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drops ISSN 2175-6716

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Diógenes Moura diz o fundamental: Manzon fotografou tudo do nosso país: anônimos, políticos, indústrias, arte e religiosidade, misses, artistas plásticos, as cidades, sua arquitetura, sua vida cotidiana

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MOURA, Diógenes. Jean Manzon, o fotógrafo francês que registrou o Brasil. Nada mudou, nenhum de nós partiu. Drops, São Paulo, ano 11, n. 044.07, Vitruvius, maio 2011 <https://vitruvius.com.br/revistas/read/drops/11.044/3877>.



O fotógrafo francês Jean Manzon viveu cerca de três décadas no Brasil. Aqui, transformou-se numa referência para a fotografia modernista, nos anos 1950, num momento em que a fotoreportagem estabelecia parâmetros definitivos para a descoberta desse nosso “rosto”  brasileiro. Manzon fotografou de um, tudo: anônimos, políticos, indústrias, arte e religiosidade, misses, artistas plásticos, as cidades, sua arquitetura, sua vida cotidiana. É de sua autoria um retrato marcante do guarda-costas de Getúlio Vargas, na década de 1940, lendo um jornal, revendo os seus próprios dias. Temido e histórico, o homem chamava-se Gregório Fortunato, o Anjo Negro. Num momento seguinte, colocou as pernas de uma atriz saindo de dentro de uma moldura e fez um gato pular sobre uma modelo num ensaio tão surreal quanto provocante em códigos e representação. 

Manzon foi da favela ao Planalto. E foi, também, aos desfiles de moda no Copacabana Palace e na maison de luxo Casa Canadá, no Rio de Janeiro, que, ao lado de Madame Rosita, em São Paulo, representavam toda a simbologia da elegância e da competência visual que os anos 1950 trouxeram para o mundo, com sutil inspiração no New Look, de Christian Dior. Então as mulheres, com os seus corpos inteiros de carne, peles e poesia marcaram o nosso desejo para sempre. A exposição Da Aparência à Realidade, que inaugura a Galeria FASS, propõe uma conversa sobre esse assunto: de como a memória do corpo feminino, e da moda, evoluiu (?), se transformou. Por que essas fotografias possuem tanta memória? Por que as fotografias de moda, hoje, sofrem tão profundamente de um processo de amnésia coletivo? Mudamos nós, mudou o nosso olhar? Foram as câmeras (o aparelho) que nos fizeram enxergar de outra maneira? Ou será que é esse jeito “moderno de ver” que faz com que passemos para a foto seguinte três segundos depois?

notas

NE
O presente artigo é um texto curatorial da exposição “Jean Manzon” na galeria  FASS, em São Paulo, do dia 29 de abril a 28 de junho de 2011.

sobre o autor

Diógenes Moura é escritor e curador de fotografia

 

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