Ao buscar ordenar a cidade e tentar domina o ingovernável, as estruturas conceituais dirigem a visão e as intenções guiam as mãos, que de acordo com Le Corbusier, "são as mestres".
O projeto arquitetônico-urbanístico da Rambla de Manguinhos é concebido como um atrator de convivências, capaz de transformar qualitativamente o lugar: de divisor a conector. Um passeio público semicoberto, vivo durantes as 24 horas do dia, cheio de eventos dos dois lados: comércio, serviços, espaços de circulação e de permanência, jardins, esporte, lazer e arte urbana.
O "arquiteto-urbanista" é um connectioneur, isto é, um fazedor de conexões no interior da cidade e da sociedade estilhaçadas. Busca conceber e materializar paisagens e mediações entre o formal e o informal.
A Rambla de Manguinhos apresentada nesta exposição (1) funciona como esse conector sócio-espacial na escala urbana, que articula diferenças.
nota
1
Exposição “Small Scale, Big Change: New Architectures of Social Engagement”. MoMA, Nova York. De 03 de outubro de 2010 a 03 de janeiro de 2011.
sobre o autor
Jorge Mario Jáuregui é arquiteto e atua na cidade do Rio de Janeiro.