O conjunto arquitetônico está organizado em duas partes: a “pedra” - um bloco inferior ligado à rua, abrigando as atividades comuns do programa, assim como as atividades abertas à população e as “nuvens” - um bloco aéreo – que concentram os programas específicos das unidades.
A implantação proposta (imagem 1) sugere a conexão e articulação entre o campus e a praça no espaço de recuo de 10 metros, sugerido pela resolução CMU/PMC, configurando uma nova e representativa frente do campus.

Imagem do edifício visto da praça
O acesso ao conjunto se faz através de uma passarela ligando a praça ao espaço de convivência (imagem 3), o que configura uma extensão do passeio público, o qual adentra os espaços até o limite oposto do lote. Uma rampa de suave inclinação estabelece a ligação deste nível com o nível superior do terreno (imagem 3), no qual se localiza a edificação existente, que concentrará todos os espaços administrativos, assim como o futuro bloco de expansão.
Já nos subsolos (imagem 2), cujos acessos localizam-se justamente no recuo entre o conjunto e a praça, além das vagas de estacionamento, situam-se as atividades de manutenção e depósitos.
Um novo desenho da praça será necessário e oportuno para se adequar e coadunar-se ao novo conjunto edificado.

Imagem do vazio interno
A Pedra
O edifício comum se desenvolve em torno de um vazio central, que organiza o programa em seu funcionamento. Este espaço contínuo de 110 metros de extensão é conformado por dois blocos paralelos de espaços didáticos (imagem 3-4).
O vazio central, além da transparência interna que possibilita os usuários se entreolharem, incorpora ao cotidiano a movimentação, tanto da circulação vertical como horizontal, já que as escadas e elevadores instalados em estruturas transparentes, assim como as varandas, animam esta paisagem interna.
O pé-direito generoso da praça de convívio admite os usos programados, assim como outras atividades. Por outro lado o edifício com apenas dois pavimentos propicia a aproximação da rua com ofertas visuais alongadas sobre a praça e facilita os acessos e a circulação.
As Nuvens
Os blocos específicos de cada uma das unidades (imagem 5) estão sobre a pedra, pairando sobre este vazio central e conectados por meio das estruturas de circulação vertical. Estabelecem, assim, uma relação visual com a cidade e, simultaneamente, com o espaço interno de convivência.

Imagem de uma das passarelas de ligação entre os dois volumes longitudinais
Blocos Anexos
Tanto o acervo do MAE (imagem 2), como os auditórios são implantados na porção mais interna do terreno, como extensão das estruturas de embasamento em concreto. Essa posição introversa não representa invisibilidade, pelo contrário, revela-se ao usuário, permitindo uma relação com o espaço de convivência, além de admitir usos independentes.
Da mesma forma o bloco de Radio/TV (imagem 3-4) sobre a estrutura dos auditórios, com acessos independentes, está vinculado ao conjunto construído, seja pela expressão arquitetônica similar à pedra, seja por sua relação de proximidade.
Finalmente a casa existente (imagem 3-5), ligada ao subsolo e ao conjunto, abrigará as administrações. Estará diretamente relacionada ao conjunto, tanto no nível da praça de convivência como do estacionamento.
ficha técnica
autor
Alvaro Puntoni
co-Autores
Moracy Amaral e Almeida, João Sodré, João Yamamoto, André Nunes, Alexandre Mendes, Gustavo Delonero
colaboradora
Bruna Canepa