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research

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architexts ISSN 1809-6298

abstracts

português
Esse trabalho discute o caso da implantação e da consolidação do campus sede da Universidade Estadual de Maringá, edificado no contexto nacional da reforma universitária, o qual previa a modernização do ensino superior no Brasil.

english
This paper discusses the case of the implantation and consolidation of the main campus of the Universidade Estadual de Maringá, inserted in the national context of the university reform, which foresaw the modernization of higher education in Brazil.

español
Este trabajo discute el caso de la implantación y consolidación del campus principal de la Universidade Estadual de Maringá, construido en el contexto nacional de la reforma universitaria, que preveía la modernización de la enseñanza superior en Brasil.


how to quote

AMARÃES, Thais Kawamoto; SILVA, Ricardo Dias da . Projeto e consolidação do campus sede da Universidade Estadual de Maringá. Proposições de Jaime Lerner, influências de Rudolph Atcon e avaliação da comunidade universitária. Arquitextos, São Paulo, ano 23, n. 273.04, Vitruvius, fev. 2023 <https://vitruvius.com.br/revistas/read/arquitextos/23.273/8701>.

Vista aérea atual do campus sede UEM
Foto divulgação, 2022 [Universidade Estadual de Maringá]

A interiorização do ensino universitário no estado do Paraná teve início com a implantação da Universidade Estadual de Londrina ― UEL, Universidade Estadual de Maringá ― UEM e Universidade Estadual de Ponta Grossa ― UEPG, na passagem do ano de 1969 para a década de 1970, resultando da articulação entre diversos agentes da sociedade civil organizada e das diretrizes preconizadas pela Reforma Universitária, amplamente discutida nas décadas de 1950 e 1960, e levada a cabo com a promulgação da lei 5.540 em 1968, durante a ditadura militar (1964-1985). Dentre as diretrizes da nova legislação, previa-se a modernização e a ampliação das universidades brasileira, com crescimento da pós-graduação e aproximação com o mercado de trabalho, mas também com as políticas norte-americanas vigentes no período.

O objetivo aqui é registrar e analisar o projeto do campus sede da UEM, elaborado em 1970, assim como suas adaptações e alterações, realizadas por equipe de técnicos da própria instituição lotada na prefeitura do campus universitário. Dois momentos são objeto desta avaliação: o período de desenvolvimento e de execução do Plano Piloto, além do momento do campus universitário, no período de 2013 a 2015, quando foram coletados os dados empíricos para esta pesquisa.

O método empregado parte do levantamento e da consulta a documentos históricos dos anos de criação do campus sede da UEM e da observação sobre as influências do modelo de universidade adotado naquele período, a partir da ação de agentes externos, dentre os quais se destaca o norte-americano Rudolph Philippi Atcon, assessor da Organização das Nações Unidas para a Educação, a Ciência e a Cultura ― Unesco, envolvido com o planejamento e a reforma das universidades latino-americanas nas décadas de 1960 e 1970. Em um segundo momento, a pesquisa realiza a materialização do ambiente construído a partir da investigação de projetos e outros documentos na base de dados da própria instituição, além de colher informações através de consulta a comunidade universitária do campus sede.

A análise está estruturada na avaliação físico-territorial e no comparativo entre premissas do projeto original e propostas concretizadas e alteradas (1).

O ensino superior na década de 1960 e o modelo de Rudolph Atcon

A criação da UEM ocorreu em um contexto de transição do ensino superior no Brasil, a partir de um novo modelo administrativo e acadêmico. No Paraná, a expansão do sistema universitário aconteceu no interior do estado, no momento em que o país estava imerso em uma ideologia nacional-desenvolvimentista que vinha desde a revolução de 1930. Neste projeto de país, a educação era vista como ferramenta essencial não só para o desenvolvimento social e econômico, mas também para a integração da nação. Por traz desta ideologia, estava o aumento do rendimento e da eficiência do sistema educacional (2).

Com o Golpe Civil-Militar de 1964, intensificou-se o surto nacionalista, e o novo regime passou a aplicar uma pedagogia empresarial ao estado, com a intenção de obter maiores resultados com o menor custo. Para tanto, buscou a assessoria da United States Agency for International Development ― Usaid, que prestava assistência técnica, financeira e militar aos países sul-americanos. Os Estados Unidos, como nova potência mundial, tornaram-se referência de desenvolvimento e institucionalizaram sua influência em outros países através de acordos internacionais, como o realizado entre o Ministério de Educação e Cultura ― MEC e a Usaid. Neste cenário, em 1965, foi criada uma comissão para o estudo das universidades brasileiras composta por dois brasileiros e cinco norte-americanos, entre eles Rudolph Atcon. Após uma série de debates sobre a reforma universitária, chegou-se à formulação da Lei da Reforma Universitária que estabeleceu novas diretrizes para o ensino superior.

Entre as disposições trazidas por esta lei, destacam-se a criação de estrutura orgânica com base em departamentos reunidos, não em unidades mais amplas, a unidade de funções de ensino e pesquisa, vedada à duplicação de meios para fins idênticos ou equivalentes, e a racionalidade de organização, com plena utilização dos recursos materiais e humanos. Observa-se, assim, que a Reforma Universitária buscou propor soluções e possibilidades práticas para os problemas educacionais mais agudos do sistema universitário naquele momento. Os princípios de rendimento e eficiência foram aplicados como alternativas para solucionar a problemática estudantil.

No mesmo ano, 1968, o Decreto n. 63.341 regulamentou a expansão do ensino superior no Brasil, estabelecendo, inclusive, diretrizes para a construção da cidade universitária. No ano seguinte, a Comissão de Reforma do Ensino Superior do Paraná elaborou o projeto de lei para implantação das primeiras universidades estaduais nas cidades de Londrina, Maringá e Ponta Grossa.

A busca por um novo modelo de universidade foi influenciada pelas ideias de Atcon. Seus estudos estavam concentrados na temática dos campi universitários com diagnósticos e diretrizes para sua implantação, tendo como base os moldes norte-americanos de rendimento e eficiência. Nesta direção, o campus deveria ser um local de reunião de todas as atividades universitárias, integrando-as de maneira econômica e funcional com atividades científicas coordenadas e da maior envergadura possível, respeitados os limites de recursos humanos, técnicos e financeiros (3).

Para isso, Atcon destaca a importância do planejamento institucional, abrangendo questões pedagógicas, financeiras, administrativas e territoriais. Alguns procedimentos para criação do campus universitário merecem destaque, como: realização de uma estatística educacional (conhecimento da demanda e das perspectivas para atender as metas ao longo dos anos); definição da estrutura institucional (centros, departamentos, institutos, estrutura administrativa e física com estudos de vizinhança, urbanização e zonificação do campus); escolha do terreno (sugestão de 500 hectares em média e, no mínimo, 200 hectares), no caso de não uso, recomenda-se a inversão do terreno ou construção de fontes de renda sobre a área excedente; planejamento de nivelamento, circulação, distribuição e serviços urbanos; setorização com otimização dos espaços e foco no rendimento e na eficiência da universidade; criação de um anel protetor que explicite divisas e isole a área de vizinhanças indesejáveis, as quais atrapalhem o rendimento no território acadêmico; horizontalidade das edificações e respeito à direção solar e aos ventos dominantes, evitando-se luz excessiva e calor nas salas de aula; interdependência de setores universitários com sobreposições para aproveitamento máximo das instalações; setorização (setor biomédico, esportivo, agropecuário, cibernético, artístico, tecnológico, básico concentrando as disciplinas de humanidades e administrativo).

As edificações, segundo Atcon, deveriam considerar aspectos como a transitoriedade, flexibilidade e expansão, deveriam, ainda, ser funcionais e passíveis de alterações para acompanhar o crescimento da universidade, sem adaptações de atividades em salas genéricas. Os edifícios deveriam ser, preferencialmente, térreos ou em dois pavimentos e com expansões horizontais, reduzindo gastos e evitando monumentalismo arquitetônico. Pavilhões didáticos seriam mais práticos e flexíveis. Apesar destas diretrizes gerais, recomendava que cada campus fosse único e com caráter próprio.

O projeto inicial para o campus da Universidade Estadual de Maringá

É importante destacar o papel da hegemonia regional como fator determinante para escolha das cidades que receberiam as primeiras universidades estaduais no Paraná. Maringá, Londrina e Ponta Grossa tinham ambição de sediar universidades que, além de atenderem sua população, fossem capazes de atuar como polo de atração regional. Assim, a criação das universidades estaduais se deu por dois motivos: diante das exigências da Lei n. 5.540/68, que deu preferência à organização do ensino superior sob a forma de universidade, e pelas condições socioeconômicas e educacionais apresentadas pelos três municípios (4).

O município de Maringá, localizado na porção norte central do estado do Paraná, foi fundado em 1947 e contou com prévio planejamento espacial. Tal implantação foi realizada com base nos alicerces britânicos (5). Hoje, Maringá é um polo regional com destaque, entre outras áreas, na educação superior.

O projeto inicial da cidade não estabelecia uma área específica para a implantação de instituições de ensino superior. A primeira proposta de área para instalação do campus foi feita pela Comissão de Desenvolvimento de Maringá em 1967, na porção sul do município (6). No entanto, em 1968, esta área foi realocada para outra região, com a finalidade de facilitar o acesso à universidade. A localização final adotada para a criação da Universidade Estadual de Maringá foi escolhida por uma comissão designada pela municipalidade, sendo previsto, inicialmente, 207 hectares (7). Este terreno encontrava-se localizado na porção norte da cidade, naquela época, um espaço isolado da malha urbana constituída.

Inicialmente, era denominada Fundação Universidade Estadual de Maringá ― Fuem, a UEM foi criada através do Decreto n. 18.109, 28 de janeiro de 1970, a partir da união de três faculdades já existentes no município.

Os documentos levantados nesta pesquisa encontram-se no Processo 1.339, aberto em dezembro de 1976, intitulado “Plano Piloto do Campus Universitário ― Plano Diretor ― Ante-projeto e Projetos Definitivos”, e o Processo n. 8.923, aberto em agosto de 2011, intitulado ‘Plano Diretor do Campus Sede da UEM”. O plano piloto, elaborado em 1970, foi encomendado a um escritório de Curitiba e teve como autores os arquitetos Jaime Lerner, Domingos Henrique Bongestabs e Marcos Prado.

Localização de Maringá no Paraná
Imagem divulgação [Ipardes, 2014]

Relação campus e projeto inicial da cidade
Foto divulgação com edição dos autores, 2021 [Google Earth]

O primeiro projeto proposto para a UEM era caracterizado pela criação de uma praça de convivência com dois edifícios principais, um destinado ao ensino e à pesquisa e outro para as atividades administrativas. A ocupação era feita de maneira dispersa e o projeto previa uma ligação, através de passagem subterrânea, com o centro esportivo municipal, localizado em área adjacente ao campus na direção do centro da cidade. Esta composição possuía características que remetiam ao projeto da Universidade de Brasília ― UnB, elaborado na década de 1960 pelo arquiteto Oscar Niemeyer na nova capital federal, porém em menor escala.

Primeiro Plano Piloto para o campus sede UEM, 1970
Imagem divulgação [Yvaldine Melo, Considerações sobre os Campus Públicos]

A UnB diferia das instituições de ensino superior criadas anteriormente a sua fundação, servindo como modelo para as novas universidades que surgiram no contexto pós Reforma Universitária de 1968. Planejada desde antes da sua criação, não era uma justaposição de escolas e faculdades pré-existentes, como as primeiras universidades brasileiras, sendo seu projeto coordenado por Darcy Ribeiro e Anísio Teixeira (8).

Implantação da Universidade de Brasília
Elaboração dos autores, 2014

Da mesma forma, no primeiro projeto para o campus sede da UEM, a organização dos espaços se dava através dos edifícios centrais que abrigariam as atividades de ensino, pesquisa e administração e, a partir deles, os locais de convivência e de serviços eram distribuídos pelo território do campus.

A construção da primeira etapa do projeto inicial para o campus da UEM foi iniciada, porém logo teve de ser paralisada por problemas com a empreiteira contratada para sua execução. Em 1976, a universidade decidiu retomar as obras, no entanto, a Comissão de Planejamento, que havia sido instituída um ano antes, realizou um estudo no qual foi apontado que a melhor alternativa seria abandonar tal projeto, em virtude do alto custo de sua execução.

Para a criação de uma nova proposta, a instituição optou pela contratação direta e fechou contrato com o escritório dos arquitetos Bongestabs, Lerner e Prado em fevereiro de 1977. Para orientar o trabalho dos arquitetos, a Comissão de Planejamento da UEM elaborou um material explicativo, que serviria de guia para o planejamento do campus. Ao final de suas determinações, o relatório emitido pela Comissão sugeria que fosse consultado um material referente ao planejamento físico da Universidade Federal de Minas Gerais ― UFMG, intitulado “Metodologia para o planejamento físico de campus/aspectos”.

Desde 1968, o Departamento de Planejamento físico da UFMG vinha trabalhando em pesquisas com finalidade de empregar métodos científicos para a racionalização do espaço físico da universidade. O Sistema Básico criado pela UFMG tinha como objetivo configurar um sistema de organização aberto, com mobilidade, fluidez e continuidade entre atividades universitárias e o contexto social da cidade. A morfologia proposta visava à flexibilização das formas, à criação de espaços de encontro que funcionariam como elemento articulador das regiões de ensino, pesquisa e administração e à aplicação de um padrão modular (9).

Espaço de convivência gerado a partir do Sistema Básico da UFMG
Territórios da Universidade: permanências e transformações [Editora UFMG]

Sistema modular implantado no Sistema Básico da UFMG
Territórios da Universidade: permanências e transformações [Editora UFMG]

Em setembro de 1976, representantes da UEM viajaram até Belo Horizonte para receber assessoria dos arquitetos do Conselho de Planejamento da UFMG, o que gerou as primeiras propostas de implantação e de modulação dos blocos, a serem encaminhados à equipe de Bongestabs, Lerner e Prado.

Esquema para estudo de implantação do campus UEM ― organização linear e organização hexagonal
Imagem divulgação, 1976 [Comissão de Elaboração do Plano Diretor Campus Sede UEM]

Esquema de implantação do campus UEM: malha modular e sistema de circulação
Imagem divulgação, 1976 [Comissão de Elaboração do Plano Diretor Campus Sede UEM]

O partido arquitetônico é definido por uma malha triangular, inicialmente com módulo de 90 m x 15 m, mas foi alterada para 60 m x 15 m, diminuindo assim a circulação dentro das edificações. Esta modulação permitia abrigar doze salas de aula por pavimento, sendo então uma média de 36 salas de aula por pavilhão, isso posto, a área delimitada pela união de tais pavilhões configuraria um auditório, que se torna o elemento articulador desta configuração hexagonal.

Esquema de estudo de articulação dos módulos didáticos da UEM
Imagem divulgação, 1976 [Comissão de Elaboração do Plano Diretor Campus Sede UEM]

Planta dos pavilhões didáticos UEM, em destaque Centro de Tecnologia
Imagem divulgação, 1976Imagem divulgação, 1976 [Comissão de Elaboração do Plano Diretor Campus Sede UEM]

Ao analisar o zoneamento sugerido pelos arquitetos, é possível notar que espaços como administração, biblioteca e restaurante se encontram em uma mesma região, em uma intenção que permite a integração entre alunos, professores e técnicos universitários em uma ampla área de convivência.

Outros espaços de encontro propostos no Plano Piloto são: concha acústica; jardins dos pátios internos e duas grandes áreas sugeridas como áreas de amenização e lazer, uma próxima ao córrego Mandacaru e a outra próxima a administração e serviços, com a intenção de atender tanto funcionários quanto estudantes. Há ainda, na porção leste, uma área reservada para habitação estudantil que, no entanto, nunca foi construída nesta localidade, assim como outras edificações previstas originalmente.

Para as áreas de convívio e encontro, o que se nota, no projeto do campus sede da UEM, é que esses espaços se localizavam em regiões periféricas, talvez em uma tentativa de integrar universidade e cidade ou como parte da amenização proposta por Atcon.

Setorização da UEM, 1977. Arquitetos Jaime Lerner, Domingos Henrique Bongestabs e Marcos Prado
Imagem divulgação com elaboração dos autores

As áreas destinadas aos laboratórios pesados e à estação experimental estavam localizadas na porção oeste, isoladas do restante do campus, tendo como limite físico natural o córrego Mandacaru, separando esta do centro esportivo, que também se encontrava mais distante dos outros setores da universidade, evitando conflito de atividades.

A universidade tinha seus limites bem definidos e contava com algumas vias que funcionavam como anel protetor, isolando o campus de vizinhanças indesejáveis. O zoneamento também deixava clara a divisão em setores destinados a diferentes atividades como ensino, pesquisa, atividades esportivas e de lazer, atividades administrativas e de serviços gerais e habitação. Porém, cabe destacar que as áreas destinadas às diferentes atividades de ensino não possuíam setorização pormenorizada no Plano Piloto, estavam todas locadas na área destinada aos pavilhões didáticos, que apresentavam, tanto a leste quanto a oeste, blocos direcionados para atividades de pesquisa de forma compartilhada, o que otimizaria o uso de equipamentos.

A porção mais ao sul não recebeu proposta de reestruturação, abrigava edificações provisórias, não sendo contemplada com nenhuma sugestão de alteração, mantendo sua configuração inicial que prescindia de planejamento. Esta área foi a primeira a ser ocupada quando da instalação da universidade, sendo composta por pavilhões de madeira com caráter temporário de uso, mas que têm se mantido ao longo de décadas.

Planta de implantação UEM: necessidades, 1977. Arquitetos Jaime Lerner, Domingos Henrique Bongestabs e Marcos Prado
Imagem divulgação com elaboração dos autores

A área prevista pelo projeto inicial é demonstrada através do mapa de figura-fundo, com o limite do campus e as vias internas, lindeiras a malha urbana constituída, destinada aos veículos da comunidade universitária e de quem acessa as instalações do campus. O desenho periférico das vias evitaria o conflito com os pedestres, embora não estejam devidamente definidos os caminhos para deslocamentos a pé. Essas conexões com o sistema viário externo foram alteradas posteriormente em função das diretrizes viárias do município e de obras para transposição e contorno do campus universitário.

Mapa de figura-fundo UEM projeto inicial
Elaboração dos autores, 2014

Em 1977, a universidade instituiu o Grupo de Trabalho de Planejamento físico, coordenado pelo economista João Celso Sordi, assessor de planejamento da Fuem. Após a análise das primeiras etapas construtivas, esse grupo foi desfeito, as atividades de projeto passaram a ser desenvolvidas pela Divisão Técnica da Prefeitura do Campus, posteriormente, transformada na Divisão de Projetos, atual Diretoria de Obras e Projetos ― DOP, setor responsável pela gestão do território e da infraestrutura física da universidade. Imagens retratam as primeiras edificações executadas no campus sede UEM em meados da década de 1970, pavilhões em estrutura pré-fabricada de madeira.

Primeiras edificações do campus sede UEM em 1976
Foto divulgação [Assessoria de Comunicação Social UEM]

Vista aérea do campus sede UEM em 1974
Foto divulgação [Assessoria de Comunicação Social UEM]

Situação atual do campus sede da Universidade Estadual de Maringá

Atualmente, Maringá possui população estimada de 430.157 habitantes e área territorial de 486,305 km², com densidade demográfica de 884,54 habitantes/km² e grau de urbanização equivalente a 98,20% (10). Esses dados demonstram média densidade demográfica o que reflete na ocupação urbana do município. Dentro deste contexto, em 2019, a UEM completou cinquenta anos de seu decreto de criação, atingindo uma população entre docentes, técnicos universitários e alunos de cerca de 25 mil pessoas.

Segundo o Caderno Base de Dados 2020, a UEM conta com 69 cursos de graduação, 48 a mais do que em 1977, além de contar com 39 cursos de especialização, 56 mestrados e trinta doutorados. São, no total, 16.955 alunos de graduação distribuídos em sete campi, estando 12.489 matriculados em cursos do campus sede, além dos 27 polos de ensino a distância no Paraná. No vestibular de 2019, foram ofertadas 3.767 vagas para os cursos de graduação, quase o dobro do ofertado em 1977, ano posterior ao reconhecimento da universidade pelo Ministério da Educação e Cultura.

Apesar do crescimento da área de abrangência, atividades e população, é possível perceber, segundo esta mesma Base de Dados, que a superfície do campus sede da universidade diminuiu dos 207 hectares para 124,03 hectares. Isso devido à reversão de parte da área doada para o município para melhorias no sistema viário de acesso e do entorno do campus, com indenização pelo município à universidade através de obras de melhoria da infraestrutura. Situação registrada em 2012, em documento elaborado pela comissão instituída por meio da Portaria n. 433/2012, para elaboração do Plano Diretor Participativo do Campus Sede UEM (11).

A relação atual do campus universitário com o município de Maringá também difere do momento de sua implantação. Com a expansão da cidade e o surgimento de novos bairros, atualmente, o campus encontra-se completamente inserido na malha urbana, estando no que se pode classificar como centro geográfico da cidade, dividindo o plano inicial, projeto do engenheiro Jorge de Macedo Vieira, da maior área de expansão urbana ao norte, situada para além da linha férrea e da principal rodovia de acesso ao município.

Campus sede da UEM na malha urbana de Maringá
Foto divulgação com edição dos autores, 2021 [Google Earth]

A questão viária é um constante ponto de tensão entre o campus universitário e o município, o que levou à formação de três comissões para estudar o assunto, nos anos de 2006, 2011 e 2013. O maior problema diz respeito à transposição do campus para facilitar o trajeto bairro-centro. A solução apontada e executada parcialmente foi a realização de um contorno na parte consolidada do campus. O que ocorreu na porção oeste, junto ao córrego Mandacaru, e está atualmente sendo estudado na porção leste com o prolongamento e duplicação da via lindeira ao campus nesta região. As intervenções ocorridas no fundo de vale acabaram segmentando o campus, separando a parte consolidada da área de expansão, parcialmente ocupada pelo Centro de Treinamento em Irrigação e o complexo de saúde, o qual abriga o hospital universitário, dentre outros órgãos.

Atualmente, o sistema viário interno ao campus, como previsto no projeto inicial, mas tardiamente executado, é composto por um anel viário que proporciona que a circulação principal de veículos aconteça por vias periféricas, as quais são interligadas a ruas secundárias que conduzem aos bolsões internos de estacionamento e aos portões de entrada e saída, desafogando o trânsito no interior do campus. Realidade que deve ser melhorada com as obras na rua Deputado Ardinal Ribas que conecta o campus às avenidas Colombo (BR-376) e Herval, importantes vias arterial e coletora, respectivamente.

Mapa figura-fundo UEM atual
Elaboração dos autores, 2021

O complexo viário também é formado por um conjunto de calçadas para pedestres, as quais conduzem para as diversas edificações sem que exista, no entanto, uma hierarquia pré-definida ou comunicação visual eficiente para elas, fragilizando a legibilidade e o deslocamento. Desde a implantação do campus, as vias destinadas à circulação de pedestres foram negligenciadas, sendo que, apenas recentemente, adequações nos passeios têm sido feitas para garantir a acessibilidade universal e conexões entre o calçamento existente. A intenção inicial era que a circulação ocorresse no interstício da malha triangular que acomodava os blocos didáticos em uma modulação de 90m x 15m, posteriormente alterada para 60m x 15m, o que não se efetivou.

A setorização inicial proposta no Plano Piloto foi seguida parcialmente. Ensino e pesquisa encontram-se distribuídos em grande porção do território sobre uma malha triangular, com algumas adaptações e alterações feitas pela equipe técnica da prefeitura do campus sede. As atividades administrativas encontram-se reunidas, em sua maioria, na porção sul, denominada campus pioneiro, a mesma localidade que recebeu as primeiras edificações ainda com caráter provisório. As áreas de convivência acontecem principalmente junto ao restaurante universitário, ao calçadão, criado na porção sul do campus e não prevista inicialmente, e nas ocupações pontuais como cantinas e centros acadêmicos distribuídos ao longo da malha. Não tendo sido implantados os espaços de convivência previstos na intersecção entre os blocos didáticos que compõe a malha hexagonal, com raras exceções como a de um único auditório em um destes pontos.

Dentre esses espaços, apenas o restaurante universitário estava previsto no projeto inicial. Além de uma área de convivência, planejada na porção a oeste próxima ao Córrego Mandacaru, que se destinava ao lazer e à confraternização da comunidade universitária e que foi cedida à Associação dos Funcionários e à Associação dos Docentes. Serviços como almoxarifado estão locados na porção leste, nos limites do campus, região que, no projeto inicial, era destinada a habitações para os estudantes. Já na porção oeste, também nos limites do campus, foi instalado o complexo de saúde, região que, inicialmente, daria lugar aos laboratórios pesados, os quais, por sua vez, encontram-se distribuídos por todo território universitário.

Setorização UEM atual
Foto divulgação com edição dos autores, 2021 [Google Earth]

Os blocos do campus pioneiro apresentavam unidade no que diz respeito à organização espacial, tipologia, forma e volume. Mas, com o tempo, essa região, sob a qual se cogitou a implantação do hospital e que não foi devidamente tratada no Plano Piloto, vem perdendo suas características e se deteriorando (12). Dificuldades também foram notadas na porção planejada, por isso, em 1981, a prefeitura do campus realizou um estudo que propôs alterações ao Plano Piloto, diminuindo o número de blocos didáticos inseridos na malha prevista, com o objetivo de criar espaços menos enclausurados.

No projeto inicial, foram propostos 92 pavilhões didáticos. Atualmente, de acordo com a prefeitura do campus da UEM, a instituição possui 45 blocos didático-administrativos inseridos na malha triangular. Os primeiros blocos seguiam a orientação de Atcon, constituindo-se em edificações horizontais com um ou dois pavimentos, no entanto, os edifícios mais recentes aumentaram o número de pavimentos, contribuído para a verticalização do campus. Alterações também ocorreram no que se refere ao programa arquitetônico e ao dimensionamento dos edifícios que, inicialmente, tinha como justificativa a modulação resultante do tamanho das turmas teóricas e práticas acomodadas nas salas.

Aspectos relacionados ao conforto ambiental, e que também eram apontados nas diretrizes de Atcon ou do MEC, acabaram sendo negligenciados com salas de aula em posição desfavorável, resultado do partido arquitetônico adotado, mas também pela má gestão do Plano Piloto. A posição dos blocos e o desenho não consideraram o uso de estratégias de adaptação à insolação e à ventilação natural, o que contribui para o baixo desempenho e maior custo de operação e manutenção do campus.

O olhar do usuário do campus sede da Universidade Estadual de Maringá

Em avaliação feita por Thais Kawamoto Amarães (13), em 2015, foi possível verificar a percepção do usuário do campus sede após sua consolidação depois de cerca de pouco mais de quatro décadas de ocupação. Com o objetivo de contrapor o projeto inicial ao espaço consolidado no campus da Universidade Estadual de Maringá, na ocasião, foram entrevistadas 624 pessoas, sendo 63,62% alunos, 19,39% professores, 15,22% técnicos e 1,76% gestores. Os resultados apontaram que 74% desconhecem o Plano Piloto, sendo os gestores aqueles que têm maior conhecimento. Dentre os entrevistados, ampla maioria (85,7%) destaca a localização favorável do campus, justificada pela facilidade de acesso e pela proximidade com equipamentos e serviços públicos. Dentre os pontos negativos, fazem referência ao fato de o campus constituir uma barreira para o acesso a alguns bairros e ao trânsito no entorno.

Quanto ao zoneamento, a principal crítica diz respeito à setorização do campus (64,71%), embora se reconheça que as atividades estejam distribuídas adequadamente por setores (64,29%), apesar de as grandes distâncias, que é um ponto negativo para 64,77%. Conforme apontado anteriormente, no período da pesquisa, 73,35% apontavam para a o fato de o sistema viário não atender a demanda. Neste período, o anel viário ainda não havia sido concluído, assim como implantadas novas vias e áreas de estacionamento. Porém, cabe destacar a crítica à priorização do deslocamento dos veículos motorizados em detrimento de pedestres e ciclistas.

Outro problema apontado por 71,91% diz respeito à inadequação das áreas de convivência, insuficientes, mal planejadas e mal distribuídas. Uma resposta ao abandono das propostas feitas no Plano Piloto, as quais não foram executadas e/ou atualizadas. Também preocupações foram apontadas quanto à segurança no campus, na época, 62,74% dos entrevistados se sentiam inseguros. Desde então foi concluído o cercamento do campus, implantadas guaritas e um sistema de monitoramento por câmeras que reduziu drasticamente as ocorrências de violência.

Com relação às edificações, também foram apontados problemas como a acessibilidade às pessoas com deficiência, preocupação pouco presente no período em que o campus foi projetado. A legislação que hoje assegura este direito só foi implantada no início dos anos 2000. Porém, por determinação legal, hoje, o campus está se adaptando a esta nova exigência com a implantação de rampas, corrimãos, pisos táteis e elevadores. O desempenho ambiental dos edifícios também foi criticado por 79,65% dos entrevistados. Assim como existem manifestações sobre a falta de salas de aula e laboratórios, uma vez que a ampliação da infraestrutura não correspondeu ao crescimento do número de cursos e alunos, sendo comum improvisações, o que compromete a qualidade dos espaços.

Dentre os pontos positivos mais lembrados constam a arborização (36,40%), a proximidade do campus com equipamentos urbanos (32%), o tamanho do campus (14,3%) e a qualidade das novas edificações (13%). Em relação aos aspectos negativos, as maiores referências são à insuficiência da estrutura (45,4%), à falta de manutenção (28,4%), aos problemas de segurança (19,10%) e à falta de integração do campus com a cidade (3,5%). Nesse sentido, pode-se afirmar que a localização e a área foram acertadas, mas que o planejamento deve rever a setorização e as instalações físicas, assim como investir na implantação de áreas de convivência, na sinalização, no controle de acesso e na melhoria do sistema viário com controle do tráfego e priorização para pedestres e ciclistas.

 Quanto às edificações, é preciso expandir os ambientes didáticos com novas salas de aula e melhoria dos projetos para adequação às condições ambientais e redução do custo de manutenção. Para tanto, novas tecnologias estão disponíveis como elementos para melhoria do isolamento acústico e térmico e novos sistemas de iluminação. Quanto à adequação dos espaços às pessoas com deficiência, embora não fosse uma exigência na época em que o campus foi projetado, a norma brasileira, que neste momento tem força de lei, deve ser atendida.

Vista aérea atual do campus sede UEM
Foto divulgação, 2022 [Universidade Estadual de Maringá]

Considerações finais

O campus sede da Universidade Estadual de Maringá teve seu espaço planejado no ambiente de universidade reformada que se instalou no Brasil a partir de 1968 e sofreu influência do pensamento do consultor norte-americano Rudolph P. Atcon. Os princípios adotados no partido arquitetônico seguem, em parte, as orientações da Usaid e diretrizes de Atcon, sobre como deveria ser concebido o campus universitário para uma universidade integral mateirocêntrica, ou seja, estruturada em função de campos do conhecimento, modelo também adotado pelas demais instituições estaduais de ensino superior do Paraná.

Neste sentido, é possível observar a adequação da proposta de Atcon em questões como: a dimensão do campus; o estabelecimento de um anel protetor, aqui denominado espaço de amenização; a instituição de centros, embora com agrupamentos um pouco distintos e posteriormente descaracterizados; e a inclusão no programa arquitetônico dos mesmos ambientes como biblioteca, esportes, casa universitária, administração, serviços, teatro e hospital, os dois últimos não contemplados inicialmente. Também diretrizes para as tipologias construtivas como: adoção de um módulo baseado no espaço da sala de aula, horizontalidade e não monumentalidade foram seguidas.

Depois de décadas de consolidação do campus, com adequações no projeto inicial, é possível identificar erros e acertos, assim como colher resultados que contribuam para reformas administrativas, pedagógicas e, sobretudo, da infraestrutura física desta ou de outras instituições com as mesmas características. Sem dúvidas, aqui, a ideia de um campus planejado como uma cidade universitária, autônoma e isolada para melhor desenvolvimento de suas atividades foi levada a cabo. Por isso, o campus previa ambientes para, por exemplo, abrigar os estudantes e proporcionar esporte e lazer para toda comunidade universitária, exigências logo minimizadas pela posição estratégica do campus que, rapidamente, foi envolvido pela cidade, beneficiando-se de sua infraestrutura e equipamentos.

As maiores críticas ao projeto do campus foram direcionadas para o formalismo adotado pela equipe de arquitetos na imposição de uma malha que desconsidera aspectos como o conforto ambiental, a adequação ao sítio e a circulação. Condições pioradas pela não criação de uma estrutura administrativa que possibilitasse o planejamento continuado, o que levou, de certa forma, ao abandono do Plano Piloto.

Essa lacuna permitiu improvisos e adaptações sem a reflexão necessária, cujos reflexos podem ser sentidos na avaliação dos usuários, que apontam deficiências que já haviam sido consideradas nos estudos realizados durante a reforma universitária e nos apontamentos da Usaid e de seu consultor. A situação se agrava também pelo exponencial crescimento da população universitária, resultado da criação de novos cursos e atividades e pela falta de recursos financeiros, a qual poderia ser minimizada, até mesmo com estratégias apontadas por Atcon e que, de certa forma, ocorreu, como a reversão de áreas em troca de investimentos em infraestrutura, caso dos investimentos realizados com recursos provenientes da transferência de área para duplicação e melhoria das vias que contornam o campus.

O presente trabalho registra este processo, proporcionando elementos para revisão da proposta contida no Plano Piloto, mas, sobretudo, alertando para a necessária correção dos problemas apontados e para reflexão sobre o modelo de universidade resultante da reforma universitária de 1968, hoje, insuficiente e ultrapassado, frente ao processo de urbanização brasileiro, às novas tecnologias e às demandas da sociedade contemporânea.

notas

1
AMARÃES, Thais Kawamoto. Projeto e Consolidação do Campus Universitário: os casos das Universidade Estadual de Londrina e Universidade Estadual de Maringá. Dissertação de mestrado. Maringá, PPU UEM UEL, 2015.

2
FÁVERO, Maria de Lourdes de Albuquerque. Da universidade “modernizada” a universidade disciplinada: Atcon e Meira Mattos. São Paulo, Cortez/Autores Associados, 1990.

3
ATCON, Rudolph P. Manual sobre o planejamento integral do Campus Universitário. S.l., Conselho de Reitores das Universidades Brasileiras, 1970, p. 8.

4
SHEEN, Maria R.C.C. Política Educacional e hegemonia: a criação das primeiras universidades estaduais no Paraná na década de 1960. Tese de doutorado. Campinas, FE Unicamp, 2000.

5
REGO, Renato Leão. As cidades plantadas: os britânicos e a construção da paisagem do norte do Paraná. Londrina, Humanidades, 2009.

6
OLIVEIRA, Osmar A.S. O Campus Sede da Universidade Estadual de Maringá-UEM: Um estudo do ambiente construído. Dissertação de mestrado. Maringá, PPE UEM, 2006.

7
MELO, Yvaldine M.N.C. Considerações sobre os Campus Públicos e a verticalização como espaço-resposta para a saturação e a fragmentação do espaço físico do Campus sede da Universidade Estadual de Maringá/PR. Dissertação de mestrado. Maringá, PGE UEM, 2001.

8
BUFFA, Ester; PINTO, Gelson de Almeida. Arquitetura e educação: câmpus universitários brasileiros. São Carlos, EdUFSCar, 2009.

9
BRANCO, Alípio P.C. A arquitetura do sistema básico da UMFG. In MACIEL, Carlos Alberto; MALARD, Maria Lúcia (org.). Territórios da Universidade: permanências e transformações. Vol. 1. Belo Horizonte, Editora UFMG, 2012, p. 59-78.

10
INSTITUTO PARANAENSE DE DESENVOLVIMENTO ECONÔMICO E SOCIAL. Perfil dos municípios. Curitiba, Ipardes, 2021 <https://bit.ly/3j26RLR>.

11
COMISSÃO DE ELABORAÇÃO DO PLANO DIRETOR CAMPUS SEDE UEM. Plano Diretor Participativo Campus Sede. Universidade Estadual de Maringá <https://bit.ly/3R78HIb>.

12
OLIVEIRA, Osmar A.S. Op. cit.

13
AMARÃES, Thais Kawamoto. Op. cit.

sobre os autores

Thaís Kawamoto Amarães é arquiteta e urbanista e mestre (2015) em Arquitetura e Urbanismo pela UEM. Professora da graduação em Arquitetura e Urbanismo no Centro Universitário Metropolitano de Maringá.

Ricardo Dias Silva é mestre (2000) e doutor em Arquitetura e Urbanismo (2010) pela USP. Professor associado do Departamento de Arquitetura e Urbanismo da Universidade Estadual de Maringá, membro do Programa Associado de Pós-Graduação em Arquitetura e Urbanismo UEM e UEL e autor, dentre outras obras, de “A produção de moradia entre 2000 e 2013 e o impacto na organização socioespacial do aglomerado metropolitano Sarandi-Maringá-Paiçandu”, em Maringá: transformações da ordem urbana (Letra Capital, 2015).

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