Originalmente projetado para ser um clube de regatas, a edificação principal tinha como ponto forte a preservação das visuais para a belíssima paisagem e pôr-do-sol do Rio Ceará. Dentro desse contexto, o conceito básico que orientou toda a proposta foi o de preservação da estrutura existente ressaltando sua expressividade plástica e leveza estrutural. Dessa forma, as edificações propostas foram dispostas de forma complementar ao prédio existente, e escalonadas em relação ao terreno, de tal maneira que é possível descortinar a paisagem a partir de qualquer nível.
Para fazer a ligação entre todo o complexo foi elaborado um tratamento paisagístico com árvores em abundância, espalhadas por todo terreno com a finalidade não somente estética, mas de definir espaços e recantos de convívio ao ar livre. Uma circulação em rampa corta o projeto de leste a oeste, unindo seus vários níveis e que serve também como via principal onde se conectam todos os acessos do CUCA, proporcionando um fluxo livre e facilitado.
O bloco principal, reciclado, recebeu todo o programa de oficinas, atividades educacionais e administrativas. Em outro bloco anexo, está o setor de convenções com um teatro, cinema/auditório e salas multifuncionais. Nos níveis mais próximos ao rio estão locados os equipamentos desportivos e os espaços para educação ambiental e reciclagem.
Os Espaços para Educação Ambiental tiveram sua implantação disposta de maneira a ter uma maior variação e disponibilidade de áreas de trabalho. No espaço ocioso gerado pelo vazio das arquibancadas da quadra coberta funciona a área trabalho da Usina de Reciclagem, nesse espaço os elementos vazados têm uma função de destaque, pois servem como instrumento de conforto ambiental e de identidade volumétrica.
ficha técnica
Autor
Esdras Santos
Equipe
Virginia Hatsue