
Praça das Artes, escadaria para transitar e sentar, São Paulo. Arquitetos Francisco Fanucci, Marcelo Ferraz e Marcos Cartum
Foto Nelson Kon
Alunos FAU Mackenzie: Qual a importância e a utilidade, além da passagem, você atribui para a abertura que o espaço cria no quarteirão, em relação à área ao redor?
Marcos Cartum: O espaço livre que atravessa o miolo da quadra permite vida urbana, o convívio dos usuários da Praça das Artes, principalmente os alunos de música e dança. Também tem sido muito usado para apresentações. A principal função não é a de passagem, mas a de acolher encontros das pessoas, possibilitando o que uma praça oferece. Só que aqui temos uma praça com características muito especiais, que se articula com a grande esplanada do Vale do Anhangabaú.

Praça das Artes, ensaio de dança, São Paulo. Arquitetos Francisco Fanucci, Marcelo Ferraz e Marcos Cartum
Foto Heloisa Ballarini [Prefeitura de São Paulo]
AFM: Qual sua visão sobre a integração e senso de pertencimento que a obra cria em relação ao contexto no qual ela está inserida, tanto esteticamente quanto do uso dela? Como o projeto se conecta com a comunidade e a cultura local?
MC: A Praça das Artes se tornou uma referência de espaço público de qualidade, ajudando a revalorizar o centro. Foi reconhecida, com os vários prêmios que ganhou, como a mais importante obra de requalificação urbana em São Paulo desde os anos 1980.
AFM: Qual é a importância da Praça das Artes para a cidade de São Paulo?
MC: Mostrar que São Paulo pode transformar o caos em algo novo e surpreendente.

Praça das Artes, sala de exposição, São Paulo. Arquitetos Francisco Fanucci, Marcelo Ferraz e Marcos Cartum
Foto Nelson Kon