Integrando as gerações de arquitetos que vivenciaram de perto o início do processo de difusão do modernismo na arquitetura brasileira, Severiano Porto, formado em 1954 pela faculdade de arquitetura da Universidade do Brasil, no Rio de Janeiro, optou por trabalhar em Manaus, onde construiu uma arquitetura própria - a um só tempo moderna, regional e... contemporânea.
Severiano Mário Vieira de Magalhães Porto, natural de Uberlândia, MG, forma-se, em 1954, pela Faculdade Nacional de Arquitetura da Universidade do Brasil, atual Universidade Federal do Rio de Janeiro (UFRJ). Integra as gerações de arquitetos que vivenciaram de perto o início do processo de modernização do País, conseqüente do crescente emprego da técnica sobre bases científicas na transformação da sociedade: da industrialização, da intensificação do processo de urbanização e também de internacionalização da cultura. Processo de modernização que foi mediado pela adoção de políticas públicas dirigidas à ocupação do território nacional, envolvendo a ampliação da rede urbana e da infra-estrutura das cidades (tornando-as estruturas mais diretamente operadas) a partir de uma idéia de racionalidade quase compulsória, regida pelo movimento mundial de expansão e intensificação do capitalismo e de sua lógica.
Nesse quadro geral, constituiu-se em arquitetura o processo de formulação dos valores que comporiam a modernidade e que teria no Rio de Janeiro papel de destaque. Determinando mudanças de paradigmas, alguns pioneiros cariocas, por um intercâmbio com Europa e Estados Unidos, contribuíram para a formação de um ambiente de inquietação e de buscas. A visita de Le Corbusier ao Brasil, em 1929, e a reforma introduzida por Lucio Costa no curso de arquitetura da Escola Nacional de Belas Artes, em 1930, são testemunhos desse movimento.
A evolução desse processo culmina na formulação do ideário arquitetônico modernista brasileiro, reconhecido como original internacionalmente e, com isso, constituindo um crescente reconhecimento e valorização do papel modernizador da arquitetura e do arquiteto. Processo que culmina na criação de Brasília e, no geral, encontra certa formalização no Plano de Metas de Juscelino Kubitschek.
A partir do golpe de 1964 a condução do País assume feição autoritária e centralizadora, mas ainda francamente desenvolvimentista e pautada por políticas públicas que buscam, por meio da planificação, capacitar o Estado a intervir, operar e controlar o próprio processo de modernização. Cria-se, assim, um contexto expansionista e modernizador que estimula a construção civil e sua expansão pelo território nacional, no qual vários arquitetos se farão pioneiros, seja por levar os métodos da disciplina arquitetônica, seja por propagar a modernização ou mesmo o modernismo.
Com seu trabalho em Manaus, onde se instalou em 1965, Severiano Porto integra o grupo de arquitetos que promoveu tal propagação. Segawa os denominou Peregrinos, Nômades e Migrantes, em referência à disseminação apontada, a qual potencializa, assim, que a arquitetura brasileira assuma certa feição regionalizada.
Uma visão diferente
Em parte da obra concebida e realizada, entre 1968 e 1989, Severiano divide a autoria ou o desenvolvimento de projetos complementares com o colega Mário Emílio Ribeiro, que permaneceu no Rio de Janeiro. Assim, promovem a transferência do conhecimento e da técnica desenvolvidos no Rio para o norte do País, mas não sem um trabalho de adaptação, de recriação e renovação. Contemporaneamente ao auge da instauração da arquitetura moderna no Brasil ou ao maior ímpeto e clareza que assume no Rio de Janeiro, com o desenvolvimento de uma versão brasileira do modernismo internacionalista, Severiano Porto começa, em Manaus, a elaborar uma versão própria dos preceitos de um projeto modernizador que extrapola o âmbito da arquitetura e das artes.
Essa modernização, assim situada no plano civilizatório, é determinante de todas as formas de modernidade - inclusive a de viés quase exclusivamente estético e esteticamente dogmático.
Essa modernização intenta e promove uma empresa colonizadora. Mas, para além da colonização estrito senso, Severiano, atento às características locais, promove uma forma distinta de modernização. Além das possibilidades de implementação das políticas formuladas em âmbito nacional que suas obras, como infra-estruturas, realizariam, opera modernização mais atenta ao contexto pré-existente. Assim, promove colonização nos moldes do que apontou Sérgio Buarque de Holanda em Caminhos e Fronteiras, ou seja, opera certo amálgama de experiências, uma forma de melhor ajustar o novo ao existente tirando partido do conhecimento pré-existente para aplicá-lo às novas condições. Severiano trilha, desse modo, um caminho próprio, descolado dos modernistas pioneiros. Opera uma modernidade própria.
Compondo a infra-estrutura que inserirá Manaus na rede urbana nacional, Severiano projeta obras como o Estádio Vivaldo Lima (1965), o Campus da Universidade do Amazonas (Unama - 1970-1980), a Superintendência da Zona Franca de Manaus (Suframa - 1971), os Reservatórios Elevados da Cosama (Companhia de Saneamento do Estado do Amazonas - 1972) e o Ambulatório do Instituto de Previdência e Aposentadoria do Estado do Amazonas (Ipasea - 1979). Integrantes do processo de modernização, esses equipamentos foram concebidos sempre de modo a encontrar na localidade (como expressão social) uma forma e técnica adaptada à situação (geografia) e à circunstância (cultural e política).
Dessa mesma natureza, a atividade de Severiano se estende a outros Estados. Projeta edifícios administrativos para satisfação de necessidades coletivas pelo poder público ou por instituições privadas em Rondônia, Mato Grosso, Mato Grosso do Sul e no Ceará, como é o caso da Escola de Música e Clube do Trabalhador do Sesi (1977), em Fortaleza.
No Campus da Unama, Severiano concebe um sistema integrado de elementos ao mesmo tempo arquitetônicos e urbanísticos. Em combinação estreita entre espaços livres e construídos entremeados por passagens cobertas - solução para a circulação abrigada do sol e chuva intensos que se tornará característica de vários projetos -, concebe um sistema reprodutível levando em conta a necessidade e as possibilidades de expansão, mantendo-se a unidade do conjunto. Também se resolve, com poucos recursos, a adaptabilidade ao clima, com a permeabilidade aos ventos disponíveis e se cria um "traçado urbano", definindo um território civilizado em meio à densidade da mata equatorial do entorno.
Na sede da Suframa combina-se a adaptabilidade ao clima, o sentido de permanência e representatividade da instituição por meio de uma forma ao mesmo tempo simples e nova, afirmativa.
Em obras em geral de menor porte e de funções menos vinculadas às necessidades e à imagem estatal, assim como nas de maior porte vinculadas a uma imagem pública, mas elaboradas mais recentemente, as soluções encontradas demonstram ser fruto de inquietação inventiva maior. Mais motivado pela voga ecológica, se não tanto por ideologia, mas pela definição do tema e do próprio programa que antecede a solução arquitetônica, ocorrem em certas obras elementos com um quê de interesse antropológico, de leitura e adaptação do que teria sua origem ou vinculações com a cultura autóctone ou vernacular do Norte e Nordeste do Brasil.
Nesses casos, a combinação de uma busca pela contemporaneidade da obra se expressa não só pela interpretação do programa - em relação ao qual Severiano procede a certa elaboração de cunho ecológico -, mas também pela maior inter-relação entre elementos que se mostram pertencentes a épocas distintas, expressando mais diretamente o que constituiria certo amálgama de elementos de culturas e realidades à primeira vista distintas e até "contraditórias", mas que Severiano nos mostra não serem. Esses são os casos, embora em graus distintos, do Restaurante Chapéu de Palha (1967); da Residência do Arquiteto (1971); da Residência Roberto Schuster (1978); da Pousada na Ilha de Silves (1979-1983) e do Centro de Proteção Ambiental da Usina Hidrelétrica de Balbina (1983-1988). Versão familiar, pelo caráter biomórfico, com troncos justapostos encimados por uma flor, se desenvolve nos Reservatórios Elevados da Cosama (1972).
A obra de Severiano é já reconhecida. Entre 1965 e 1982, o IAB-RJ concedeu menções e premiações a oito de seus projetos e obras. Em 1985, o arquiteto recebeu o Prêmio Universidad de Buenos Aires e, em 2003, a UFRJ homenageou-o com o título Professor Honoris Causa. Contudo, há ainda muito a ser considerado diante da obra de Severiano Porto - especialmente no que se refere à necessidade de interpretarmos e entendermos o que se tem feito para suprir nossas necessidades e poder, de fato, referir a uma Arquitetura Brasileira que, a obra de Severiano nos mostra, não pode ser única nesse país-continente.
Mais do que encaixar a obra de Severiano em qualquer escaninho classificatório tendente à constituição de dogmas - ainda que no plural -, cabe exercitarmos a sua interpretação como possibilidade de uma necessária reflexão. Assim, quais são as motivações de Severiano Porto e o que elas nos dizem?
Regional e Moderno
A obra de Severiano Porto é comumente referida como relativamente inaugural e manifestação genuína de uma idéia de regionalismo brasileiro. Se em parte tal noção nos aproxima de suas características, ao mesmo tempo coloca sua obra em um plano aquém do que merece. Essa idéia de regionalismo resulta de uma análise feita a partir de parâmetros exclusivamente modernistas - tanto sob viés que procure "negar" qualidades, como no que reputa as maiores qualidades ao modernismo no Brasil.
É a partir da "aplicação ou não" do ideário modernista que se toma a obra de Severiano como "regionalista": moderna ou "pós-moderna". Porque sua obra seria distinta, mas ao mesmo tempo contemporânea, do que se julga a partir dessa análise mais comum, ser quase obrigatório, ponto comum a todos: a tradição nacional-modernista da arquitetura brasileira de excelência.
O papel do modernismo no Brasil é inegável, até mesmo como fundador, por assim dizer, da arquitetura e de sua disseminação como disciplina. Mas há grande variedade de maneiras como seus preceitos foram e ainda são tomados (quando são tomados). Sob este aspecto a obra de Severiano nos apresenta originalidade das mais potentes.
Seu valor fundamental não parece advir, como se tem referido, de um caráter regionalista detectado por meio da tectônica, ou seja, da importância do emprego de materiais "locais" e suas "decorrências". Nem tampouco da adaptabilidade ao meio ambiente, gerando uma "solução integral", "ecológica" nesses termos.
Assim tomada preponderantemente, a arquitetura de Severiano seria objeto de investigação restrita ao âmbito arquitetônico, desprezando-se todo um conjunto de fatores que, à primeira vista alheios à arquitetura, na verdade incidem em sua produção.
Em Severiano se traduzem questões de amplitude maior para a linguagem arquitetônica - considerando aqui, linguagem como técnica -, ainda que a linguagem - agora no sentido de sua semântica - em si não seja o elemento preponderante de sua técnica.
Mesmo que qualquer discurso não revele de todo, o esforço empreendido e o resultado parecem advir de uma investigação materializada no âmbito arquitetônico, porém sobre universo mais amplo: do conjunto de fatores que podem ser resumidos na palavra "social".
Apesar de desgastado, esse termo pode resumir o que engloba e ultrapassa especialmente os fatos culturais, comportando, talvez, ao mesmo tempo, um viés antropológico e mesmo "arqueológico" - se admitirmos que no trabalho de Severiano há atenção e, a partir desta, transcriação que envolve reconhecimento da propriedade de práticas e soluções que mesclam elementos do passado, mas, ao mesmo tempo remetem ao presente e cuja autoria é coletiva ou se perde na repetição. Assim, a "região" torna-se criação de Severiano, a partir de "dados regionais" que não são "obrigatórios", mas, sim, elaboração, como escolhas.
A formulação de uma região nesses termos é geográfica em sua acepção mais completa (inclui as relações humanas), e, assim, é mais abrangente do que a tectônica como "ramo" da arquitetura. O conceito de região, nesses termos, assume caráter mais amplo, e nele se operam relações entre fronteiras de gama variada de fatores.
Região aqui é sinônimo de paisagem - uma paisagem que pode ser criada a partir da arquitetura e de certo entendimento que se pode ter dela, projetando-a para o futuro.
Dessa forma, prática e autoria, são, nem mais, nem menos, autênticas. Não é um "regionalismo por autenticidade" que Severiano projeta para o futuro, mas, sim, a sua abordagem metodológica - agora, sim, exclusiva ao âmbito da disciplina arquitetônica, mas sob valores mais neutros: a própria lógica do método projetual que precede a forma na criação da obra e que ganha clareza com a "esquematização" moderna, mas não é "exclusividade modernista".
A arquitetura de Severiano Porto não é uma forma em si. Não constitui a sua força num estilo ou num dogma esteticamente legitimado. Nesse sentido, a licença modernista em classificar a obra de Severiano como regional não condiz. O universo operado por Severiano é abrangente, envolve fatores de natureza tecnológica, cultural e também econômica. Suas implicações envolvem interações complexas e completas, refletindo a própria vida humana.
Esse conjunto constitui uma síntese operada na conformação arquitetônica - muitas vezes, relativamente inabordável em palavras. De modo que, na criação, transforma-se o refletido sobre esse universo em objeto arquitetônico diretamente, sem mediações explicativas sobre toda a variedade de fatores que se considera. Opera-se de modo direto, sem maneirismos.
A linguagem arquitetônica de Severiano é determinada por fatores identificados com a natureza tectônica (como toda arquitetura); voltada para resolução da adaptação do contexto material (terreno, clima, materiais disponíveis etc.), mas tomados em espectro amplo de questões e ponderados pela propriedade das suas circunstanciais possibilidades. Em conjunto, esses fatores compõem um quadro que Severiano formula (Regional? Ecológico?) e diante do qual opera, como meios de resolução de requisitos de natureza social (como referido).
Sem que se considere a abrangência que a atitude atenta à cultura, à sociedade, às suas expressões ao longo do tempo e à dimensão geográfica, a arquitetura de Severiano seria tomada como conseqüência de uma investigação contextual reduzida aos aspectos construtivos, como resposta somente à economia e ecologia locais. Na verdade, se aborda o que se julga próprio no plano social, economia e ecologia inclusive, mas não exclusivamente. A arquitetura nesses termos compõe este "social", não como reflexo, mas também "causa".
A tecnologia está a serviço, mas também determina. Entretanto, como não se busca uma linguagem arquitetônica, nem seguir um receituário ou ainda formular repertório próprio limitado aos problemas da forma como sendo exclusivamente pautada pelos seus "sentidos", sua semântica, o emprego "correto" de materiais (uns diriam lógico, outros, contextual) salta aos olhos e se faz "exótico". Conclui-se, então, erroneamente, que a arquitetura de Severiano se faz somente por uma economia, operada pela tecnologia. Mas essa não é uma interpretação correta.
Ainda que Severiano opere no campo arquitetônico sob viés tectônico, é preciso distinguir entre o que se manipula, ou seja, se define no âmbito do método e da técnica arquitetônica, e o que se leva em conta como valor - a ética e a estética -, no limite, que condiciona as escolhas que se faz quando se projeta e constrói. A diferença entre coisas "da matéria" e "do espírito", e o que, diante delas, anima o criador. Severiano é animado por perspectiva ampla. Ele não se restringe ao âmbito adstrito à arquitetura, mesmo quando é arquitetura o que pratica.
A obra de Severiano Porto nos indica caminhos para operarmos uma arquitetura própria, voltada para que encontremos a forma adequada ao meio em que se insere sem ignorar elementos particulares a uma realidade diversa - realidade essa que é trabalhada por Severiano no âmbito da lógica da localidade. Nesse sentido, Severiano "regionaliza" ou contextualiza o que, inexoravelmente, pertence ao mesmo tempo a "todos os lugares".
Mas não contextualiza um estilo, não contextualiza uma linguagem feita de um só "alfabeto", ainda que passível de elaboração variada. Severiano é propriamente moderno como somos todos, mas, ao mesmo tempo, regional, local, feitas certas ressalvas - por mais que, no bojo da modernização do mundo, haja certa contradição entre a idéia romântica de "localidade" e a idéia, muitas vezes também romântica, de universalidade.
Não se parte dos significados estabelecidos sem reformulá-los, transferindo seus valores pelo emprego dos materiais (ou técnica) que portam esses significados, mas se parte do entendimento desses significados e do que eles podem representar como novidade própria no tempo e no espaço, na circunstância - o que confere propriedade, localidade e modernidade à obra de Severiano.
O modernismo que Severiano pratica não se encerra numa forma, nem na leitura tecnologicamente correta. É o que poderíamos identificar como sendo busca do contemporâneo sem peias. Não trata da revivescência de um estilo, nem de um modelo de contemporâneo "sempre novo". Mas de um contemporâneo que inclui todos os tempos possíveis e vividos no tempo em que se vive, admitindo permanências de tempos e lugares remotos, menos freqüentados só porque, em geral, nos pautamos por uma busca de um contemporâneo sempre no futuro, como instrumento da permanência de uma distinção.
notas
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Este texto foi originalmente publicado em AU – Arquitetura e Urbanismo, nº 130, p. 53-59, jan. 2005. São Paulo: Editora PINI.
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Para subsidiar este artigo, o autor entrevistou Severiano Porto no dia 22 de outubro de 2004 em Icaraí, Niterói-RJ. As imagens foram gentilmente cedidas pelo arquiteto Severiano Porto.
sobre o autor
Sérgio Augusto Menezes Hespanha é arquiteto e urbanista pela FAU da Universidade Presbiteriana Mackenzie, mestre pela FAU da Universidade de São Paulo, doutorando pelo PPG/AU da Universidade Federal da Bahia e professor nos cursos de arquitetura e urbanismo da Universidade Braz Cubas e da Universidade Paulista.