

Marcos Cartum: Em primeiro lugar foi o da escolha do local e o de convencer os Secretários e o Prefeito de que o projeto não deveria ser apenas o de um edifício para abrigar os anexos do Teatro Municipal, mas também ser um indutor de requalificação urbanística da quadra e de seu entorno, contribuindo para a reversão da decadência da área central da cidade. Outro desafio foi o de vencer as resistências da burocracia para viabilizar um projeto de grande magnitude e que atravessou várias gestões, e, até mesmo, enfrentar a visão um tanto conservadora dos técnicos do patrimônio histórico.

AFM: O projeto da Praça das Artes tem algumas semelhanças visuais com o Sesc Pompeia, você se inspirou nele para projetar a praça? Qual foi a inspiração por trás do design das fachadas dos edifícios?

MC: A referência do trabalho de Lina Bo Bardi e do brutalismo é muito forte em minha geração. A linguagem, com a qual me identifico bastante, do trabalho dos meus colegas Francisco Fanucci e Marcelo Ferraz, com quem divido a autoria do projeto, também influenciou. Na verdade, antes da questão estética e do concreto aparente, os dois projetos se assemelham devido a alguns aspectos comuns de concepção urbanística. Ambos aproveitam edifícios antigos e reorganizam a quadra em que estão inseridos com edifícios interligados, dando primazia ao espaço livre de circulação e convívio (é um orgulho que o conjunto com cerca de trinta mil metros quadrados de área construída tenha nome de praça).

Praça das Artes, abertura em sala de ensaio, São Paulo. Arquitetos Francisco Fanucci, Marcelo Ferraz e Marcos Cartum
Foto Equipe FAU Mackenzie

As fachadas, com o jogo de pequenas aberturas, traduzem as funções dos ambientes destinados a ensaios e ensino de música e dança – espaços que requerem grande isolamento acústico e, portanto, bastante fechados, quase como se fossem estúdios de gravação. Conceitualmente, teve também um papel importante na concepção o diálogo em contraponto entre a radical abertura do térreo e os blocos monolíticos, assim como o contraste entre o novo e o que foi preservado.

AFM: Qual sua opinião e participação na escolha das cores dos edifícios dentro da praça?

MC: Tudo foi definido em conjunto com os colegas, as cores marcam a diferença entre os blocos que têm funções distintas. Procuramos “esquentar” o concreto coma pigmentação: o amarelo nos blocos que abrigam os artistas e alunos – o que resultou em um cinza com tonalidade “craft” – e o vermelho na torre central, onde estão os ambientes administrativos, a circulação vertical, a infraestrutura e que faz a articulação com os blocos.

AFM: Quais foram os materiais e técnicas utilizados na construção?

MC: Destaca-se o concreto aparente com a estrutura nas laterais, garantido o térreo livre, sem pilares.

Praça das Artes, rampas de articulação entre blocos, São Paulo. Arquitetos Francisco Fanucci, Marcelo Ferraz e Marcos Cartum
Foto Equipe FAU Mackenzie

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