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architexts ISSN 1809-6298

abstracts

português
Este texto se situa entre o pensamento urbano e as práticas artísticas contemporâneas, indagando o campo da arquitetura a partir do que o projeto “Post-It City” suscita a respeito de processos informais e efêmeros de espacialização urbana

english
This text is positioned between the urban thought and contemporary art practices, questioning the field of architecture on which the project "Post-It City - Occasional Cities" raises about informal and ephemeral processes of spatialization

español
Este texto se encuentra entre el pensamiento urbano y las prácticas de arte contemporáneo, cuestionando el campo de la arquitectura en lo qué el proyecto "Post-it City" plantea acerca de los procesos informales y efímeros de espacialización urbana


how to quote

SPERLING, David. Ready-Made City. Arquitextos, São Paulo, ano 12, n. 134.06, Vitruvius, ago. 2011 <https://vitruvius.com.br/revistas/read/arquitextos/12.134/3971>.

Este texto se situa entre o pensamento urbano e as práticas artísticas contemporâneas, indagando o campo da arquitetura sobre o que o projeto “Post-It City – Cidades Ocasionais” suscita a respeito de processos informais e efêmeros de espacialização urbana. Coordenado pelo crítico e curador espanhol Martí Peran, Post-It City agrega 91 projetos de mapeamento de ocupações temporais diversas do espaço público -  sejam de caráter comercial, lúdico, sexual ou com outra especificidade - realizados por agentes situados em 20 países: coletivos organizados, núcleos universitários, centros de arte e pesquisadores autônomos. A característica comum aos fenômenos mapeados, segundo a apresentação do projeto, é a de que deixam rastros e realizam a autogestão de suas aparições e desaparições. Mais além, permitiriam outras leituras comuns:

 “Os fenômenos Post-It City conferem relevo à realidade do território urbano como lugar onde, de forma legítima, se sobrepõem distintos usos e situações, em oposição às crescentes pressões para homogeneizar o espaço público. Frente aos ideais da cidade como lugar de consenso e de consumo, as ocupações temporais do espaço resgatam o valor de uso, desvelam distintas necessidades e carências que afetam a determinados coletivos e, inclusive, potencializam a criatividade e o imaginário subjetivo.

Com a realidade Post-It City, a cidade reaparece como território atravessado por dinâmicas e processos múltiplos, mas também por numerosos sujeitos de genuína dimensão política graças a sua lícita ação intrusa, parasitária e de reciclagem como estratégias de sobrevivência e de imaginação.

De outra perspectiva, as atividades temporais que infectam o espaço público com numerosos artefatos para-arquitetônicos permitem que a reflexão acerca da experiência urbana reconduza sua atenção ao minúsculo, corrigindo assim a arrogância da arquitetura tradicional.” (2)

Além destas características, Giovanni La Varra – professor da Escola de Arquitetura do Milano Politecnico e da Escola de Filosofia da Università degli Studi di Milano - sugere outras como próprias aos fenômenos Post-It City: usos não pré-determinados dos espaços públicos, formas de resistência à normalização da vida pública, caracteres residuais, inexistência de uma codificação predominante, re-apropriações individuais dos modos e dos tempos das trocas coletivas, e redescobrimento da dimensão do “faça-você-mesmo”. (3)

Academia Cora Garrido, São Paulo, Brasil [http://www.ciutatsocasionals.net/proyectos/32garrido/index.htm]

Jugar contra la corriente, Valparaíso, Chile [http://www.ciutatsocasionals.net/proyectos/34jugarcontra/index.htm]


Taipei: prototype of urbanity, Taipei, Taiwan [http://www.ciutatsocasionals.net/proyectos/1cappelli/index.htm]


Economic Borders, Sicília, Itália [http://www.ciutatsocasionals.net/proyectos/6pario/index.htm]


Unreal States of China, China [http://www.ciutatsocasionals.net/proyectos/3mapoffice/index.htm]


Scary Asian Men, Istambul, Turquia [http://www.ciutatsocasionals.net/proyectos/13banu/index.htm]


Para uma leitura do projeto Post-It City, julgamos necessário colocá-lo na perspectiva de uma “tradição” de crítica à arquitetura e de reconsideração de seu papel na construção das cidades. Há um vínculo histórico entre “cidade” e “arquitetura” que entremeia as dimensões materiais, culturais e sociais do urbano. A expressão “fazer cidade” é, talvez, a que com maior propriedade condensa os significados que este vínculo já adquiriu. “Fazer cidade” já respondeu a funções religiosas, estratégicas, tecnocráticas, dentre outras.

Em situações-limite, este vínculo ganhou contornos de uma relação mútua e exclusiva: “arquitetura faz cidade”, ou seja, “arquitetura é cidade” e, por correlação, “cidade é arquitetura”. Dentre os horizontes mais avançados da proposição tem-se inegavelmente o projeto da cidade de três milhões de habitantes de Le Corbusier ou mesmo a Brasília de Lúcio Costa e Oscar Niemeyer.

“Le Corbusier e ‘Unité’. Uma máquina de morar, segundo prescrição do Supremo Arquiteto” e “Luís XIV ordena a construção dos Invalides. A visão favorita de Le Corbusier, com o arquiteto-chefe em ação: ‘Queremos isto’. – (ver nota 12) [Hall, Peter. Cidades do amanhã. São Paulo: Perspectiva, 2002, p. 242-243]

“Le Corbusier e André Malraux colocando a pedra fundamental do Edifício da Assembléia em Chandigard em 1952” [WEBER, Nicholas Fox. Le Corbusier. A life. New York: Knopf, 2008, p.14]


O que dizer do “fazer cidade” na contemporaneidade, se muito do (in)consciente projetual arquitetônico é ainda habitado por paradigmas lançados pelo pensamento moderno hegemônico e suas condicionantes? Por essa via, à atividade de projeto ainda caberia dotar o real, o presente contingente e difuso, de um desenho modelar capaz de prover uma perspectiva de futuro ao mesmo tempo eficiente e emancipatória. No entanto, como se sabe e se vê em todo lugar, as práticas e os objetos modelares estão cheios de vazaduras. Com a produção do objeto modelar há, irremediavelmente, a fabricação de lixo, resíduo e vestígios disfuncionais, como já atentou Baudrillard, em “A Indiferença do Espaço.” (4)

Brasília e as cidades-satélite
Marcação do autor sobre foto do Google Earth


Já há algum tempo, a arquitetura, apegada aos seus modelos estratégicos e preceitos organizacionais, tem se visto imersa em uma realidade permeada pelas multiplicidades dos fazeres, na qual as cidades estão se fazendo apesar (e para além) dela. Inegavelmente, todas as estruturas passaram a ser confrontadas pelos acontecimentos. Na década de 1960, por exemplo, a pergunta que passou a ser ouvida aqui e ali, no sentido de revisões críticas da disciplina, era “o que é (afinal) arquitetura?” Parecia estar na resposta a esta pergunta a possibilidade (e o desejo) de, ainda dentro de suas práticas, repropor a posição social de seu campo de conhecimento e de suas práticas.

Como alternativa a esta argüição de tom marcadamente essencialista, pode-se sugerir outra questão, preservando-se ainda a necessidade da demarcação de uma posição crítica: “Quem ou o quê é o outro, a alteridade, da arquitetura?” Uma resposta que poderia ser sacada rapidamente neste texto seria: Post-It Cities! Entretanto, a resposta merece ponderações mais detidas.

Correndo o risco de uma improbidade pela generalização, mas que para o momento se torna produtiva, pode-se afirmar que a alteridade do habitat (o espaço físico e material) está contida no habitar (os desejos, as ações e os movimentos sobre o espaço). E é justamente na direção de encontros renovados entre alteridades (sendo que estas também vão se diferenciando) que parece se mover o que de mais potente tem se pensado e produzido teoricamente com a arquitetura – e isto desde os mesmos anos 1960.

Ao se passar a considerar, por exemplo, que cabe à arquitetura abrigar a imprevisibilidade da vida, o deslocamento proposto não é pequeno. Uma das mais contundentes posições em defesa do potencial da alteridade na arquitetura está contida na afirmação de que o que caracteriza qualquer arquitetura “é a relação disjuntiva entre os espaços e o que neles acontece”, da qual se desdobra a teoria – que se pode considerar política - da arquitetura proposta por Bernard Tschumi, e que merece ser revisitada. (5) Como exemplos de disjunções entre acontecimentos e espaços, Tschumi imagina, por exemplo, a possibilidade de se praticar salto com vara em uma igreja, andar de bicicleta em uma lavanderia e praticar skydiving no shaft de um elevador. (6)

De outra maneira, Rem Koolhaas havia chegado à mesma conclusão quando exaltava em Delirious New York (1978) - e passaria posteriormente a fomentar em seus projetos - a complexidade surreal de acontecimentos que abrigava o Downtown Athletic Club em Manhattan, expressa no mote: “Comer ostras com luvas de boxe, nus, no enésimo andar.” (7)

Manhattan Transcripts Part 4: The Block [TSCHUMI, Bernard. Architecture and Disjunction. Cambridge: MIT Press, 1994, p. 150]


Downtown Athletic Club [KOOLHAAS, Rem . Nova York Delirante. São Paulo: Cosac & Naify, 2008, p.184]


Por mais estranho que possa parecer a até então novidade da questão, a arquitetura deveria se aproximar da natureza dos acontecimentos. Se os situacionistas já haviam proposto as derivas com sentido similar, foi apenas em sintonia com a mobilização social e cultural subseqüente - e com o que ocorria na arte, com os happenings, as performances e toda sorte de aberturas à participação e ao corpo - que a multiplicidade de agentes e acontecimentos foi sendo incorporada na arquitetura.

Não à toa passou a existir toda uma nova sensibilidade em relação ao espaço, a partir da consideração dos processos, que são da ordem do tempo e se abrem ao efêmero, em detrimento à estabilidade e à permanência das formas. Estava dada a senha para uma diversidade de explorações orientadas, seja à superação do ideário da disciplina, seja a ações políticas na sociedade.

Em Do-It-Yourself City, proposta experimental de Bernard Tschumi e Fernando Montes publicada em 1970, e em muito tributária das explorações realizadas anos antes pelo grupo inglês Archigram, lê-se o seguinte: “ESCOLHA: Os Meios à disposição do habitante da cidade lhe permitem operar escolhas em graus diversos: alterar seu ambiente; escolher suas informações; provocar um acontecimento.” (8) Algo que dá conta da aposta que ia ganhando eco na arquitetura – e tanto mais nas artes -  de que as proposições deveriam ocorrer pelo e no (até então) receptor: o desvio do ordinário aconteceria por alguma forma de engajamento da percepção e da participação ativa no habitar.

Do-It-Yourself City, les nouveaux equipements - Bernard Tschumi e Fernando Montes (“objetos” e “conexões” lançados sobre Brasília por super-heróis) [L’Architecture D’Aujourd’Hui, n.148, fev-mar 1970, p.98]


Do-It-Yourself City, les nouveaux equipements - Bernard Tschumi e Fernando Montes (“objetos” e “conexões” em meio a uma cidade) [L’Architecture D’Aujourd’Hui, n.148, fev-mar 1970, p.99]


Embora não dêem conta da diversidade de sentidos e estratégias de ativação dos comportamentos, os nomes das proposições de Archigram põem em evidência os motes que atuavam no campo social, como “vivência” (a exposição Living City, 1963), “caminhar” (Walking City, 1964), “plugar” (Plug-in City, 1964), “computar” (Computor City, 1964), “instante” (Instant City, 1968-70) aos quais poderiam ser acrescentados ainda outros termos. Todos confluindo para um território comum de deslocamentos: da permanência e da imutabilidade para a sensibilidade da estrutura-habitat ao acontecimento-habitar, e desta para situações em que ao desenrolar do acontecimento corresponderia a configuração sincrônica da estrutura. Real-Time City.

A walking City, Archigram [SCHAIK, Martin van; MÁCEL, Otakar. Exit Utopia. Architectural Provocations 1956-76. Munich]

Plug-in City, Archigram [SCHAIK, Martin van; MÁCEL, Otakar. Exit Utopia. Architectural Provocations 1956-76. Munich]

Instant City (visiting Bournemouth), Archigram [BRAYER, Marie-Ange; MIGAYROU, Frederic; FUMIO, Nanjo. ArchiLab's Urban Experiments: Radica]


Se as promessas de fluidez do habitar, que estavam colocadas pelo grupo Archigram no manejo tangível de uma densidade tecnológica, não se concretizaram naquelas horas, muitas são as proposições similares que têm sido feitas a partir da porosa plataforma digital. Entretanto, naquilo que concerne à Post-It City, ao mesmo tempo em que é possível aproximá-la deste conjunto de cidades “acontecimentais” qualificadas pela confluência de significados emprestados de verbos e substantivos, ela parece se colocar como alteridade radical da dependência de qualquer mediação circunscrita a um aparato tecnológico, posicionando-se em favor de uma experiência imediata da cidade.

Chega-se, portanto, à dupla alteridade que Post-it City parece configurar: esta, em relação às experiências mediadas, e aquela, pontuada anteriormente em relação à arquitetura delimitada como disciplina. Não se trata, porém, como se poderia supor, de pender irrevogavelmente para o lado de um tipo de acontecimento imediato, mas de fomentar contaminações situadas entre o permanente e o efêmero, entre o que se repete e o que se diferencia.  Nesta direção, Jacques Derrida, em Without Alibi, coloca um desafio como condição da existência do futuro. Diz ele: “Será possível pensar, o que é chamado pensamento, em um único e mesmo tempo, no que acontece (que nós chamamos de um acontecimento) e o programa calculável de uma repetição automática (que nós chamamos uma máquina). Para isso, será necessário no futuro (e não haverá futuro exceto nesta condição) pensar em ambos, o acontecimento e a máquina como dois conceitos compatíveis ou mesmo indissociáveis. Nós seremos capazes um dia a, em um único gesto, juntar o pensamento sobre o acontecimento ao pensamento sobre a máquina?” (9)

Seria possível considerar que Post-It City não é completamente da instância do acontecimento, ela atualiza correlações singulares entre acontecimentos e máquinas (ou estruturas). Ela participa de todo um contexto de disputas simbólicas pela “experiência”, no qual uma diversidade de acontecimentos e máquinas tem operado.  Alguns aspectos referentes a este contexto – e as posições que as Post-It Cities têm ocupado - devem ser, então, observados.

De modo hegemônico, uma série de máquinas espaço-temporais e discursivas disparam “acontecimentos” programados e prescritivos, narrativas comportamentais a serem seguidas, espaços-padrão a serem habitados, objetos a serem possuídos, imagens a serem incorporadas. Consumir as “experiências” produzidas para serem consumidas é o que se deseja que se faça nas Just-Do-It Cities. Embora ocupem um lugar comum nos estudos culturais, estes aparatos estão longe de cessar a sua diferenciação e, por isso, requerem sempre outros modos de reflexão sobre eles. As Post-It Cities também podem perfazer alteridades contundentes a estes aparatos, quando permitem vislumbrar outros modos de correlação entre máquinas e acontecimentos na configuração de “experiências”.

Em meio à patente diversidade cultural e geográfica que abrigam, as 91 ocorrências mapeadas pelo projeto Post-It Cities ao redor do globo - representantes de milhares de outras - podem ser situadas em um território que vai da economia à política, segundo três vertentes que consideramos relevantes de serem assinaladas: ações cotidianas disfuncionalizadas, ações cotidianas politizadas e ações cotidianas para manutenção da sobrevivência.

Nas primeiras, nas quais a “experiência” não se coloca explicitamente como de ordem política ou econômica, o que está ativo, de modo natural, é o “simples viver” que não se delineia pela falta, mesmo em uma “situação à margem”, mas pela abertura a possibilidades. Nas segundas, a “experiência” se configura como a emergência espacial e temporal de uma política dissensual frente aos consensos que dominam a produção e a ocupação das cidades.  E nas terceiras, a “experiência” é claramente da ordem da invenção de outros modos, que não os formais, de sustentação econômica da vida.

Se esta demarcação auxilia a compreensão de certos vetores de ação de uma diversidade de “experiências” contemporâneas que poderiam ser mapeadas como Post-It Cities, ela também aponta para a possibilidade de se abrigar certos pontos cegos, como o de se tomar atos de pura sobrevivência como ações políticas, e o de se reforçar o pensamento muito comum de que cabe aos desfavorecidos tentarem mudar o estado da situação. Ou ainda, como procurou ressaltar Alessandro Petti, a partir de Giorgio Agamben, mantém-se a linha tênue entre resistência política pela ocupação do espaço e configurações espaciais de estados de exceção. (10) Deve-se atentar inclusive para o fato de que estas configurações são os próprios vestígios disfuncionais dos objetos modelares das Just-Do-It Cities.

Encaramos o potencial das Post-It Cities quando são reconhecidas as possibilidadess ready-made que engendram, não no sentido de espacialidades já prontas, mas a partir de um sentido duchampiano de espacializações que se fazem por atos de deslocamentos e re-significações. Este sentido dialoga com o que propõe Jacques Rancière, em O desentendimento (11), para a política como deslocamento dos sujeitos dos lugares a que estão destinados, passando a considerar o que antes não era considerado, fazendo ver e ouvir o que antes não era permitido ser visto e ouvido.

As alteridades configuradas por Post-It City que demarcamos brevemente, em relação à arquitetura formal, às mediações tecnológicas e às “experiências” prescritivas, por si só já operam deslocamentos extremamente potentes.  A elas somaremos mais uma, a partir do deslocamento que realiza de um tipo de “fazer cidade” atrelado a um modo paradoxal de entendimento do papel político do arquiteto e da atividade de projeto. 

Ao arquiteto que se arvora de sujeito político que age prévia e externamente ao campo político, as Post-It Cities apresentam agentes de espacialização que emergem de dentro do campo político, sincrônicos aos seus acontecimentos. À ação de projeto como preparação do campo político, como indução da instauração de “políticas” pela organização dos espaços, as Post-It Cities apresentam espacializações que não se colam sobre as situações desde fora, mas são engendradas desde dentro delas.

Se a condição da existência de futuro do “fazer cidade” está vinculada ao pensamento e à proposição de outras articulações entre máquinas e acontecimentos, e os fatos históricos já mostraram as limitações dos projetos que propuseram atuar a partir das máquinas em direção aos acontecimentos, Post-It City nos revela, finalmente, possibilidades de percursos inversos. Em um cenário repleto de máquinas de produção de pseudo-acontecimentos, mostra a possibilidade de emergências de campos de atuação nas máquinas a partir dos acontecimentos.

notas

1
O presente texto corresponde à participação do autor como palestrante na Mesa-redonda “Cidade como espaço da alteridade. Formação do corpo social no urbanismo e na arte”, no Seminário Post-it City realizado no Centro Cultural São Paulo, entre 24 e 26 de setembro de 2009. O Seminário foi programado como atividade de abertura à exposição Post-it City- Cidades Ocasionais, abrigada no mesmo centro, de 26 de setembro a 29 de novembro de 2009.

2
PERÁN, Marti. Catálogo Post-It City. Ciudades Ocasionales. Barcelona: SEACEX, CCCB, TURNER, 2009; Post-It City. URL: http://www.ciutatsocasionals.net/homepage.htm. Acesso em 05 de setembro de 2009.

3
LA VARRA. Giovanni. Post-it city: The Other European Public Spaces. URL: http://www.ciutatsocasionals.net/textos/arqueopostit/postit.htm. Acesso em 05 de setembro de 2009.

4
BAUDRILLARD, Jean. “The Indifference of Space”, em Francesco Proto. Mass, Identity, Architecture: The Architectural Writings of Jean Baudrillard. London: John Wiley and Sons, 2006, 2nd Edition.

5
Os principais textos escritos por Bernard Tschumi entre as décadas de 1970 e 1990 e publicados em revistas como Architectural Design, Artforum International e Oppositions foram compilados no livro “Architecture and Disjunction” (Cambridge: MIT Press, 1994).

6
TSCHUMI, Bernard. “Spaces and Events”. The discourse of Events. London: Architectural Association, 1983, p.10.

7
KOOLHAAS, Rem . Nova York Delirante. São Paulo: Cosac & Naify, 2008. p.184.

8
TSCHUMI, Bernard; MONTES, Fernando. “Do-It-Yourself City”. L’Architecture D’Aujourd’Hui, n.148, fev-mar 1970, pp. 98-105.

9
DERRIDA, Jacques. Without Alibi. ed. Peggy Kamuf, Stanford: Stanford University Press, 2002. p. 72.

10
PETTI, Alessandro. Zonas temporales. Espacios alternativos o territórios de control socioespacial?. URL: http://www.ciutatsocasionals.net/textos/textosprincipalcast/petti.htm.

11
RANCIÈRE, Jacques. O Desentendimento – política e filosofia. São Paulo: Ed. 34, 1996.

12
Desgraçadamente, ele jamais encontrou o seu Roi Soleil” (fonte: Cities of Tomorrow: An Intellectual History of Urban Planning and Design in the Twentieth Century. London: Wiley-Blackwell, 2002, 3 edition)

sobre o autor

David Moreno Sperling é arquiteto, professor-doutor do Instituto de Arquitetura e Urbanismo da Universidade de São Paulo (IAU.USP) e pesquisador do Núcleo de Estudos das Espacialidades Contemporâneas (NEC.USP). Mestre em Arquitetura e Urbanismo pela EESC-USP (Área de Tecnologia do Ambiente Construído) e doutor pela FAU-USP (Área de Projeto, Espaço e Cultura). Membro do Conselho Editorial da Revista Risco (www.risco.eesc.usp.br) e da Comissão Científica da Sociedade Iberoamericana de Gráfica Digital (SiGraDI). Parecerista ad-hoc das revistas Risco, Arquitextos e International Journal of Architectural Computing. Recebeu prêmios do Instituto de Arquitetos do Brasil (IAB-SP) pelos ensaios críticos “Museu Brasileiro da Escultura, utopia de um território contínuo” e “Arquitetura como discurso. O Pavilhão Brasileiro em Osaka de Paulo Mendes da Rocha”, e pelo projeto da “Casa I”. Colaborador dos livros “Disegno.Desenho.Desígnio” (org. Edith Derdyk, ed. Senac, 2007), “Fios Soltos: a arte de Hélio Oiticica” (org. Paula Braga, ed. Perspectiva, 2008), “Arte e Arquitetura. Balanço e Novas Direções” (org. Agnaldo Farias e Fernanda Fernandes). Fundação Athos Bulcão e ed. UnB, 2010) e  “Museu Arte Hoje / Museum Art Today” (org. Martin Grossmann e Gilberto Mariotti, 2011). Organizador do catálogo “[Zonas Liminares]: workshop com Antoni Muntadas” (ed. Suprema, 2011).

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