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PORTAL VITRUVIUS. Concurso Ousadia do Ibracon 2005. Projetos, São Paulo, ano 06, n. 064.01, Vitruvius, mar. 2006 <https://vitruvius.com.br/revistas/read/projetos/06.064/2633>.


Ponte Jangadeiros: pioneirismo com jangada de concreto

Introdução

O desenvolvimento do projeto foi norteado por um conceito explícito no próprio nome do concurso: “OUSADIA”, porém do próprio título não conseguíamos dissociar uma expressão, perdida em meio ao edital: viabilidade técnica.

A partir deste conceito passamos a procurar uma concepção inusitada, não convencional, contemporânea, tecnológica e ao mesmo tempo sensível e que pudesse se tornar um marco da cidade. A ponte deveria ser propriamente uma “obra de arte”.

Pudemos perceber que um dos símbolos mais explorados e com o qual a região também se identifica é a imagem da Jangada. Assim, buscamos desenvolver a concepção de uma ponte estaiada que fizesse uma alusão à imagem da jangada.

A ponte contará com quatro pistas de rolamento, um canteiro central e dois passeios para pedestres, e uma ciclovia, pensada de forma a dar continuidade à ciclovia existente no projeto Via Mangue, fazendo com que a ponte se torne um espaço de convívio e lazer integrado à cidade.

Durabilidade

Como se trata de uma estrutura de importante papel dentro do sistema urbano e até mesmo econômico de uma cidade pode-se concluir que prever uma vida útil de 100 anos não seria arrojo, mas responsabilidade para com o uso do recurso público necessário para sua concretização.

O grande volume de matéria orgânica em decomposição presentes na água salobra, e a própria salinidade da água, levam a uma classe de agressividade III, com presença de grande concentração de íons sulfato e cloreto que acabam direta ou indiretamente desencadeando um processo de corrosão da armadura presente no concreto. Esse pode ser minorado com a redução da porosidade do concreto através de redução da relação a/c e aumento do fck. Assim, seria indicado, segundo a NBR6118, que se utilizasse uma relação a/c de no máximo 0,50 e uma classe de concreto de no mínimo C35, com cobrimento nominal mínimo de 40mm. A sugestão mínima seria a utilização de um concreto de 60Mpa, mas por segurança frente às referidas possibilidades de aumento das condições de agressividade, foi adotado um concreto de alta resistência de 80Mpa.

Viabilidade Estrutural

A ponte foi concebida com dois arcos parabólicos de concreto, ambos inclinados. As dimensões dos arcos e seus ângulos de inclinação devem ser tais que, por um lado, gerem um braço para a força de peso próprio suficiente para aliviar o momento fletor produzido pelas forças dos estais e, por outro lado, permitam um ângulo entre os estais e a horizontal que não gere uma força excessiva nos cabos. Ambos os arcos são engastados em um bloco de fundação submerso e o arco menor se ergue por dentro do maior, sem acarretar cruzamento de cabos nem limitar o gabarito vertical do tabuleiro, de 5,5 m.

No caso do arco maior, o peso próprio e sua excentricidade com relação à seção do engaste seriam excessivamente grandes. Para solucionar este problema e gerar um maior equilíbrio de forças, se propõe a criação de estais de equilíbrio verticais, que atravessem o tabuleiro pelo canteiro central e se ancorem em um arco metálico engastado em uma fundação independente, capaz de suportar esforços de tração sem deslocamentos significativos. É importante ressaltar que, graças aos estais de equilíbrio do arco maior, o momento na base do arco foi reduzido a 43% do valor inicialmente considerado, a força horizontal desequilibrada foi reduzida a 42% do valor inicial, fato que reafirma a necessidade deste artifício, fruto de um intenso diálogo entre a arquitetura e a engenharia. Cada um dos arcos foi modelado como um pórtico parabólico bi-engastado.

O momento transversal solicitante é muito menor que o momento longitudinal, resultando numa flexão oblíqua composta menos severa. Para estudar a magnitude dos esforços solicitantes gerados no tabuleiro e estimar a protensão necessária, foi elaborado um modelo bi-dimensional da ponte. O diagrama de Força Normal do Tabuleiro apresenta valores crescentes com a aproximação do pilão, e alivia a protensão exigida.

ficha técnica

Equipe
Kátia Cristina Zanelatto – FAU-POLI
Larissa Carreira De Rosso – FAU-POLI
Luana Sato – FAU-POLI
Renato Gerab Fonseca Rodrigues – POLI

Orientador
Kalil José Skaf – POLI
Antônio Figueiredo - POLI

Apoio
VectorPro

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Equipe premiada
São Paulo SP Brasil

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064.01 Concurso
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original: português

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IAB-DF
Brasília DF Brasil

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