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drops ISSN 2175-6716

abstracts

português
A fraca representação espanhola na Bienal de Veneza é questionada por Graziella Trovato

english
Graziella Trovato questions the Spanish pavillion and its controversial exhibition displayed at the Venice Biennale 2010

español
Graziella Trovato cuestiona la exposición en el pabellón español de la Bienal de Venecia 2010

how to quote

TROVATO, Graziella. Limites do Pavilhão espanhol. 12ª edição da Bienal de Veneza. Drops, São Paulo, ano 11, n. 036.04, Vitruvius, set. 2010 <https://vitruvius.com.br/revistas/read/drops/11.036/3592>.



Uma Espanha ausente em conteúdos e propostas é a que o Ministério da Habitação apresenta este ano nos Jardins da Bienal. O simétrico Pavilhão de tijolos projetado em 1952 pelo arquiteto Joaquín Vaquero aloja uma exposição sem curador e sem ambições. Um fato irrefutável que se comprova nas duas páginas em branco que o catálogo da Mostra dedica à participação espanhola nesta 12ª edição.

Os limites do Pavilhão se anunciam no título (“Arquitetura entre limites”), slogan que aponta para um momento de escassez de recursos econômicos e energéticos, e que deveria, portanto, justificar esta operação de simples traslado para Veneza de alguns dos resultados do Concurso Internacional Solar Decathlon Europe, organizado este ano pela primeira vez em Madri. Não nos estenderemos, portanto, em descrever um evento que já teve uma ampla difusão e que tem relativo interesse de aproximação dos jovens ao projeto de pequenas arquiteturas bioclimáticas.

Queremos entender esta atuação do Ministério como uma pausa de reflexão em um momento de crise, que, além disso, coincide com eventos como a Expo de Shangai, onde a Espanha apostou por uma forte representação.

Mas a crise não justifica o desperdício de ocasiões importantes para o incentivo da criatividade que, em momentos como estes, como se sabe, pode alcançar seus melhores resultados.

Quem buscar uma representação da Espanha na Bienal deste ano deverá fazê-lo dentro da Mostra organizada por Kazuo Sejima, que convidou quatro equipes espanholas a desenvolverem projetos a partir do tema proposto. As obras de Selgascano, Jaque e Amid 9, instaladas com ampla representação no antigo Pavilhão Itália, e a de García Abril, no Arsenale, refletem a diversidade e riqueza de experimentações, formas e linguagens presentes hoje na Península.

sobre a autora

Graziella Trovato, Professora do Departamento de Composição da Escola Técnica Superior de Arquitetura de Madri (Universidade Politécnica), é arquiteta pela Universidade de Palermo (Itália, 1994) e mestre em Restauração e doutora pela E.T.S.A. de Madri (U.P.M., 1998 e 2004). É autora dos livros “Des-velos. Autonomía de la envolvente en la arquitectura contemporánea” (Akal, 2007) e de diversas publicações coletivas como “Social Hosing & the City” (Ministério de la vivienda, 2009), “La Torre de cristal” (Turner, 2010) e “La ciudad escaparate” (Lengua de Trapo, 2003). Desde 2009 pertence ao Conselho de Redação da revista Ciudad y Territorio. Estudios Territoriales” e é correspondente na Espanha da revista Compasses. Architecture and Design. Desde 1998 é sócia do escritório de arquitetura e urbanismo com Luis Moya González em Madri.


Fotos Flavio Coddou

 

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