
Cemitério Vila Paulicéia, São Bernardo do Campo SP, 1969, arquitetos Eduardo Knesse de Mello e Sidney de Oliveira
Imagem divulgação [Acrópole, nº 365, p 24-25, set 1969]
Isabella Silva de Serro Azul: Como foi a experiência de projetar o Cemitério Vila Paulicéia?
Sidney de Oliveira: Nunca me esqueço: um terreno maravilhoso! No filé mignon do terreno fica o cemitério. La é lugar para gente morar e ficou para os mortos. Já que não iam ser cremados, que tal fazer o cemitério com tubos pré-fabricados?
A ideia era essa: um tubo para pôr o caixão dentro. Para o acabamento final, pensamos em uma grade de alumínio vazada, pintada de preto, onde poderia ser colocado o nome da pessoa. Queríamos usar o tubo pré-fabricado mesmo e a empilhadeira colocaria o caixão lá dentro.

Cemitério Vila Paulicéia, São Bernardo do Campo SP, 1969, arquitetos Eduardo Knesse de Mello e Sidney de Oliveira
Imagem divulgação [Acrópole, nº 365, p 24-25, set 1969]
O ossário fizemos protegido com espelho d’água. Quem fosse usar, poderia atravessá-lo para chegar. E conseguimos substituir o muro pelo alambrado.
Não foi fácil de aprovar. Tivemos que ir lá na engenharia sanitária e explicar que antigamente enterravam as pessoas nas criptas das igrejas e nos muros dos conventos.

Cemitério Vila Paulicéia, São Bernardo do Campo SP, 1969, arquitetos Eduardo Knesse de Mello e Sidney de Oliveira
Imagem divulgação [Acrópole, nº 365, p 24-25, set 1969]