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interview ISSN 2175-6708

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O Portal Vitruvius entrevista os sete jovens arquitetos gaúchos que venceram os concurso nacional para a Nova Biblioteca da USP. Na conversa, eles se apresentam, falam de suas perspectivas para o futuro e discutem sobre seu projeto vencedor.

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PERROTTA-BOSCH, Francesco. Entrevista com Camila Thiesen, Angélica Rigo, Cássio Sauer, Diogo Valls, Elisa Martins, Jaqueline Lessa e Lucas Valli. Vencedores do concurso da nova Biblioteca da Universidade de São Paulo. Entrevista, São Paulo, ano 14, n. 055.03, Vitruvius, ago. 2013 <https://vitruvius.com.br/revistas/read/entrevista/14.055/4836>.


Nova Biblioteca da USP, terraço [divulgação]

[os entrevistados responderam conjuntamente as seguintes questões]

Francesco Perrotta-Bosch: Quais foram as principais questões e referências que nortearam a concepção do projeto?

Todos: As principais questões trabalhadas na concepção no projeto foram relacionadas à importância do programa proposto - tanto para a Faculdade de Direito e seus alunos, professores e comunidade acadêmica em geral, como para o entorno urbano - e à necessidade de propor uma arquitetura contemporânea em um meio urbano histórico, marcado por arquiteturas significativas de várias épocas.

Também podemos citar a preocupação com a viabilidade construtiva da proposta, que foi constantemente questionada pela equipe, a fim de conseguirmos compor um projeto racional e exequível, que tirasse o máximo proveito da estrutura e infraestrutura existentes, renovando-as para atender as demandas de funcionamento e de espacialidade requeridas pela mudança de uso e pela importância do programa. Buscou-se desde o princípio o posicionamento de um núcleo de serviços definido e compacto, que pudesse garantir a máxima flexibilidade de uso dos pavimentos e que proporcionasse a maior integração entre os setores de leitura e de acervo. Também houve preocupação em estudar como abrigar e dispor o acervo existente, e, além disso, como o edifício poderia comportar a expansão do mesmo, sem, no entanto, prejudicar a espacialidade da biblioteca.

A intenção de propor um edifício mais aberto à cidade e acessível ao cidadão em si foi trabalhada também com a disposição dos programas de uso público contíguos à rua, proporcionando acesso mais amplo aos programas culturais oferecidos pela Biblioteca, assim como a loja e o café.

FPB: De que maneira vocês visam analisar a recomendação do júri para uma revisão da proposta de conexão entre a biblioteca e o edifício histórico da Faculdade de Direito do Largo de São Francisco?

Todos: Precisamos, primeiro, entender melhor as reais necessidades da conexão por parte da Faculdade.

FPB: No dia da premiação, algumas pessoas, ao analisar o projeto, encontraram relações formais na solução de tratamento da fachada para a biblioteca com a proposta do SANAA para a Samaritaine de Paris. Vocês veem fundamentos nessa comparação?

Todos: O projeto do SANAA para a Samaritaine não foi uma referência para a proposta. Entretanto, a estratégia de intervenção no edifício do Anexo IV se mostra bastante semelhante às adotadas pelo SANAA, principalmente no que diz respeito à intenção de conservar o edifício existente, sua volumetria, porém intervindo fortemente no que se refere aos usos e às relações interior x exterior. A fachada proposta proporciona uma nova relação com a cidade, evidenciando uma situação ao mesmo tempo de diálogo e contraste com os demais edifícios do entorno. Neste ponto, os projetos se mostram semelhantes.

Na proposta para a Biblioteca, era muito importante que a fachada funcionasse não só como um elemento novo de intervenção, um elemento marcante no contexto urbano, mas que fosse extremamente funcional, qualificando o espaço interior, como um filtro da luz natural.

FPB: O júri, em sua ata, fez uma menção especial a “distribuição de vazios que orientam e criam identidade e diversidade dos lugares – com diferentes momentos” dentro da proposta projetual elaborada por vocês. Comparando com outros concorrentes, inclusive os premiados, sobressai a escolha que fizeram por interromper o vazio relativo ao antigo prisma de variação e criando novos vazios internos em distintos trechos da edificação a partir do recorte de lajes existentes. Como vocês chegaram a essa variação espacial? E como vocês a justificam enquanto virtude?

Todos: Este foi um ponto chave de discussão desde o princípio de desenvolvimento da proposta, pois acreditávamos que o vazio central teria esta potencialidade de articulação entre os dois blocos originais do edifício assim como entre os pavimentos.

Atualmente, o edifício está dividido em duas partes devido à existência de um poço de luz. Para o funcionamento do programa, esta separação não nos parecia fazer sentido, pois setores como a administração não seriam beneficiados por este elemento. Além disso, as proporções originais do vazio não agregavam qualidade espacial ao edifício.

Sua articulação possibilitou o rompimento da rigidez da planta, proporcionando espaços variados e momentos diferentes no edifício, de acordo com a disposição do programa – difícil, aliás, em prédios em altura como este.

A decisão de interromper o vazio nos pavimentos de administração e das salas fechadas de leitura em grupo e individual potencializou o funcionamento programático destas áreas. A ocupação eventual do vazio nos permitiu, além de ganhar áreas importantes de convívio e leitura, a possibilidade da criação de espaços mais diversificados e proporcionais.

A intenção de fazer recortes nas lajes, principalmente junto à fachada, era de fazer com que a luz natural entrasse e alcançasse mais área interna do edifício. Além disso, criar uma espacialidade maior entre os pavimentos através do pé direito duplo. Assim criaram-se momentos de descompressão com pé direito mais amplo e entrada de luz, proporcionando espaços diferenciados de leitura e estar com diferentes sensações aos usuários.

Nova Biblioteca da USP, corte [divulgação]

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055.03
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055

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