Isabella Silva de Serro Azul: Como foi a experiência de projetar o ambulatório Vila Maria Zélia?
Sidney de Oliveira: Logo depois do AME Várzea do Carmo, fomos chamados para fazer o da Vila Maria Zélia. Hoje, é um posto que atende ao bairro.
Era um campo de futebol antes. O terreno era do Instituto Nacional da Previdência Social – INPS e, em comodato, o clube de futebol usava o local. O terreno tem ruas de todos os lados.
Como já tínhamos estudado sobre as clínicas para o outro posto do INPS, já conhecíamos as necessidades que elas teriam. Colocamos as clínicas como um baralho, formando um círculo e então, precisávamos resolver os dentes que ficaram.
Eu tinha visitado o México, fui em um congresso [...] visitei as pirâmides e isso foi importante para pensar nesse projeto. Pegamos as peças do catálogo da firma do Otacílio Ribeiro de Lima e escolhemos uma viga parecida com um trapézio, que tinha uma inclinação como a das pirâmides.
Fomos na firma do Otacílio, o arquiteto que trabalhava com pré-fabricação. Quando ele viu o projeto, chamou todos para verem também e gritou: quem disse que não dá para fazer um prédio redondo com pré-fabricado? E eram vários trapézios.
São três prédios e todos com peças da firma do Otacílio Ribeiro de Lima: o posto grande e redondo, dois edifícios no formato de meia lua e trezentas vagas de carro nas ruas internas. Um prédio tem saída para o subsolo que foi escavado e ia para o miolo do terreno, onde também estava o heliponto.