Leitura Urbana
O sítio do Campus Cabral apresenta uma condição urbana particular: consiste numa quadra de dimensões consideravelmente maiores que as típicas locais e cujos limites são dados pelas ruas do entorno e por uma praça pública, que hoje é conformada como o fundo do lote.

Implantação do projeto: os edifícios propostos se definem, por um lado, a partir dos alinhamentos das ruas e do edifício existente, criando o desenho da quadra
Nova frente urbana
Definindo a leitura dos domínios da Universidade e da praça pública
O projeto propõe a abertura de uma rua no limite sul do terreno, na continuação da Rua Manoel Eufrásio, de maneira a distinguir os espaços do Campus e o da Praça Brigadeiro Eppinghauss. A criação desse eixo proporciona uma nova frente para a Universidade, caracterizada pela sua situação urbana particular.
Eixo de interseção
Mediando a transição entre as escalas local e metropolitana
O projeto estrutura-se a partir de um eixo longitudinal ao terreno, que referencia o Campus numa escala metropolitana, a partir da conexão com o transporte BRT, e articula-o na escala local, estabelecendo uma relação entre a Universidade e a praça pública.
Clareira da universidade
Conformando um largo de convívio
O vazio criado no interior da quadra articula os volumes dos edifícios propostos ao mesmo tempo que cria um espaço de identificação, que acolhe atividades cotidianas e propulsiona acontecimentos próprios da vida universitária.
Implantação
Desenhando o Campus a partir de duas frentes, uma externa e outra interna
Os edifícios propostos se definem, por um lado, a partir dos alinhamentos das ruas e do edifício existente, criando o desenho da quadra, e por outro, pelo desenho do vazio interno, a praça da Universidade.
Interpretação do programa
Produzindo o espaço da Universidade a partir da reorganização funcional das faculdades
O projeto propõe um rearranjo do programa de maneira a combinar usos afins e com isso proporcionar uma maior interação entre as faculdades. Dessa forma, ao invés de reproduzir uma mesma organização funcional em repetidos edifícios, são propostos volumes particulares, relativos a grupos de programas.

Complexo de edificações
Materialidade e legibilidade
O rearranjo do programa em edifícios distintos é expresso no projeto a partir da volumetria e materialidade conferidas aos mesmos. Enquanto o edifício laminar das salas de aula aparece como volume translúcido elevado, o correspondente à área administrativa e biblioteca aparece como uma “pedra”, de aparência mais sólida e desprendida dos alinhamentos da quadra. O auditório proposto se insere no edifício existente, completando o desenho do volume do edifício, mas desmaterializando-se em sua transparência. O volume correspondente aos laboratórios, por sua vez, é entendido como um prolongamento do chão que ao chegar na cota mais baixa revela-se como volume.
Praça e acessos
O desenho do largo central é definido de maneira a criar conexões que conduzem gradativamente as pessoas à praça, por meio de acessos mais controlados, que desembocam no espaço central.
Áreas verdes
Os espaços livres no Campus são tratados de duas maneiras distintas: apresentam-se de forma destacada no espaço da praça central ou compõem um conjuntos de jardins que intermedeiam a relação do campus com as vias públicas.
Proposta de expansão
A previsão da expansão das faculdades e potencial introdução de um terceiro departamento se dá a partir da implantação de um edifício de 5 pavimentos, com acesso pela alameda, e com restaurante universitário no térreo. A proposta utiliza-se da estrutura projetada para um primeiro momento, mantendo o mesmo esquema de circulação pelos vazios entre os edifícios.
ficha técnica
autores
Carlos Eduardo Miller, Gabriel Sepe, Giselle Mendonça, Luís Felipe Abbud, Marcela Ferreira, Natália Tanaka, Ricardo Gusmão, Stela Da Dalt
colaboradores
Mariana Strassacapa (fotografia), Marcos Muzi (fotografia), Martin Benavidez (renders)