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interview ISSN 2175-6708

abstracts

português
Beatriz de Abreu e Lima entrevista o filósofo e professor de Teoria da Arquitetura da Universidade de Columbia e Crítico Visitante de Teoria da Arquitetura na Architectural Association School of Architecture em Londres

english
Beatriz de Abreu e Lima interviews the philosopher and teacher of Theory of Architecture at Columbia University and Visiting teacher at Architectural Association School of Architecture

español
Beatriz de Abreu e Lima entrevista al filósofo y profesor de Teoría de la Arquitectura de la Universidad de Columbia, y Visitante de Teoría de la Arquitectura en la Architectural Association School of Architecture

how to quote

LIMA, Beatriz de Abreu e; SCHRAMM, Mônica. Andrew Benjamin. Entrevista, São Paulo, ano 03, n. 012.01, Vitruvius, out. 2002 <https://vitruvius.com.br/revistas/read/entrevista/03.012/3340>.


Projeto para o Porto de Yokohama, 1995
[fonte: Cortesia Reiser + Umemoto, RUR Architecture P.C.]

Beatriz de Abreu e Lima: Qual é o seu principal interesse filosófico hoje?

Andrew Benjamin: Bem, meu trabalho na Filosofia tem origem em um livro que escrevi sete anos atrás, chamado The plural of ends, que é um livro sobre o que eu penso filosoficamente, sobre a pluralidade ontológica, sobre a primazia da repetição e a importância de se pensar a diferença. Este é “o livro”, que mostra o que eu quero pensar e como eu penso, e o que estou fazendo. O que eu venho fazendo nos últimos anos é trabalhar continuamente este livro e escrever outras coisas, desenvolvendo de uma forma fundamentada as idéias deste livro. Em The architectural philosophy faço uma tentativa de incorporar algum pensamento por trás do The plural of ends, em um pensar sobre Arquitetura, não para aplicar diretamente isto, mas para ver o que acontece quando você pega ontologia, pluralidade e repetição como fundamentais para a atividade de Arquitetura.

BAL: O senhor poderia falar um pouco mais sobre os conceitos de “repetição” e “interrupção” na Arquitetura?

AB: Eu acho que em tudo isso existe meu desejo contínuo de interromper o processo. Acho que existe algo na interrupção que permite que a verdade das coisas apareça, então eu suspeito sempre de fluxos muito suaves, eu quero ver alguma forma de interrupção. (…) A repetição que acontece pela primeira vez incorpora o que já falamos sobre o imprevisível, ou o imprevisível tem que ser compreendido tanto como interrupção como uma repetição. Não existe nada que seja absolutamente novo, e sim coisas que acontecem de novo pela primeira vez. E nisso se tem interrupção. Eu acho que existe algo muito importante em trabalhar como isso destrói a idéia de continuidade absoluta e relações “suaves” absolutas. Por isso eu me interesso em alguns trabalhos de Arquitetura nos quais mutação e transformação ocorrem, como parte do processo do projeto.

BAL: E quais arquitetos estão trabalhando com esses conceitos?

AB: Eu penso que são aqueles sobre os quais eu escrevi, Eisenman e Reiser & Umemoto. Estou certo de que se pode interpretar desta forma elementos do trabalho de Ben Van Berkel, ou certos elementos dos trabalhos de Liebeskind e de Bernard Tschumi. Existe um grupo de pessoas que trabalha costumeiramente desta maneira.

BAL: Tudo está se tornando digital e rápido. O senhor acredita que esta super-aceleração também influencia a Filosofia e conseqüentemente a reflexão?

AB: Bem, como eu já disse muitas vezes, devagar também é uma velocidade, rápido é uma velocidade, mas devagar é uma velocidade. (…) Eu acho que a revolução digital significou que um monte de coisas acontecem muito rapidamente. No entanto, o conceito de velocidade é geralmente bem banal. Um disco rígido de 20 giga bites executa operações com velocidade enorme, mas é 1 segundo em vez de 10 segundos, então, eu acho que é uma noção bem banal de velocidade. Podemos falar com o mundo todo de qualquer lugar, com uma grande velocidade, mas de novo é bem banal, pois acho que a dificuldade está na necessidade de se gastar muito tempo refletindo sobre as atividades filosóficas e arquitetônicas. Tem a ver com o que eu disse antes sobre a tradução, por exemplo, do diagrama para a maquete, que não é simplesmente a renderização ou a extrusão. E se não é isso, então o que se tem que fazer é pensar nesta relação, (…) e ninguém pode apressar isso.

BAL: O senhor está trabalhando em um livro agora?

AB: Eu acabei de terminar um livro chamado The architectural philosophy.(…) onde tentei desenvolver um relato das minhas opiniões sobre Filosofia e Arquitetura. No momento estou escrevendo um livro, Surface effects, que é a transcrição do curso que eu dei nos últimos dois anos na Architectural Association.

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