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interview ISSN 2175-6708

abstracts

português
Gabriela Celani e Maycon Sedrez entrevistam a arquiteta Anne Save de Beaurecueil que atuou como Professora Especialista Visitante em Graduação no curso de Arquitetura e Urbanismo da Unicamp no segundo semestre de 2012.

english
Gabriela Celani and Maycon Sedrez interview architect Anne Save de Beaurecueil, who was a visiting professor at Unicamp’s undergraduate program in Architecture and Urban Design in the Spring Semester of 2012.

español
Gabriela Celani y Maycon Sedrez entrevistan a la arquitecta Anne Save de Beaurecueil, que actuó como profesora visitante en pregrado en el curso de Arquitectura y Urbanismo de la Unicamp em el segundo semestre del 2012.

how to quote

CELANI, Gabriela; SEDREZ, Maycon. Entrevista com Anne Save de Beaurecueil. Entrevista, São Paulo, ano 14, n. 055.01, Vitruvius, jul. 2013 <https://vitruvius.com.br/revistas/read/entrevista/14.055/4776>.


Florida International University School of Architecture, Bernard Tschumi
Bernard Tschumi Architects [Bernard Tschumi Architects]


Gabriela Celani e Maycon Sedrez: Você poderia falar um pouco sobre como que o uso de modelos paramétricos e programação entraram na sua formação, quando que você realmente começou a usar isso?

Anne Save de Beaurecueil:Comecei usar modelos paramétricos na Columbia. Mas foi interessante que mesmo no escritório de Zaha, onde ainda desenhávamos a mão, já trabalhávamos usando uma mentalidade paramétrica na produção de múltiplas alternativas. Fazíamos séries de iterações com sequências de rotações, operações de escala e morphing, como se estivéssemos produzindo isso em um computador. Essas construções geométricas eram feitas com maquetes ou mesmo desenhando, fazendo essas operações de virar, mudar a escala, mover, repetir. É porque Zaha pensa assim; ela faz muitos croquis. Mas acho que este método de trabalho talvez venha da primeira formação dela, que era matemática. Ela insistia nessa questão de ser bem rígida em como pensar a geometria. Mas ainda não havia nada como hoje em dia, de ser tudo controlado pelo computador com scriptings ou modelos paramétricos. Por isso eu fiquei muito contente na Columbia, onde comecei a usar o computador para fazer o que já estava tentando fazer a mão.

GC e MS: Quer dizer que na Columbia foi a primeira vez que você realmente passou a usar esses métodos usando o computador?

ASB: É, de gerar formas no computador, usar a matemática, usar a geometria. No fim estava criando conexões entre informação e geometria. Tínhamos muitas aulas de computação fora do studio como suporte para a pesquisa.

GC e MS: E essas aulas de computação eram dadas por pessoas de computer sciences ou por arquitetos?

ASB: Na realidade eram arquitetos, pois o José Sanchez já lecionava lá (http://ce.columbia.edu/Summer-Program-High-School-Students-NYC/Jos-Sanchez-Biography). Havia também alguns professores de arquitetura que usavam o software Maya. Greg Lynn, por exemplo. Alejandro Zaera-Polo usava o software AutoCAD, porém de uma maneira bem mais avançada, quase que paramétrica, com o edifício de Yokohama. Essa foi a primeira vez que usei elementos paramétricos, associando informações, números com formas e transformações geométricas.

GC e MS: Antes disso, no Ken Yeang, você já usava o computador, mas só para representação?

ASB: Sim, usava o AutoCAD apenas para fazer desenhos técnicos. Mas os engenheiros estavam usando programas avançados para fazer simulações em túnel de vento dos edifícios, para calcular a energia economizada pelo uso de brise-soleils e outros componentes ambientais.

GC e MS: E com Bernard Tschumi?

ASB: No escritório de Bernard Tschumi usei o software Maya para gerar a geometria dos dois edifícios de um complexo de cinco edifícios novos para a Flórida Internacional University School of Architecture em Miami, usando wind dynamics e force fields para esculpir as formas.  Foi uma experiência boa e aprendi muito, porque os edifícios foram construídos e eu acompanhei todo o processo do projeto e da construção.

Depois que trabalhei com Bernard, comecei a trabalhar com Franklin Lee em nosso escritório, SUBDV, fazendo trabalhos na China e no Brasil, usando desenhos paramétricos. Nessa época comecei a ensinar no Pratt Institute. Quando Bernard deixou o cargo de diretor em Columbia, muitos professores que estavam ligados à questão do parametric design foram para o Pratt. Por exemplo, Evan Douglis que era um professor muito importante nos anos 1990 na Columbia, foi diretor do programa de graduação no Pratt. William MacDonald, outro professor muito importante na área de desenho, também se tornou diretor do programa de pós-graduação do Pratt, e posteriormente alguns de seus ex-alunos começaram a ensinar no Pratt. Ao menos três ou quatro professores todos os anos usavam desenho paramétrico; mas nem todos usavam esse método, é claro.

Havia um grupo de professores usando softwares e conceitos computacionais. Nas apresentações de projetos convidamos duas ou três pessoas que entendiam o que estávamos fazendo, além de outros que faziam coisas totalmente diferentes, promovendo uma discussão. É muito importante associar o digital design ao contexto urbano, ao desempenho climático e a outros assuntos importantes para a boa arquitetura. Franklin e eu sempre fizemos essa ligação com os outros aspectos da arquitetura, particularmente com projetos sociais e com projetos bio-climáticos. Nós queríamos fazer arquitetura, trabalhar o programa. Não queríamos fazer apenas digital design. Dessa maneira, tínhamos assunto para discutir com os outros professores que não usavam necessariamente recursos digitais; havia diálogo com eles.

Em 2004 parei de trabalhar com o Bernard Tschumi e comecei a trabalhar somente com o Franklin no SUBDV, mas continuei ensinando. Em 2005 fomos para a Inglaterra para dar aulas na Architectural Association School e gostamos muito de lá, porque em vez de um semestre tínhamos um ano inteiro para desenvolver os projetos com os alunos. Algumas vezes os projetos eram desenvolvidos ao longo de dois anos, porque os alunos faziam o quarto e o quinto anos conosco, aprofundando a pesquisa e desenvolvendo projetos mais interessantes. Sentimos que na A.A. fizemos realmente uma pesquisa em projeto, mas ao mesmo tempo havia uma pesquisa sobre o ground, sobre a arquitetura brasileira, e arquitetura social. Acho que para nós a arquitetura do Brasil sempre foi algo muito importante. Mesmo não havendo uma palavra em português para o conceito de ground, ele é totalmente brasileiro.

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