O perene e o efêmero
José Mateus
Se você pediu uma bebida nos quiosques da expo em 98 ou na Casa de Chá do castelo de Montemor-o-Velho, se visitou o Centro de Artes Visuais de Coimbra ou viu os cenários de Propriedade Privada de Olga Roriz, esteve perante a arquitetura de um mesmo autor: João Mendes Ribeiro, natural de Coimbra que estudou na Faculdade de Arquitectura da ESBAP, no Porto.
João Mendes Ribeiro vive a sua profissão de uma forma particular e intensa, entre projetos de raíz, obras de recuperação, objetos ou cenários para teatro e dança. Visitamos um palheiro transformado em habitação, obra sua que serviu de pretexto para falar sobre as suas idéias para esta casa, sobre a especificidade de um projeto de recuperação e sobre as intersecções entre a sua atividade de arquiteto e de cenógrafo. Tem 44 anos, integra a representação portuguesa na Bienal de Veneza e possui, tal como os cenários que desenha, um caráter multifacetado.